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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Rede de atenção à mulher articulada em Teresópolis

Judiciário, Ministério Público, Município, conselho e entidades representativas discutem ações de prevenção e combate aos casos de violência em nosso município

Paola Oliveira e Anderson Duarte

Nesta sexta-feira, 08, o programa Jornal Diário na TV recebeu a secretária Municipal dos Direitos da Mulher, Patrícia Falcão, junto com as entidades que defendem os direitos da mulher em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em especial a participação da Promotora de Justiça, Carla Cruz, representando o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro e representantes do Judiciário e do Conselho da Mulher, além do SESC. Em pauta, o assunto levantado foi o mesmo que será tratado no evento que acontecerá no próximo dia 12 de março, terça-feira, na unidade Teresópolis do SESC, a violência contra a mulher. O encontro propicia a sensibilização e articulação da rede de atenção à mulher do município, e busca fomentar o debate sobre a temática e a proposição de ações voltadas para o enfrentamento e prevenção da violência doméstica.
“O evento nasceu através de uma palestra no tribunal de justiça. O trabalho foi construído em conjunto, pensado e trabalhado a mais de um mês para dá uma assistência às mulheres”, conta Patrícia. A violência contra a mulher passou a ser algo cultural nos dias atuais e visto por muitas mulheres como uma atitude normal vindo do parceiro no seu dia a dia. Segundo as entidades de defesa da mulher, é muito comum mulheres defenderem o próprio agressor, justificando algumas vezes a atitude pelo uso de drogas e álcool. “Você romper o elo de ligamento, que é o x da questão” destaca a vice-presidente do conselho dos direitos da mulher, Isabel Maria, como um dos pontos mais difíceis a ser enfrentado pela a vítima.
Outro ponto abordado com destaque por elas foi o da importância da violência contra a mulher ser um tema tratado dentro das escolas. “Nós estamos começando uma parceria com a secretaria de Educação para começar esse trabalho dentro das escolas falando sobre relacionamentos abusivos”. O objetivo é informar a jovens estudantes os direitos da mulher e mudar o reflexo cultural em que muitas se espelham. “Grande parte da violência doméstica parte de dentro de casa, por pai, marido, padrasto. A violência contra a mulher e crianças é muito grave, porque acontece no âmbito da proteção. A gente vê muitas adolescentes que romantizam esses relacionamentos abusivos, porque vivenciam isso em casa” relata Flávia Costa, Assistente social do Tribunal de Justiça. “Quando a gente fala dessa questão do adolescente é porque isso é muito grave” completa a Promotora de Justiça, Carla Cruz. 
O trabalho da mídia na divulgação dos direitos da mulher tem ajudado a muitas a procurar ajuda, e tem sido questionado se os casos de abuso contra a mulher aumentaram ou se tem sido denunciado com maior frequência por parte das vítimas. “Eu acho que agora com a mídia, a informação está chegando com mais facilidade. A secretaria faz todo o atendimento. É um trabalho em conjunto para essa mulher ser bem atendida. Isso que nós estamos buscando, ser o colo de uma mãe para essa mulher agredida”, afirma Isabel Maria, vice-presidente do Conselho dos Direitos da Mulher. “Os meios de comunicação ajudam bastante. A mulher não está sozinha. A gente tem percebido que as mulheres estão se sentindo mais capazes e cidadãs, com seus direitos”, acrescenta Patrícia Falcão.
O Empoderamento Feminino, que é um termo que vem ganhando visibilidade nos últimos anos, foi destaque entre os assuntos falados. O empoderamento concede poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade entre gêneros, por exemplo.  “Empoderamento é o poder que a mulher tem sobre ela, sobre seus atos. O empoderamento permeia as condições para essa mulher sair dessa violência. Não são raras as vezes em que a mulher demora para denunciar, porque ela depende financeiramente do agressor. O empoderamento é isso, você dá o poder necessário para ela tomar rédeas da sua vida e seguir. A mulher tem que conseguir sair de um relacionamento viva” esclarece a secretária Municipal dos Direitos da mulher, Patrícia Falcão.  “Empoderamento é a própria igualdade de gênero. Para a mulher ter o poder de não entrar em um relacionamento abusivo” finalizou Flavia Costa, Assistente social do tribunal de justiça. 
O evento que será na próxima terça-feira, 12 de março, no Sesc de Teresópolis, terá início às 9h da manhã. As inscrições estão sendo feitas diretamente no local do evento, ou através de links pela internet. Já são mais de 130 inscritos, com vagas limitadas. O encontro não será voltado apenas para mulheres, mas também para os homens que queiram se conscientizar. 

 

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Edição 20/04/2024
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