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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Tragédia de 2011: Vítimas alertam para problemas ainda em aberto

Moradores de bairros duramente afetados iniciam campanha para chamar atenção de autoridades políticas

Na próxima terça-feira, 12, completa uma década a maior catástrofe natural da Região Serrana do Rio de Janeiro. Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro foram duramente afetadas por grandes escorregamentos de terra, pedras e árvores, além de alagamentos em proporções nunca sequer imaginadas. Dez anos após a fatídica madrugada de janeiro de 2011, quando centenas de pessoas perderam a vida e milhares de outras seus lares e famílias, muitos problemas continuam em aberto, além de perguntas não esclarecidas aos que viveram a Tragédia. Para “lembrar” às autoridades políticas que muito ainda precisa ser feito, representantes das associações de moradores da Posse, Caleme, Parque do Imbuí, Cascata do Imbuí e Granja Florestal instalaram dezenas de placas nas principais vias desses bairros. "Esqueceram de nós". "Descaso". "Desaparecidos?". "Reconstrução Já". "Obras Inacadas". "Abandono". Essas são algumas das mensagens divulgadas placas e que estarão em pauta na terça, a partir das 10h, quando será realizando um movimento na Ponte do Imbuí.
“Estaremos com aparelhagem de som, entregando para as pessoas uma carta aberta pedindo providências sobretudo ao governo do estado, Inea, para terminarem as obras. É absurdo, são dez anos e ainda estamos em escombros, com obras de contenção não terminadas, enfim uma série de coisas que o governo estadual, que recebeu verbas do governo federal, não fez. Cada hora é uma desculpa e nos sentimos abandonados, vítimas do descaso, por isso as faixas. Muita coisa na Tragédia ainda não foi esclarecida”, relata Ruth Vieira, uma das representantes dos movimentos populares que estarão na rua no dia 12 de Janeiro.

Nesta quinta-feira, 07, o prefeito Vinicius Claussen recebeu representantes do Movimento Popular das Vítimas das Chuvas de Janeiro de 2011, do Movimento Popular Resgate da Cidadania Resiliência e das associações de moradores dos bairros

Reunião na Prefeitura
Nesta quinta-feira, 07, o prefeito Vinicius Claussen, acompanhado dos secretários municipais Gilson Barbosa (Governo), Flavio Castro (Defesa Civil) e Valdeck Amaral (Desenvolvimento Social), recebeu representantes do Movimento Popular das Vítimas das Chuvas de Janeiro de 2011, do Movimento Popular Resgate da Cidadania Resiliência e das associações de moradores dos bairros Caleme, Cascata do Imbuí, Posse/Campo Grande e do Parque do Imbuí. Em pauta, a vinda do Governador Cláudio Castro a Teresópolis nesta segunda-feira, dia 11, data em que se completam 10 anos da tragédia das chuvas na Região Serrana e quando o município será a sede do governo do estado. “Esse foi um encontro de entendimento sobre as perdas dessa que é uma das áreas da zona urbana mais afetadas pela tragédia das chuvas de 2011. Porém, na segunda-feira líderes comunitários de todos os bairros atingidos, da cidade e do interior, e também os síndicos dos condomínios do conjunto habitacional Parque Ermitage, serão recebidos por mim e pelo Governador Cláudio Castro. Todos serão ouvidos e passarão as demandas das comunidades que representam sobre as perdas e as obras que ainda faltam ser feitas para a reconstrução dessas áreas”, pontuou o Prefeito.
Claussen adiantou alguns pedidos que vai entregar ao Governador e Equipe Técnica, entre eles, a retomada da demolição de cerca de 1.800 imóveis interditados, a continuidade das obras de drenagem e de contenção de encostas, de reconstrução de pontes, de intervenções de controle de inundações e construção de novas moradias. “Ouviremos os representantes dos moradores das áreas afetadas e, juntos, Município e Estado, faremos um plano de reconstrução das áreas atingidas para ser colocado em prática o mais rápido possível”, o Prefeito destacou.

Avit presente
Presidente da Associação de Moradores do Caleme e do Movimento Popular das Vítimas das Chuvas de Janeiro de 2011, Neia Silva aprovou a aproximação com o poder público. “Muitas obras ficaram paradas após a tragédia. Esperamos avançar nas negociações para que os trabalhos nas áreas atingidas sejam retomados”, comentou. Para Laura Fermiano, presidente do Movimento Popular Resgate da Cidadania Resiliência, considerou a reunião produtiva. “Toda vez que temos um encontro com o poder maior da cidade saímos com o coração cheio de esperança. Ao longo desses 10 anos compreendemos que somos resilientes e que algo bom vai acontecer”, finalizou.

 

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Edição 26/04/2024
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