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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Reabertura de bares e restaurantes será lenta e difícil

Estimativa do sindicato da categoria é que houve falência de 10% faliu e demissão de 20 mil pessoas no estado do Rio

O presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio), Fernando Blower, afirmou que a reabertura de bares e restaurantes será lenta por conta dos problemas financeiros a serem enfrentados por comerciantes desse setor nos próximos seis meses. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 10, durante uma live no Instagram do Fórum de Desenvolvimento Estratégico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), com a finalidade de discutir soluções de enfrentamento da crise gerada pela pandemia. De acordo com o SindRio, desde o início do isolamento social pelo menos mil bares e restaurantes já faliram na capital fluminense.
A estimativa representa cerca de 10% do setor e causou a demissão de 20 mil pessoas. “O próximo semestre será de muito desafio e a retomada, lenta. Nosso estoque, que envolve alimentos, é perecível e tivemos de fechar as portas de uma hora para outra. Ninguém achou que iria durar tanto tempo, mas já estamos entrando no terceiro mês. Perdemos muito dinheiro por conta dos alimentos que estragaram e agora precisamos de mais recursos para voltar a operar”, disse Blower. Sobre a situação dos microempreendedores, Blower lembrou que a dificuldade é ainda maior para eles, porque muitas empresas operam pelo sistema Simples e já sofriam com a crise financeira dos últimos três anos. “Setenta e cinco por cento das empresas estão registradas no Simples e são pequenas, ou seja, passam por um momento delicado. Foram R$ 9 milhões em PIB na cidade no ano de 2019 e o dinheiro deixou de circular. Nosso papel agora é tentar atenuar esses impactos. Algumas empresas nem vão reabrir e, acima de tudo isso, vidas foram perdidas,” disse o presidente SindRio.
Mas, segundo a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, as micro e pequenas empresas devem ter acesso ao crédito por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) ainda nesta semana. A secretaria informou que os bancos estão fazendo ajustes nos sistemas para começarem a ofertar o recurso.Com relação à liberação desse benefício, Blower observou que é preciso haver uma política consistente. “Não adianta desenhar um cenário que não existe. Espero que não haja análise de crédito, por exemplo, porque está todo mundo com problema financeiro”, enfatizou.Medidas de segurançaUma das medidas a ser adotada, de acordo com o presidente do SindRio, é o distanciamento mínimo de um metro e meio entre as mesas. “Mas cada mesa pode ter sim de seis a oito pessoas. Principalmente, se formos pensar que esses clientes já chegam juntos, ou seja, já estavam em contato antes”, salientou.
Durante a live, Blower questionou ainda as adaptações impostas pelo Poder Público para a reabertura e afirmou que muitos não terão caixa para voltar a operar com as novas exigências: “Do jeito que está sendo formatado será impossível para muitos reabrirem seus estabelecimentos porque não há dinheiro circulando”. A subdiretora-geral do Fórum da Alerj e mediadora do debate on-line, Geiza Rocha, acredita na retomada dos bares e restaurantes. “A reabertura será lenta, mas tudo vai ser reformulado. Já estamos vendo crescer o nível de informação sobre segurança em relação à saúde por parte dos consumidores’’, comentou.

 

 

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Edição 24/04/2024
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