Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Teresópolis em destaque na Assembléia Legislativa

Projeto Bem me Quer de Teresópolis é exemplo na luta contra Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em todo estado, diz Promotor

Uma audiência pública, realizada nesta terça-feira, 30, na Alerj, com o tema: “Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Como Combater?”, deu destaque ao projeto Bem Querer de Teresópolis. O projeto que foi criado pelo Decreto nº 4642, de 19/02/2015, criou em Teresópolis o programa de combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes, no município de Teresópolis, e também estabeleceu diretrizes para o atendimento às vítimas pelos profissionais da rede de atendimento, como componente da política nacional de atenção à saúde da criança e adolescente do sistema único de saúde.

Segundo o promotor de justiça, Rodrigo Cézar Medina, o projeto Bem Me Quer, de Teresópolis, é um modelo a ser utilizado em municípios do interior do estado. “Nós temos muita limitações nas leis do processo penal, então, queremos punir, mas não temos prova da materialidade, mas não podemos e desanimar e nem deixar de denunciar. As vezes não conseguimos a responsabilização do autor, mas podemos trabalhar muito em defesa dessa criança vítima. O CAAC é um modelo de atendimento e junto com a DCAV realiza um atendimento de excelência no atendimento à criança e ao adolescente, mas o Ministério Público se preocupa muito mais com as referências que aquela criança terá quando sair dali. Sabemos que não há verba para a implantação de CAACs em todo o estado, mas há projetos simples que conseguem cumprir as diretrizes que estão na lei. Vou destacar o projeto Bem Me Quer, de Teresópolis,  uma iniciativa do delegado local, junto com a promotora da infância e da juventude e Secretaria de Segurança  Pública, com apoio da Secretaria de Saúde”, explicou o promotor
 A audiência contou com a participação de toda a Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Tia Ju (PRB). Os principais temas discutidos foram: Criação de centros integrados para atendimento às vítimas de abuso sexual, mais diálogo entre a comissão e os jovens e maior divulgação dos trabalhos feitos pela DCAV – Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.
 “Independente de eu estar presidente ou não a minha causa sempre foi criança e adolescente, é uma questão que eu milito desde os 16 anos de forma voluntária. Vamos criar um grupo de WhatsApp com toda a Comissão e para as crianças e adolescentes que se interessarem poderem participar. Eles poderão contribuir com os projetos e acompanhar de perto o nosso trabalho. Nada melhor do que ter aqueles que sofrem essa violência para ajudar no combate a agressão”, declarou Tia ju.
 De acordo com a defensora pública, Eufrásia Souza, integrante da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – Cdedica, é extremamente importante a criação de centros integrados para atendimento às vítimas e testemunhas, além de implementação de varas especializadas para a investigação dos crimes.  “E muito importante a especialização, pois vemos uma diferença incrível entre as delegacias comuns e a DCAV – Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, única do Estado, tanto no atendimento quanto na resolução dos casos. Os números do ISP e do IPEA quanto a estupros são alarmantes, 88% das vítimas eram do sexo feminino, mais da metade tinha menos de 13 anos de idade e mais de 70% dos estupros tiveram como vítimas crianças e adolescentes. Somente em 2017, creio que até março, 468 casos foram registrados”, afirmou a defensora pública.
Quem está à frente da DCAV é a delegada titular, Juliana Amorim, que destacou a importância da atuação em rede, além de uma normalidade absurda que o abusador trata o estupro. Para a delegada o objetivo da DCAV, além de penalizar o criminoso, é curar essas crianças e acabar com esse ciclo de violência. Juliana Amorim também defende a criação de outras delegacias especializadas ou de núcleos que funcionem dentro das delegacias existentes, a exemplo de como funciona o núcleo de atendimento às mulheres.
Tia Ju também citou que o projeto de lei OCA – Orçamento da Criança e do Adolescente foi aprovado. “Agora a população poderá ter acesso a esses dados com transparência, criando um compromisso com o Executivo de detalhar esses gastos e nos poderemos acompanhar e fiscalizar melhor”, explicou. A população pode denunciar crimes de exploração e abuso de crianças e adolescentes ligando para o Disque 100 ou para o Alô Alerj (0800 023 9191). O Bem Me Quer funciona no prédio anexo ao antigo Fórum de Teresópolis, 3° andar.

 

Divulgação/Alerj

Audiência pública nesta terça-feira destaca atendimento em Teresópolis com o “Bem Querer”

 

Tags

Compartilhe:

Edição 20/04/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Mesmo quem já pagou o IPVA deste ano terá de quitar as duas taxas do CRLV-e

OAB esclarece sobre o abuso do aumento da conta mínima comercial de água

Feriado de São Jorge com promoção no Parc Magique do Le Canton

Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas

Três flagrados com cocaína e maconha no Meudon

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE