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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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SindPMT alerta que não há segurança para volta às aulas em Teresópolis

Recomendação é que as condições para aulas online sejam melhoradas pela Secretaria Municipal de Educação

Marcus Wagner

Ainda não foi estabelecida uma data para retomada das aulas presenciais em Teresópolis, porém a movimentação da Secretaria Municipal de Educação em se reunir com gestores e professores para debater o assunto já causa preocupação entre os profissionais, já que os casos de Covid-19 ainda surgem em grande quantidade. Atenta a esta situação, Kátia Borges, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresópolis (SindPMT) alertou que este não é o momento de se debater um retorno às escolas enquanto não há segurança nem para professores e nem para estudantes. A sindicalista enviou um documento ao secretário de Educação, deixando claro que seria uma negligência promover o retorno sem haver condições.
“Enviamos uma recomendação para a Educação porque a gente não aprova esse retorno às aulas. Não adianta colocar essas crianças todas dentro de sala, seja publica ou particular, eu acho que o índice de contágio vai aumentar muito com essas crianças todas juntas, seja da forma que for. Mesmo reduzindo turma ou não. Isso vai cair nas costas do professor e ele não vai aguentar porque ele tem contato direto com essas crianças e o primeiro culpado vai ser  professor de não ter tomado conta do uso da máscara, de não terem passado álcool em gel, fora a preocupação com o espaço físico e dos pais de mandarem os filhos para a escola. Não é o momento de retorno”, afirmou Kátia.
A sindicalista argumentou ainda que outro assunto urgente merece maior atenção neste momento: “O que precisamos agora é uma organização para esse trabalho para essas aulas online, eles deveriam estar mais preocupados em atender os alunos que ficaram sem aula nesse segundo semestre. Eu não vi qualquer lugar onde estejam se movimentando para voltar, que estejam insistindo nisso.  Teresópolis tem um plano de ação, não tem data para retorno, mas começa uma movimentação e vemos esse plano que inclui coisas que nunca aconteceram e não seria agora que iriam acontecer, entendemos que não podemos criar nada surreal nesse momento. É preciso criar coisas que realmente aconteçam. Deveria ser criado um plano de ação para atender aos alunos em casa, para chegar a todos. A gente sabe de cidades que distribuíram chip com internet para os alunos”. 
Outro aspecto importante que amplifica o perigo é a falta de estrutura adequada: “Não tem como colocar essas crianças dentro de salas apertadas, sem ventilação, espaços pequenos, uma quantidade grande de alunos. As creches não tem como retornar porque você não tem como segurar as crianças pequenas para que não tenham contato. O professor, o agente de creche, as meninas do apoio serão sobrecarregados e muitas vezes culpados por qualquer problema de contaminação. Que o secretário monte um bom plano de aulas online e não de retorno porque nesse momento não tem como para os professores e nem para os pais. É muito preocupante os passos que estão dando, como se estivéssemos com poucos casos e não estamos”

Sindicato dá apoio aos profissionais da Saúde que não contam com EPI adequado
Diante de várias reclamações e denúncias recebidas a respeito de falta de equipamento de  segurança para profissionais da área da Saúde trabalharem com o mínimo de segurança, Kátia Borges garantiu que dará amparo a todo servidor que decidir não trabalhar diante do alto risco de contaminação.
“Se não tem o material de EPI para no consultório, no atendimento do posto, não trabalhe, chame a gente, liga para o Sindicato. Temos recebido várias ligações, mas algumas pessoas ainda te medo de falar. Conseguimos atender de acordo com o que chega até nós, então liga pra gente. Não coloque sua vida em risco, não adianta trabalhar sem o material e amanhã estar internado como está acontecendo com muitos que estão testando positivo. A Odontologia está se preparando para voltar, foi pedido a eles que retornem com atendimento de emergência, mas não tem que retornar, tem que esperar a curva baixar, o número de casos descer porque ali o atendimento é rosto a rosto. Há setores em que está todo mundo usando máscara e todos estão pegando. Então não tem que retornar, nesse momento temos que fazer apenas o essencial, que já é perigoso. Na Odontologia, a carência de material para trabalhar já era muito grande antes da pandemia e agora está ainda maior”. 

 

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Edição 19/04/2024
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