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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Reta pode receber sistema de radares novamente

Grande número de acidentes graves nas principais avenidas do município é motivo de preocupação

A semana foi marcada por mais um grave acidente na região central do município. Na última quarta-feira, a jovem Adriana Quintanilha foi atropelada por um veículo na Avenida Feliciano Sodré, próximo ao cruzamento com a Rua Magé, quando atravessava em uma faixa de pedestres. Imagens do circuito de segurança de um prédio próximo mostram um motorista dando passagem para a mulher e, na faixa ao lado, o condutor de um VW Golf de cor cinza não percebe a travessia e atinge violentamente a vítima, que roda três vezes no ar e cai na pista. Adriana foi levada para o Hospital das Clínicas com politraumatismo, passou por cirurgia e está em estado grave. E esse não foi o primeiro caso do tipo nos últimos meses. Somente em outubro, foram três atropelamentos na Reta, que compreende Feliciano Sodré e Lúcio Meira. No ano passado, em julho, o porteiro de um prédio foi atingido por um Honda Civic na faixa em frente ao supermercado Regina e morreu dois meses depois, no HCT. O motorista fugiu do local do acidente em alta velocidade, colocando diversas outras pessoas em risco até ser preso pela Polícia Militar, já na Barra do Imbuí. Diante desse quadro, reflexo do aumento da frota de veículos e também o número de habitantes do município, aliados à falta de responsabilidade de alguns motoristas e logicamente também os pedestres, que muitas vezes contribuem para situações de risco atravessando fora das faixas, por exemplo, a Secretaria Municipal de Segurança está realizando estudo para retomar um antigo projeto: Os radares eletrônicos como forma de controlar a velocidade praticada pelos motoristas nos pontos mais críticos do município, entre eles a Reta. Um dos locais onde outrora os veículos eram obrigados a passar em baixa velocidade é justamente nas proximidades de onde aconteceu o grave acidente na última quarta-feira.
Outros pontos das avenidas Lúcio Meira e Feliciano Sodré, como em frente a Casa de Portugal, também eram monitorados, além de Presidente Roosevelt, no Golf/Barra do Imbuí,  e Oliveira Botelho, no Alto. “Ações de fiscalização também são realizadas frequentemente na cidade. Além disso, a Secretaria atua em frentes de reforço da sinalização horizontal e vertical em avenidas e ruas da Várzea e também nos bairros. Ressaltando que a Guarda Municipal promove uma campanha de conscientização em empresas na cidade, com palestras para os colaboradores. Entre as empresas que já receberam as ações de conscientização no trânsito estão Alterdada, Le Canton, Albacete, entre outras. Atividades de educação no trânsito são promovidas pela gestão por meio da Ronda Escolar durante todo o ano e da campanha Maio Amarelo”, explicou a pasta nesta sexta-feira, em nota divulgada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura.

Atividades da Ronda Escolar
Responsável por planejar e realizar ações preventivas e socioeducativas nas escolas da rede municipal de ensino, a equipe da Ronda Escola é vinculada à Guarda Civil Municipal/Secretaria Municipal de Segurança Pública. As atividades de conscientização no trânsito são promovidas durante todo o ano em unidades de ensino. As equipes de atividades lúdicas e de palestras utilizam músicas, gincanas recreativas, teatro de fantoches, brincadeiras e encenações para, de forma descontraída, chamar a atenção de alunos, pais e professores sobre situações do dia a dia na escola, enfatizando valores éticos e morais e estimulando o exercício da cidadania.
Coordenada pela inspetora Jânia Gonçalves, a Ronda também realiza patrulhas de inspeção dentro e no entorno das unidades escolares e atende a pedidos das diretorias para intervir em situações ocorridas nas escolas que necessitam do auxílio da Guarda Municipal. Além disso, também atua na orientação da comunidade escolar na faixa de pedestres em frente a escolas no horário de entrada e de saída das aulas.Em 2019, até outubro, a equipe da Ronda Escolar realizou em torno de 1.650 atividades, com a participação de cerca de 5.700 alunos.

Conscientização no Maio Amarelo
Uma variada programação foi realizada durante o mês de maio em Teresópolis, dentro da campanha “Maio Amarelo”, de sensibilização de motoristas e pedestres sobre segurança no trânsito. Com o tema “No trânsito, o sentido é a vida”, o projeto da Prefeitura, coordenado pela Guarda Civil Municipal (GCM), que é vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública. A iniciativa contou com a parceria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das Secretarias Municipais de Educação e de Desenvolvimento Social. O “Maio Amarelo” é um movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito, que une o Poder Público e a sociedade civil numa grande mobilização. Em março de 2010, a ONU editou uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza.

Muitos atendidos dos Bombeiros
No ano passado O DIÁRIO publicou reportagem mostrando que o trânsito é o principal motivo de ligações para pedido de socorro no telefone 193. Em 2017, Teresópolis registrou 680 ocorrências nas zonas urbana e rural. Colisões, capotamentos, tombamentos, atropelamentos… Foram diversas situações envolvendo pedestres e veículos de todo o tipo que poderiam ser reduzidas se não fosse comum pensar apenas na última etapa, o atendimento dos Bombeiros. Na ocasião, o Tenente Fábio Pimentel, um dos Oficiais do 16º GBM, enfatizou que o trânsito tem três pilares que precisam ser melhor trabalhados e até revistos para se diminuir o número de vítimas parciais e fatais nos problemas do dia a dia em Teresópolis.
“O trânsito é um fenômeno social composto por três pilares. Um é a questão da engenharia. É necessário que se reveja a estrutura da cidade o no que tange ao transito. Por exemplo, nossa Reta tem vários retornos que facilitam acidentes em cruzamentos, principalmente de moto. Segundo, na parte coercitiva, fiscalizatória. É necessário que aumentemos essa fiscalização. O terceiro pilar que é onde o Corpo de Bombeiros quer atuar mais. Estamos muito tristes e cansados de simplesmente atuar no socorro. Fizemos uma série de compilação de dados dos últimos anos, inclusive com georeferências dos principais locais e horários de acidentes. Então queremos atuar na educação, principalmente de crianças. A partir do momento que a criança souber que se não estiver na cadeirinha, no cinto de segurança, e seus pais também não estiverem, em velocidade x vai estar tantas vezes acima do seu peso e pode se machucar não somente se o seu pai ou sua mãe ao dirigir bater, mas tem que criar cultura preservacionista, imaginando que tem alguém inconsequente que vai dirigir após ingerir bebida alcoólica e se invadir sua mão e você não estiver com cinto de segurança, sua criança presa adequadamente, vai sofrer ainda mais consequências disso. Queremos trabalhar com educação e fornecendo dados para que a atitude coercitiva seja melhor executada também”, pontuou.

 

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Edição 28/03/2024
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