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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis ganhou quase 40 mil veículos nos últimos 10 anos

Número de registros no Detran no município chega a 106.455 e só não é maior devido a pandemia

Marcello Medeiros

Dados do Setor de Estatística do Detran.RJ mostram que, caso não sejam realizados o mais breve possível estudos com o objetivo de melhorar a fluidez no trânsito, e ainda incentivar outros meios de transporte, não vai demorar muito para  que grande parcela da população teresopolitana tenha seu próprio veículo – porém sem ter como utiliza-lo. Cadastro do órgão mostra que, entre abril de 2011 e abril de 2021, o número de veículos registrados em Teresópolis passou de 68.597 para 106.455, portanto um acréscimo de 37.858 novos registros no Departamento Estadual de Trânsito. E só não chegamos bem perto dos 40 mil na última década devido à crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19. Também segundo o levantamento estatístico, entre 2019 e 2020, o número de novos emplacamentos no município foi de 3.306, enquanto entre 2020 e 2021, alcançou o teto de 1.541. Apesar do grande volume de autos em circulação, que em alguns momentos deixa o trânsito lento ou quase parado em alguns trechos, dos três grandes da Região Serrana, ainda somos o município com menor número de emplacamentos totalizados no Detran.RJ. Em Nova Friburgo, que tem população parecida, são 134.906. Já Petrópolis, que ultrapassa os 300 mil habitantes, até o momento são 182.187 registros no órgão.
O setor estatístico separa de acordo com o tipo de veículo. Vamos destacar aqui os principais e os números atuais de cada um deles em Teresópolis até abril de 2021: Automóveis – 65.993, Motocicletas – 20.510, Motonetas – 3.066, Caminhões – 2.768, Ônibus – 295, Micro-ônibus, 379. Uma década atrás, sendo contabilizado também somente até o quarto mês do ano, a situação era essa: Automóveis – 44.027, Motocicletas – 13.717, Motonetas – 1.736, Caminhões – 1.998, Ônibus – 287 e Micro-ônibus – 228. O que chama atenção é que, em dez anos, o número de ônibus emplacados em Teresópolis o acréscimo de apenas oito veículos, apesar do salto populacional no mesmo período. Além disso, analisando os números de 2020, apuramos que em 2021 houve uma redução de 14 ônibus com placa do município.

Transporte por aplicativo
Desde 2018 a Secretaria Municipal de Segurança Pública vem cadastrando os profissionais que trabalham com transporte individual remunerado de passageiros, conferido por operadoras de tecnologia de transporte. "É mais uma ação educativa para garantir a regularidade da atividade e também a segurança dos passageiros transportados. Os motoristas de veículos por aplicativo são orientados a se cadastrar na Divisão de Trânsito e Concessões da Guarda Civil Municipal. Já os condutores de carros com placas de outros municípios são notificados e orientados a não realizar transporte irregular no município", esclarece o secretário de Segurança Pública, Marcos Antonio da Luz. “A maioria dos veículos que circula na cidade são cadastrados, e isso é importante porque o passageiro tem acesso a um carro legalizado, mais seguro. Temos todas informações sobre a pessoa, o que pode ajudar o passageiro caso ocorra alguma situação durante a viagem”, completa a Inspetora Félix, da GCM, que participou da última operação realizada pela PMT. Ainda segundo a corporação, atualmente Teresópolis tem cadastrados 660 motoristas de aplicativo, que trabalham através de empresas como Uber, Cabifiy e Trip a Trip.

Mesmas ruas
Com cada vez mais veículos em circulação, a tendência é o trânsito “travar” caso algo não seja pensado em breve. Afinal, as ruas são as mesmas de décadas atrás e Teresópolis não tem espaço físico para criação de outras grandes vias, como ocorre em cidades como o Rio de Janeiro, por exemplo. Porém, é preciso buscar e incentivar rotas alternativas, investir em pessoal para melhor coordenar o fluxo (há anos não é realizado concurso para a GCM, por exemplo) e trabalhar também outras modalidades de transporte além do individual em automóveis.

E as bicicletas?
Um bom caminho seria incentivar a utilização de bicicletas, colaborando com a redução do número de autos em circulação, com o meio ambiente e a saúde do teresopolitano. Hoje, porém, a cidade conta apenas com uma ciclofaixa, que se estende ao longo das Avenidas Feliciano Sodré e Lúcio Meira, e a dificuldade de acesso mesmo para os ciclistas ao longo de todas as outras vias, além do frequente desrespeito com quem segue em duas rodas por parte dos motoristas, faz com que muita gente não tenha confiança em sair pedalando por aí.

 

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Edição 19/04/2024
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