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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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SINDPMT esclarece notícia equivocada sobre reajuste divulgado pela Prefeitura

Mais uma vez, entidade precisa vir a público para corrigir desinformação propagada pelo canal oficial de comunicação do governo

Anderson Duarte

Uma coisa é você saber que vai receber no mês seguinte um contracheque com 17,38% a mais em seus vencimentos, outra é receber 5% num mês, seis meses depois mais um pouquinho, outro pouco pro meio do ano que vem e no Natal de 2020, o restante disso. Para os poucos que leram a matéria oficial da Prefeitura com relação ao desfecho do encontro entre representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e o Executivo nesta quarta-feira, 20, deu-se a entender que assim seria no próximo pagamento da classe, o que efetivamente não é verdade. Alertados sobre a publicação equivocada da PMT, que trazia como título: “Prefeitura dá 17,38% de reajuste salarial para os servidores municipais”, a Direção do SINDPMT procurou nosso jornalismo nesta quinta-feira, 21, novamente para esclarecer uma notícia sem o devido cuidado de apuração e verdade aos fatos. O temor de uma enxurrada de ações cobrando o pagamento “noticiado” em cota única, fez com que a entidade sindical buscasse esclarecer publicamente o real teor da negociação e aquilo que efetivamente os servidores vão poder contar a partir de agora.
Kátia Borges, antes de explicar o motivo de tanta preocupação, fez questão de enaltecer a grande participação da classe na manifestação. “Temos que agradecer muito a participação dos servidores nesta paralisação desta quarta. É uma mensagem direta ao gestor de que apesar do voto de confiança que se deu ao novo governo, qualquer tipo de desrespeito a classe será motivo de mobilização. E já começou grande esse engajamento, na verdade, muito maior que em movimentos anteriores. Mas com relação ao que foi veiculado pela assessoria de comunicação da prefeitura, mais uma vez, temos que trazer esclarecimentos importantes. Tais sejam, a impossibilidade de recebimento em uma única parcela como claramente dá a entender a notícia, e também o fato de nunca ter sido debatido um reajuste salarial como também disse a matéria. Não é 17,38% em uma única parcela, muito menos se trata de reajuste salarial. Isso precisa ficar claro”, explica Kátia, complementada por Robson Abreu, que ainda avisou que caso fosse mantida essa publicação, muitos servidores poderiam ingressar no Judiciário cobrando o “prometido” pela assessoria.
Logo após a reunião o SINDPMT emitiu uma comunicação em suas redes sociais explicando o acordo. “Fizemos uma manifestação na prefeitura e fomos atendidos as 10hs pelo prefeito. Essa reunião contou com a participação do SINDPMT, SEPE é um servidor de cada categoria. A proposta levada pela categoria, não foi aceita pelo prefeito, que apresentou a problemática que se daria em função da LRF, pois os gastos seriam excedidos. Em discussão, mesa de negociação, o Prefeito apresentou uma outra proposta, que votada por todos foi aprovada pela comissão e levada para uma assembleia campal, sendo também aprovada por todos os servidores presentes, sendo: Pagamento da 5 parcela de reestruturação, acumulada em 17,38%, dividida em dois anos, sendo: agora 5,1%, já acordados, 3,59%  em dezembro de 2019. Em 2020, 4,39% em maio e 4,30% em dezembro; Para o magistério, a proposta do prefeito será pagar agora os 5,1% como Revisão Geral anual de 2019. Em outubro teremos outra avaliação”, explica o órgão em suas redes sociais, lembrando também que o que foi decidido terá efeito retroativo a janeiro.
Como dissemos na edição de ontem, quem lê o release produzido pela assessoria de comunicação da prefeitura sobre o mesmo evento é levado a acreditar que a Gestão Municipal conseguiu uma tremenda conquista para os colaboradores da Prefeitura, afinal diz o título da nota: “Prefeitura dá 17,38% de reajuste salarial para os servidores municipais”. Como vimos, o que foi parcelado em dois anos foi a quinta parcela de uma recomposição salarial para os servidores prevista no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, ou seja, reestruturação salarial é completamente diferente de reajuste salarial. Portanto, não há de se falar em qualquer tipo de ganho em relação ao reajuste do piso da categoria neste momento, elemento não deliberado ao longo da reunião. Ainda de acordo com a nota da assessoria, outras categorias foram atendidas com uma reestrutura em quinta parcela referente a 17,01%, como Grupo Operacional Administrativo e o Grupo Operacional de Saúde. Em resposta a nosso questionamento acerca do fato, a mesma assessoria ainda confirmou o teor da primeira postagem, alegando se tratarem de sinônimos, reajuste e restruturação, algo absolutamente descabido. E ainda confirmou que o título estaria em concordância com o teor da reunião e do acordo, o que também foi rebatido pelo SINDPMT.
“Quando disse aqui no Diário em uma entrevista anterior que a assessoria era mentirosa, fui muito criticado, até o prefeito veio conversar comigo, mas hoje estamos aqui novamente para corrigir um erro da mesma pasta e que pode trazer muitos problemas inclusive para o Sindicato. Não podemos ser forçados a engolir uma informação tão mal colocada como essa. Não teve reajuste, não é conquista do governo como diz o texto, é uma proposta que eu apresentei e foi deliberada pelo grupo todo, enfim, a gente quer acreditar que não exista outros objetivos por trás de tantos erros, mas é impossível que se erre tanto assim”, lamentou Chico. O protesto desta quarta se deu a frente da sede do Poder Executivo e reuniu cerca de seiscentas pessoas na parte da manhã, o que para os sindicalistas foi muito positivo. “Eu também queria aproveitar para dizer aos que escreveram essa matéria que nós não somos colaboradores do prefeito como disseram no texto, somos servidores públicos e oferecemos ao município a força de trabalho pela qual recebemos. Essa história de colaborador é para a iniciativa privada”, lembra Kátia.
Apesar de uma proposta mais robusta em mãos, o SINDPMT comemorou o resultado do encontro com Claussen e se disse confiante no cumprimento das propostas, mesmo com os seguidos episódios envolvendo erros materiais que impediram a concessão do reajuste acertado para o ano. Apesar de ser o primeiro encontro do prefeito com os manifestantes, o governo não se disse abalado com o movimento, pelo contrário, disse entender o posicionamento dos servidores que lá compareceram. A convocação de uma paralisação de vinte e quatro horas, com o objetivo de mostrar para o administrador que a classe não está satisfeita, trouxe um novo alerta para o governo. Cálculos estimados apontam para cerca de seis mil servidores atingidos e ainda assim, segundo o órgão, se espera que o governo mantenha seu compromisso em alinhar propostas mais modernas, dentro da realidade atual do orçamento para não deixar o servidor sem o direito adquirido. 

 

A Direção do SINDPMT procurou nosso jornalismo nesta quinta-feira, 21, novamente para esclarecer uma notícia sem o devido cuidado de apuração e verdade aos fatos

 

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Edição 29/03/2024
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