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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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“Vereador não tem como função trocar lâmpada e tapar buraco”

Prestes a iniciar seu terceiro mandato, Maurício Lopes destaca importância de ações de fiscalização do Legislativo

Marcello Medeiros

Um dos quatro reeleitos do grupo de 12 da atual Câmara, o vereador Maurício Lopes, do DEM, esteve na redação do jornal O Diário e Diário TV nesta quinta-feira, 03, para falar sobre o disputado pleito, projetos para o próximo mandado e até, de certa forma, orientar os novos representantes do povo que serão empossados em breve e assumirão seus postos a partir de 1º de Janeiro de 2021. Desde a semana seguinte à eleição, temos conversado com os edis escolhidos pelos teresopolitanos para os próximos quatro anos, entre eles muitos jovens que iniciarão a vida política através do Legislativo. “Espero que eles, de fato, cheguem com a mentalidade que a função de vereador não é tapar buraco, trocar lâmpada, mas que vai muito além disso. Recomendo que estudem  o Regimento da casa, a Lei Orgânica do Município, que tenham uma boa pessoa no jurídico, porque no trabalho de fiscalização é preciso fazer muitos requerimentos técnicos, alguns que podem ser encaminhados para o Ministério Público e até para a Polícia Federal, como fiz na CPI da Saúde que participei no ano passado. Outro conselho é que é preciso ter diálogo, convencimento, para ter votos necessários para apresentar suas propostas e fazer um bom mandato representando a população teresopolitana”, enfatizou Lopes, que vai iniciar seu terceiro ciclo como vereador. Ainda sobre a juventude que irá ocupar várias cadeiras no plenário, destacou: “Temos um grande número de vereadores novos na casa, mas temos também 10 vereadores que estão ou já foram vereadores em algum momento. E todos vão precisar um do outro para que suas propostas sejam aprovadas”.
Além de legislar, é preciso fiscalizar. No segundo tópico, os últimos meses as ações relacionadas ao combate ao novo coronavírus no município foram o principal foco de Maurício Lopes na Câmara. “Trabalhei bastante nesse ano por conta da pandemia, estive vários momentos dentro secretaria de Saúde, dentro da UPA e com a própria Comissão de Saúde fiz diversas recomendações formais ao executivo e algumas ao MPE estadual para que medidas necessárias fossem tomadas para dar retaguarda à população teresopolitana. É preciso acompanhar de perto, cobrar. Infelizmente acaba incomodando, aí dizem que é vereador chato, mas assim de fato estamos representando teresopolitano como um todo”, explica o representante do DEM, que, mesmo após o pleito, continuou usando o microfone do plenário para denunciar as questões relacionadas ao novo coronavírus. “Alertei para a Comissão de Saúde a necessidade de fazer uma reunião urgente com o prefeito, com o secretário de saúde, e que é preciso tomar medidas urgentes, porque infelizmente não temos mais leitos de CTI vagos, nem no particular. Tivemos uma explosão na contaminação novamente nos últimos dias e acredito que no fim de ano, com as comemorações, as resenhas, a situação será ainda pior”.

Eleição difícil
Com quase o dobro de candidatos em relação ao pleito anterior, a última campanha foi mais difícil para os postulantes ao cargo de vereador. Como resultado, somando-se a isso denúncias envolvendo alguns edis da atual formação da Câmara, apenas quatro de 12 retornaram. “Acabou que se desenhou da forma que esperava. Sabia que com 19 cadeiras teríamos um grande número de vereadores novos, tivemos também muitos candidatos, muitos amigos que acabaram indo para disputa e dividindo os votos. Além disso, não foi fácil também por conta da pandemia, pois muitas coisas não puderam ser feitas. A estratégia foi compor uma nominata boa no partido, inclusive foi a mais votada de Teresópolis. Aliás, aproveito o espaço para agradecer a todos que concorreram junto comigo no Democratas. Todos têm um sonho e ele foi um ponto fundamental para que o partido conquistasse duas cadeiras no Legislativo”.

Mais vereadores
Lopes também falou sobre a ampliação do número de cadeiras e destacou que mais vereadores não representam mais gastos. “Importante lembrar que financeiramente falando não muda nada. O orçamento do Legislativo é o mesmo com 12, 19 ou 21. Esse aumento é, por outro lado, muito importante para aumentar a representatividade da população. Do interior, por exemplo, serão sete representantes. Tenho certeza que no próximo ano teremos pautas importantíssimas para discutir e essas pessoas vão poder fazer a diferença com as propostas que vão chegar à Câmara”.

Presidência
Nos bastidores, como ocorre tradicionalmente a cada eleição, já se fala na próxima presidência da Casa. Para Maurício, que esteve nessa função por quatro anos, é mais do que uma vaga administrativa. “Ter experiência faz diferença. No primeiro mandato como presidente tive dificuldade, mas fui aprendendo. Então, caso algum desses jovens eleitos consiga os votos para ser presidente, é preciso saber é mais do que conduzir uma sessão plenária, colocar as pautas em discussão e votação. É ser ordenador das despesas do Legislativo, responder o Ministério Público, Tribunal de Contas, a sociedade como um todo. Por isso é muito importante ter o mínimo de experiência ou uma boa assessoria acompanhando”.

 

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Edição 19/04/2024
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