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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis vai ganhar mais duas emissoras no sistema FM

Anatel anuncia fase final de migração do antigo AM e sinaliza as mudanças no município

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública a abertura de novos 360 canais de rádio em frequência modulada, conhecida popularmente como FM. O objetivo é abrir espaço para que emissoras que hoje transmitem em ondas moduladas (AM) migrem para a nova faixa. “Serão atendidas 17,4% emissoras AM. Já, quando considerado o total de estações FM, a ampliação será de cerca de 5%. De acordo com a Anatel, com essa medida, a demanda por novos canais será regularizada, concluindo o processo de transição”, divulgou a Anatel. No sistema de consultas, são indicadas duas novas rádios no sistema FM em Teresópolis, o que faria a frequência local contar com cinco emissoras. Hoje, estão no ar Novo Tempo, Digital Light e Terê FM. Após a finalização do processo, passarão a modular também dessa maneira as duas mais antigas rádios do município, Teresópolis (1510 AM) e Geração 2000 (1580 AM).
A transferência entre as faixas foi uma política elaborada a partir da demanda das emissoras. A Anatel recebeu 1.659 solicitações e, até agora, 1.256 foram atendidas. Com a consulta pública, os 365 pedidos restantes serão resolvidos. A migração desses canais era impossível, pois a quantidade de estações já havia chegado ao limite do que o espectro de radiofrequências comporta nas cidades. Contudo, uma nova norma permitiu o uso de uma faixa maior do FM, quem em vez de começar no 88, terá início no 76. Segundo o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, há emissoras que reclamaram da inserção na faixa do FM estendido. “Todos querem ficar na faixa convencional, de 88 a 108. É natural ter receio de não estar na faixa convencional, mas temos portaria do Ministério da Economia incentivando equipamentos de FM a terem o dial do 76 a 108”, afirmou.

As emissoras AM da cidade
A atualização está em debate há bastante tempo. No final de 2015, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV destacou a mudança e ouviu representantes do setor no município destacando que as duas emissoras que funcionam na antiga frequência estavam trabalhando para se atualizar, sem, no entanto, perder o charme característico desse tipo de transmissão, que mesmo em um mundo de WhatsApp e Facebook, ainda tem um público bastante fiel.
Locutor e há muitos anos também responsável técnico nas duas rádios AM de Teresópolis, Pedro Felipe relatou na ocasião que os procedimentos para possível migração já vinham sendo trabalhados por elas. “A Anatel já colocou valor de outorga para a licença necessária para pagar junto ao Ministério das Comunicações para esse novo trabalho no FM. Além desse custo, também será necessária a troca do transmissor, já que os transmissores AM das duas rádios não vão servir. A qualidade vai melhorar em muito mesmo. O mal do AM é que nós temos muitos computadores hoje, lâmpadas fluorescentes, que entram misturando o sinal Com o FM isso não acontece e o som é mais limpo, mais gostoso. O que deve ser frisado, porém, é que o sinal não vai chegar mais longe como se pensa, vai continuar na mesma cobertura que as AM trabalham hoje”, explicou Pedro.

Carracena
No ar desde o final da década de 80, o radialista Hélio Carracena está atualmente na Geração e também passou pela Teresópolis, onde trabalhou a maior parte da vida como comunicador. Ele reforça a ideia que, mesmo com o sinal melhor no FM e possibilidade de mais alcance via telefones celulares, entre outros, a característica da antiga frequência não pode ser perdida.  “O rádio AM é muito pessoal. Você se torna íntimo das famílias e as famílias de você. Por exemplo: tenho um quadro chamado ‘Conversando com a Vovó’ todos os dias, contando coisas do passado, tentando trazer o assunto para hoje… E teve um dia que conversando com a vovó perguntei se ela sabia o que é internet, e ela não sabia o que era. Aí ela mandou perguntar o que era bacia, o que ele (o operador Dione Márcio) não sabia. São brincadeiras muito íntimas que se faz com o AM e se for mudado com o FM vai perder muito sua audiência. O AM é muito família. Tenho ouvintes na rádio que me ligam religiosamente todo dia para falar a mesma coisa, pessoas que querem ser ouvidas. No FM não tem isso, é mais rápido, impessoal, com música mais moderna, sem os grandes cantores e músicas de outrora. Tudo isso faz com que o AM seja muito forte e garante que terá audiência por muito tempo. Temos que fazer com fizeram Globo e Tupi, que passaram para FM mas mantiveram suas programações”, pontuou Carracena.

 

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Edição 26/04/2024
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