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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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“Será que não está na hora de todo o comércio se juntar para recuperar a saúde?”

Fala de secretário de Teresópolis no Merco Serra supõe custeio da pandemia pela população

Wanderley Peres

Live do Merco Serra nesta sexta-feira, 24, no canal da associação comercial de Nova Friburgo, levou o secretário de Saúde de Teresópolis, Antônio Vasconcellos e os secretários de saúde de Nova Friburgo, Marcelo Braune e a secretária de saúde de Petrópolis, Fabíola Heck, à discussão do que está por vir nos municípios da região serrana enquanto uma vacina para o coronavírus não é distribuida à população e o que pode ser feito de ações conjuntas entre os três principais municípios da região serrana. Participaram ainda Fabíola Braz Pena, sub-secretária de Vigilância em Saúde, de Nova Friburgo e Raphael Spinelli.

Em sua participação, o secretário Antônio disse que prevê a continuidade do atual quadro até o início do ano e que a situação pode até agravar com a maior circulação de crianças. "Quanto ao achatamento da curva, vamos trabalhar na perspectiva da vacina, porque até dezembro nós vamos continuar com os casos entre nós. Aumentando a circulação de pessoas, inclusive com as crianças nas ruas, a contaminação vai ampliar os casos em curva, e isso pode ir até janeiro, acredito, quando deve chegar a vacina", disse, reclamando da burocracia, que emperra procedimentos. "Nós passamos por momentos complicados por causa das regras do Sistema SUS, que é muito exigente com as compras e a administração, impedindo agilização de processos", observou.

Fala mais preocupante do secretário foi o anúncio da intenção do governo de Teresópolis de buscar recursos para a saúde junto ao empresariado quando os recursos federais cessarem, coisa que acredita que vai acontecer em breve. "Não sei se vamos ter fôlego financeiro para manter a estrutura que temos hoje. Como financiar a saúde? Acho que é necessário pensar numa forma de financiamento, e as câmaras municipais devem se preocupar com isso, porque o município que se organizar a nível de saúde vai avançar primeiro em nível de recuperação financeira. Será que a iniciativa privada, vale pra ela, investir em saúde para recuperar o comércio local? Estou pensando em várias formas no município junto ao prefeito [Vinícius Claussen], que é voltado à ecomonia. Será que não está na hora de todo o comércio, toda a população, se juntar para recuperar a saúde? Por que recuperando a saúde a gente recupera as atividades comerciais", disse.

Presidente do Conselho Deliberativo do Merco Serra, Julio Cordeiro observou ao secretário que preocupa a entidade essa intenção [do prefeito de Teresópolis] de buscar junto ao comércio os recursos para o atendimento à pandemia quando os recursos federais cessarem. "Não temos grandes empresas na região serrana, e essas empresas já vivem as suas dificuldades, que aumentaram consideravelmente com a pandemia, daí não acredito que sairão do comércio essa ajuda, até porque nós também estamos precisando de ajuda".

Essa semana, repercutindo matéria investigativa feita pelo DIÁRIO, a câmara municipal lembrou que o municípío recebeu do governo federal, só de recursos Covid, entre março e julho, a quantia de R$ 21 milhões. No período de janeiro a julho, a saúde municipal recebeu de verbas federais cerca de R$ 37 milhões, mais que em igual período do ano passado, quando recebeu R$ 35 milhões. O que a prefeitura com esses R$ 21 milhões, mais os R$ 2 milhões e pouco de recursos de emenda do deputado Hugo Leal e da Alerj, ainda é um mistério – mistério que cabe a câmara municipal investigar.

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Edição 19/04/2024
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