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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Trabalho conjunto atende moradores em situação de rua

Vara da infância, Desenvolvimento Social, Guarda Municipal e Polícia Militar fazem trabalho de atendimento e prevenção em Praças e espaços públicos

Anderson Duarte

As madrugadas e noites de inverno este ano tem sido particularmente severas em Teresópolis, e por conta disso, um trabalho pontual acabou ganhando caráter permanente em nosso município, a ação conjunta entre equipes das secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Saúde, Segurança Pública e órgãos como a Vara da Infância e Juventude, Conselho Tutelar que se unem para percorrer ruas, Praças e espaços públicos com abordagem social e de saúde para oferecer atendimento às pessoas em situação de rua e possíveis usuários de drogas. O acolhimento incluiu doação de agasalhos, avaliação das condições de saúde, vacinação e cadastro de quem estava dormindo em via pública. Sob aspecto da segurança, pontos considerados de comércio de entorpecentes e até ocupados por usuários também são visitados pelo grupo. Nesta segunda-feira, 15, o Secretário da pasta do Desenvolvimento em nosso munícipio, Marcos Jaron, participou do programa Jornal Diário na TV e apresentou um balanço destes primeiros dias de atuação.
“Não é um trabalho fácil, como dissemos na semana passada aqui no programa, afinal, não são todos que aceitam a ajuda, mas as pessoas que aceitam, todas são conduzidas para pernoite no abrigo da Associação Beneficente Sopão, mas como nem todos concordaram e, por lei, não é possível recolher essas pessoas contra a vontade delas, temos que fazer esse trabalho permanentemente nesta época. A população em situação de rua também recebe uma atenção maior através do trabalho do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), onde a equipe mantém ações contínuas”, explica o Secretario. A iniciativa pretende amenizar os riscos que as baixas temperaturas oferecem à população vulnerável, principalmente ao longo da madrugada. Ter um espaço para receber mais pessoas em situação de rua durante os dias frios, segundo Jaron, tem que continuar sendo uma prioridade da Secretaria de Desenvolvimento Social, mas o trabalho de percorrer as ruas do Centro e dos bairros nas noites, não pode deixar de acontecer. 
“Esse foi um pedido do prefeito, que sempre demonstra uma grande preocupação que todos nós temos. Pensar nas pessoas que estão na rua e tentar ajudá-las é ajudar no desenvolvimento do nosso município. São pessoas que fazem parte da nossa sociedade e que também merecem um olhar mais atento, principalmente durante essa temporada de frio, que na nossa região castiga e oferece tantos riscos”, reforça Jaron, que ainda acrescenta, “Mas o trabalho não é só durante as madrugadas, ao longo do dia os profissionais fazem o convite para as pessoas se dirigirem, durante a noite, para o nosso abrigo. Quando conseguimos é sempre uma vitória. A sociedade precisa se conscientizar da necessidade de um trabalho multidisciplinar como esse, afinal, são mendigos, pedintes, vagabundos, entre muitos outros termos preconceituosos pelos quais são chamados esses homens, mulheres e, às vezes, famílias inteiras que vivem nas ruas. A maioria deles não está nesta situação por opção. Muitos foram levados a isto por desentendimentos familiares, busca de oportunidades malsucedidas, uso de álcool ou drogas e até por violência doméstica”, lamenta.
Abrir possibilidades para esta parcela da população, que enfrenta uma luta diária contra a fome, o frio, o calor e as chuvas, é o trabalho realizado pelas equipes técnicas que atuam nas operações. Durante a abordagem, com um questionário em mãos, os agentes sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social fazem o primeiro contato com a pessoa em situação de rua. A ideia é obter o máximo de informações possíveis, como município de origem ou se possuem residência e família em Teresópolis, idade, se são dependentes de álcool e outras drogas, escolaridade, entre outras. Com isso, os agentes sociais conhecem como vivem essas pessoas, as causas de sua permanência na rua, as relações afetivas e as principais necessidades de cada um. “A pessoa é muito mais do que se pode ver. Cada um tem sua história pessoal, experiências, motivos individuais que acabaram culminando na vida nas ruas”, finaliza Jaron.

 

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Edição 28/03/2024
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