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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Se 2020 é um ano perdido, como fica 2021?

Prezado(a) leitor(a), permita-me começar te desapontando. Ainda não é possível responder esta pergunta de maneira peremptória. Tudo vai depender da produção ou não da vacina contra a COVID-19 e de quando esta estará disponível para todos. Imaginemos alguns cenários. No primeiro, a vacina é produzida e disponibilizada ao conjunto da população até o mês de fevereiro de 2021. As aulas voltarão ao normal (pré-pandemia) quase que instantaneamente e começaria em março sem a necessidade de rodízio ou de hibridismo (presencial e on-line).

André Braga *

Prezado(a) leitor(a), permita-me começar te desapontando. Ainda não é possível responder esta pergunta de maneira peremptória. Tudo vai depender da produção ou não da vacina contra a COVID-19 e de quando esta estará disponível para todos. Imaginemos alguns cenários. No primeiro, a vacina é produzida e disponibilizada ao conjunto da população até o mês de fevereiro de 2021. As aulas voltarão ao normal (pré-pandemia) quase que instantaneamente e começaria em março sem a necessidade de rodízio ou de hibridismo (presencial e on-line).
Num hipotético cenário em que a vacina seja disponibilizada após março de 2021, em abril ou maio, por exemplo, metade do ano letivo também já estará comprometido. Neste caso, já teríamos mais de 1 ano sem aulas presenciais e com as avaliações e todos os outros processos pedagógicos, que funcionam para além do necessário “conteudismo”, comprometidos.
Neste cenário, há questões que não sabemos como serão digeridas pelas pessoas. Se hoje estão consolidadas em grande parte da opinião pública a ideia de que “este ano meu/minha filho(a) não volta” ou então “este ano está perdido mesmo…”, como seria começar o ano letivo de 2021, sem as aulas normais? 
Sendo assim, a resistência à abertura se manterá, principalmente com o descontrole da doença em nosso país? Ou a ideia de isolamento fadigará o psicológico das pessoas ao ponto de diminuírem o filtro e justificarem a volta às aulas como um risco/mal necessário. 
E se em mais um hipotético cenário, desta vez mais improvável, a vacina seja disponibilizada no final do primeiro semestre ou no segundo semestre. Toda essa fadiga comprometeria ainda mais a capacidade racional de decisão, seja favorável ou contra a retomada. 
Independente para onde a opinião pública caminhar, esta pandemia deixou ainda mais evidente a diferença estrutural entre as redes escolares públicas e privadas. E com isso, a recorrente percepção volta às nossas cabeças: é abissal a diferença entre o ensino público e o privado no Brasil.

 

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Edição 23/04/2024
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