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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis: Queimada coloca unidade de conservação em risco

Incêndio destrói grande área nas Sete Torres, no entorno do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis

A semana começou com uma notícia muito ruim para os teresopolitanos: Grande área de vegetação sendo destruída por um incêndio no local conhecido como “Sete Torres”, entre Posse e Parque do Imbuí, região que fica ainda na zona de amortecimento do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. A unidade de conservação mantém inclusive uma sede perto do local do fogo, na Iconha, espaço que tem como foco as pesquisas. Até o fechamento desta edição, brigadistas do PNMMT e agentes do Corpo de Bombeiros não haviam conseguido controlar as chamas, que podem chegar ao município de Petrópolis, que faz divisa com essa região através da localidade do Cuiabá. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas, ao que tudo indica, mais uma vez se trata de ação criminosa. Também ainda não há ideia do tamanho da área destruída.
Além do prejuízo ambiental, com perda de fauna, flora e qualidade de vida nas comunidades afetadas, importante destacar que a fumaça proveniente dos incêndios florestais pode ser um fator prejudicial à saúde dos que enfrentam nessa época do ano problemas respiratórios, como por exemplo, crises de rinite, sinusite, bronquite, asma, entre outros. Além disso, ainda estamos enfrentando a pandemia da Covid-19 e os problemas respiratórios podem ser ainda mais recorrentes e haver uma confusão no diagnóstico final.

De controlado, não tem nada
Em alguns bairros é comum ocorrências de queimadas ocasionadas por pessoas que acreditam estar fazendo queimadas controladas, de lixo ou qualquer outra coisa que não lhes interessa mais, situação que é considerada crime ambiental e ainda contribui para problemas de saúde. O que muitas pessoas não entendem é que quando elas queimam o lixo ele de certa forma vai desaparecer, mas se transformar em material particulado que viaja pelo ar e invade o olfato de uma senhora que pode estar se recuperando de uma doença ou de uma criança que tem asma. Denúncias de crimes do tipo podem ser relatadas diretamente ao CBMERJ, no 193.

Balão provavelmente oriundo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro terminou no telhado de casa na Barra do Imbuí

Balões preocupam
Outra preocupação nessa época de estiagem, quando a mata está muito seca e o clima contribuem para a rápida propagação do fogo, é a dos balões. No último fim de semana, vários foram vistos sobrevoando nossa região, com deles atingindo o telhado de uma residência na Barra do Imbuí. A situação só não saiu do controle porquê brigadistas do ICMBio, que faziam o monitoramento do balão, chegaram rapidamente ao local. Apesar de parecer uma prática inofensiva, soltar balão artesanal e não tripulado é perigoso e é considerado crime ambiental. A prática pode provocar incêndios em florestas e em áreas urbanas como casas, escolas e hospitais, além de colocar em risco a vida das pessoas. Mesmo nos casos que o balão não tenha fogo, ele oferece risco. Uma vez no céu, não há como controlá-los. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano é crime. A pena prevista é de um a três anos de detenção e multa, ou ambas as penas cumulativamente. Os responsáveis também podem ser enquadrados no Código Penal Brasileiros, que estabelece que causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outros também é crime, com pena prevista de três a seis anos de reclusão, e multa.

 

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Edição 25/04/2024
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