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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Risco de novos deslizamentos preocupa Defesa Civil

Desabamentos têm acontecido com frequência, mas ninguém quer assumir responsabilidade de obra de contenção

Marcello Medeiros

Da noite da última sexta-feira até o final da tarde desta segunda, dia 26, a secretaria municipal de Defesa Civil manteve equipe monitorando trecho da Avenida Presidente Roosevelt conhecido como Corte da Barra, onde, mais uma vez, foram registrados desabamentos de pedras de uma das paredes do local. Aconteceram dois deslizamentos, na sexta, período noturno, e sábado pela manhã, sendo o segundo envolvendo pedras maiores e também na pequena passagem de pedestres sentido Barra do Imbuí. Inicialmente, o trânsito foi totalmente fechado e desviado pelo bairro de Paineiras.  Após análise técnica e limpeza da área, foi mantida apenas uma faixa de rolamento com o objetivo de desafogar o trânsito. Nesta segunda-feira, conversamos com o secretário municipal de Defesa Civil, que explicou o trabalho realizado no “túnel de pedra”. 
“A Defesa Civil está aqui desde sexta, quando caíram pequenos fragmentos, e sábado pela manhã veio abaixo uma pedra maior. Além disso, uma delas ficou presa em um pedaço de raiz. Então no sábado solicitamos um caminhão da Enel e soltamos esse fragmento com mais perigo. Porém, como podemos ver, ainda tem muita vegetação e pedaços de rocha soltos, cortadas por quem fez pista ou por erosão natural, não sabemos, mas é um risco. Hoje, junto com o pessoal do Serviço Público, fizemos limpeza grande aqui e constatamos que no trecho onde estão caindo rochas, existe uma cerca viva de bambu cortada, material que poderia estar segurando as rochas. Não sabemos quem fez, pois não foi autorizado por nós, dizem que foi Enel, e agora solicitamos de novo caminhão de novo para ver se conseguimos liberar mais uma pedra que a gente acha tem risco”, relatou o Coronel Wellington.
Ele citou ainda análise feita pelo Departamento de Recursos Minerais do Estado (DRM) poucos anos atrás. “Nessa área tem risco iminente, tem laudo do DRM de 2012 que diz que aqui é perigo iminente, não é primeira vez que acontece. Existe sim o risco, mas qual é o tamanho, não sabemos. Varia de acordo com nível de chuva. Temos ficar avaliando tempo todo. Por isso quando há um volume chuva muito forte a Defesa Civil está sempre presente”, enfatizou o Coronel.

A culpa é de quem?
A última vez que o Corte da Barra ficou um longo período fechado, com previsão até de interdição para realização de grande obra, foi em novembro de 2016. No mesmo temporal que fez tombar o muro de contenção ao lado da Praça Olímpica Luís de Camões, várias pedras atingiram a Avenida Presidente Roosevelt. Questionado à época, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), responsável pela manutenção da BR-495, disse não saber se seria de sua responsabilidade a construção de um – como está bem evidente – sistema de contenção similar ao que existe em vários pontos da Rio-Teresópolis, por exemplo. 
Pouca gente sabe, mas a rodovia que liga Teresópolis a Itaipava, distrito de Petrópolis, tem início no encontro da Presidente Roosevelt com Heitor de Moura Estevão e Manoel Lebrão. Fica perto do trevo a placa indicando o quilômetro zero. Porém, segundo apurado pelo DIÁRIO, nos anos 90 o atual gestor, em mandato anterior, teria municipalizado o trecho até as proximidades de um famoso hotel. Hoje, porém, nem PMT e nem DNIT conseguem informar tal situação com precisão. “No sábado tentamos fazer contato com o DNIT, que tem sede a 400 metros daqui, mas infelizmente não encontramos ninguém. Passei agora pela manhã e não consegui contato com diretoria, somente contato telefônico pessoa responsável através de uma funcionária. O que vou fazer é oficia-los do que aconteceu e solicitar que respondam oficialmente se tem responsabilidade ou não”, destacou o Coronel Wellington. Nesta segunda-feira entramos em contato com Engenheiro do DNIT lotado em Teresópolis. Porém, não obtivemos resposta até o fechamento desta edição.

Grande nó no trânsito
Toda vez que o Corte da Barra precisa ser interditado, acontece um verdadeiro nó no trânsito teresopolitano. Se normalmente o trecho em questão já registra momentos de grande retenção, quando é preciso fechar totalmente a passagem de veículos os motoristas precisam ter muita paciência para chegar ao seu destino. Isso porque restam apenas duas rotas alternativas viáveis para quem mora no lado da Barra do Imbuí chegar ao Centro, por exemplo. Passar pelas estreitas ruas de Paineiras, caminho principal antes da abertura da passagem, na década de 40, ou por Pimenteiras, também em vias que não comportam grande número de veículos. Uma terceira opção seria passar por Quebra-Frascos e Jardim Serrano, deixando a viagem ainda mais longa e desgastante. 

 

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Edição 29/03/2024
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