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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Saúde confirma mais um caso de meningite bacteriana em Teresópolis

São três ocorrências em 2019. Últimos dois pacientes moram em regiões diferentes e não tiveram nenhum contato

Depois de uma criança de 12 anos, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que uma mulher de 50 anos foi diagnosticada com meningite bacteriana não especificada e está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Essa foi a segunda ocorrência nos últimos dias e a terceira desde o início do ano. Nos casos mais recentes, os pacientes são moradores de duas áreas distintas e sem contato interpessoal informado. “Note-se que se trata de casos isolados, como acontecem em todos os municípios, no Brasil e no mundo”, informa a Secretaria Municipal de Saúde em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (02).  “Os dois casos foram atendidos imediatamente na UPA 24h Nathan Garcia Leitão e seguem sendo acompanhados pela equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. No caso dos dois casos, recentemente identificados e rapidamente tratados, houve diagnóstico de meningite bacteriana, porém não sendo, nenhum dos dois, causadas pelo agente meningococo”, destaca ainda o documento.
O paciente de 12 anos permanece internado na UTI do Instituto Fernandes Figueiras no Rio de Janeiro. A paciente de 50 anos continua internada na UPA com quadro de meningite bacteriana não especificada, conforme resultados da punção liquórica e exames realizados pelo Laboratório de Meningite do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, da Secretaria Estadual de Saúde. Ela deu entrada na unidade, acompanhada de uma vizinha, com relato de desorientação, cefaleia e vômitos. “Seu quadro permanece estável, sem queixas no momento, aguardando transferência para Unidade Hospitalar, porém estando em tratamento adequado para seu quadro clinico na UPA. Não há ainda previsão de alta”, destaca a SMS, informando que sua transferência foi solicitada, através da Central de Regulação, aguardando retorno de disponibilização de vaga pelos hospitais contratualizados pelo SUS.
A Secretaria de Saúde informa que ainda não há epidemia ou surto, destacando que todas as medidas foram tomadas imediatamente pela Vigilância Epidemiológica, considerando as normas técnicas. A meningite refere-se a uma inflamação nas meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central. Pode ser causada por diferentes agentes etiológicos como vírus, bactérias, fungos e protozoários. Também pode ocorrer por outras causas, como traumatismos, por exemplo.
O espectro clínico varia desde febre transitória e bacteremia, até quadros graves com convulsão e morte. O quadro de meningite pode se instalar em algumas horas, iniciado com intensa sintomatologia, ou mais paulatinamente, em alguns dias, acompanhado de outras manifestações, geralmente indistinguíveis de outras infecções bacterianas.

Tratamento
A Secretaria de Saúde esclarece ainda que a vacina não é meio de controle de um caso específico, mas de proteção universal, devendo ser feita de acordo com o Calendário Vacinal para Crianças, conforme preceitua o Ministério da Saúde. “A Secretaria Municipal de Saúde pede à população que não dissemine informações não oficiais por mensagens de texto ou áudio nas redes sociais. Os interessados devem entrar em contato com Prefeitura ou Secretaria de Saúde para informações e esclarecimentos. Todas as informações técnicas serão divulgadas pelos órgãos públicos do município sobre qualquer agravo ou doença de notificação compulsória. São essas informações que devem ser consideradas por todos”, destaca ainda o documento. Qualquer dúvida pode ser esclarecida pela equipe da Vigilância Epidemiológica, na Secretaria de Saúde, localizada na Rua Júlio Rosa, na Tijuca, ou pelo telefone 2742-9883.

Transmissão
Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli. “É importante saber que algumas pessoas podem transportar essas bactérias dentro ou sobre seus corpos sem estarem doentes. Essas pessoas são chamadas de ‘portadoras’. A maioria dessas pessoas não adoece, mas ainda assim pode espalhar as bactérias para outras pessoas”, informa o Ministério da Saúde. Para tratamento das meningites bacterianas, faz-se uso de antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso.

 

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Edição 24/04/2024
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