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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Tenente Luiz Meirelles é a via urbana com mais acidentes

Anuário estatístico produzido pelo Departamento Estadual de Trânsito mostra que a via urbana mais crítica em relação aos casos de acidente de trânsito em Teresópolis é a Tenente Luiz Meirelles. A avenida, que tem início no encontro da Carmela Dutra e Djalma Monteiro e segue até a BR-116, no bairro do Meudon, recebe diariamente grande número de veículos de diversas comunidades, entre elas a mais populosa do município, São Pedro

Marcello Medeiros

Anuário estatístico produzido pelo Departamento Estadual de Trânsito mostra que a via urbana mais crítica em relação aos casos de acidente de trânsito em Teresópolis é a Tenente Luiz Meirelles. A avenida, que tem início no encontro da Carmela Dutra e Djalma Monteiro e segue até a BR-116, no bairro do Meudon, recebe diariamente grande número de veículos de diversas comunidades, entre elas a mais populosa do município, São Pedro. Apesar de não informado no documento divulgado pelo Detran, tudo indica que tal movimentação, que em alguns momentos do dia chega a causar grandes engarrafamentos, seja responsável por tal colocação na pesquisa. O anuário mostra que as outras vias com números críticos no quesito acidentes de trânsito são duas das três rodovias de acesso ao município, a BR-116, a Rio-Bahia, e a RJ-130, a Estrada Teresópolis-Friburgo.

Os últimos dados divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito são referentes ao ano de 2016. A pesquisa referente a 2017 ainda está em curso. Segundo o anuário, foram registrados no período 529 acidentes de trânsito, sendo 371 vítimas homens e 147 mulheres. Desses casos, foram 40 mortes. O dia com maior número de ocorrências é o domingo, seguido por sexta e sábado. A parte da tarde é o período com mais registros. O número de acidentes aumentou em comparação ao ano anterior, quando foram 448 ocorrências e 33 mortes. Em 2015, além das três citadas vias, também foi apontada como ponto crítico a Avenida Feliciano Sodré, na Várzea. 

 FROTA – Também de acordo com o anuário estatístico do Detran, em 2016 Teresópolis tinha registrados com placa do município 94.903 veículos, cerca de três mil a mais do que ano anterior, sendo que destes 41.979 não estavam com o licenciamento em dia. O mais comum, como esperado, é o de carros de passeio, com 59.666 registros. Em seguida vem as motocicletas, com 18.637. Em terceira colocação estão as caminhonetes, com 4.965 registros.

Poucas multas

 Em uma rápida volta pela região central do município, a impressão que se tem hoje é que a Guarda Municipal foi extinta. É comum o flagrante de irregularidades cometidas por motoristas nas principais ruas e avenidas de Teresópolis, pistas de rolamento bastante movimentadas e onde o trânsito acaba ficando ainda mais complicado por conta da falta de respeito dos condutores de todo o tipo de veículo.  Fila dupla no Parque Regadas e bem perto de uma esquina, quatro rodas em cima da calçada na Carmela Dutra, estacionamento em ponto de ônibus em plena Lúcio Meira, utilização da ciclofaixa como local de parada na movimentada Feliciano Sodré, faixas indicando que a pista deve ficar livre sendo ignoradas em vários pontos… Esses são apenas alguns dos flagrantes feitos pelo jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV, imagens que mostram o que infelizmente é comum no trânsito teresopolitano, a falta de educação e punição aos que insistem em acreditar que ligar o pisca-alertas permite deixar o seu veículo em qualquer lugar. Reflexo disso é o resultado de estatística anual feita pelo Detran, que indica que Teresópolis é o município que menos multa na Região Serrana.

Em 2017, foram emitidas apenas 4.276 notificações, enquanto Nova Friburgo multou 8.210 motoristas e Petrópolis 23.973, ou seja, praticamente a metade do primeiro e cinco vezes menos que na terra de Pedro, onde mesmo nas vias mais estreitas na região central o trânsito flui muito melhor do que por aqui. Comparando o número de veículos registrados, Petrópolis, por exemplo, tem aproximadamente 166 mil e nosso município beira os 98 mil, o que indica, mesmo que empiricamente, que o número de notificações por aqui está muito abaixo do que deveria ser aplicado. Além de contribuir para a organização do trânsito, visto que “o brasileiro só aprende quando dói no bolso”, tal fiscalização funcionando como deveria também poderia render grande aumento na arrecadação de um falido município, com parte desse recurso sendo revertido para a própria Guarda Municipal, atualmente bastante carente de equipamentos diversos e recursos humanos para trabalhar.

A culpa é de quem?

Aliás, é importante frisar que a precária fiscalização não deve ser creditada aos poucos e esforçados funcionários públicos lotados nessa secretaria. A ordem para multar ou não e a distribuição do reduzido efetivo nas vias públicas são de competência de estância superior, geralmente de cargos comissionados que estão mais preocupados em defender os interesses do prefeito do que organizar um cada vez mais caótico sistema de trânsito.

Recentemente, O DIÁRIO tomou conhecimento que alguns agentes da GM foram orientados a fazer vista grossa em gritantes casos de estacionamento irregular nas proximidades de alguns estabelecimentos na Várzea. Em um dos pontos indicados, recentemente a própria corporação pintou faixas amarelas, instalou placas e colocou até obstáculos objetivando evitar a parada de veículos. Porém, o proprietário de tal empresa teria passado a doar voluntariamente diversos materiais para o embelezamento do município e, desta forma, entrado para a lista daqueles locais onde é possível desrespeitar o Código de Trânsito “para fazer aquela comprinha rápida”. Outro exemplo de que o interesse de alguns acaba sendo muito mais importante do que o bem estar da coletividade é que, no ano passado, o próprio gestor municipal teria ordenado que todos os talões de multa fossem tomados dos agentes de trânsito após ter recebido notificação por dirigir sem o cinto de segurança…

 

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Edição 28/03/2024
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