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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Professores de escolas municipais reclamam de falta de apoio da prefeitura

Diferente de vários municípios vizinhos, Teresópolis não disponibilizou plataforma para aulas online

Marcus Wagner

Disponibilizar aulas à distância para os alunos da rede municipal de Educação trouxe vários desafios para os professores que precisaram se adaptar bruscamente à nova realidade por conta da quarentena. Em muitos municípios, as prefeituras rapidamente disponibilizaram ferramentas como plataformas online para a realização de aulas à distância, porém aqui em Teresópolis os profissionais da Educação reclamam que não tiveram o mesmo apoio e não foi criada nenhuma plataforma. De acordo com os relatos, cada professor teve que criar sua própria estrutura, utilizando Whatsapp ou Facebook para ter contato com os alunos e ainda arcando com os custos da internet.
Com as aulas suspensas em decorrência preventivas ao coronavírus, secretarias de educação lançaram plataformas online para auxiliar os alunos, pais e responsáveis com atividades diferenciadas e complementares. Essas atividades estão todas envolvendo habilidades destacadas com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Municípios vizinhos de Teresópolis já disponibilizaram essas plataformas para o acesso dos envolvidos no processo educacional. Rio de Janeiro, Magé, Petrópolis e Nova Friburgo criaram e disponibilizaram plataformas para as aulas e atividades, mostrando que havendo boa vontade é possível fazer.
“Aqui em Teresópolis infelizmente não acontece o mesmo. Aqui os professores precisam elaborar essas atividades e estarem mandando através de páginas ou grupos no Facebook e grupos no Whatsapp. Usando sua internet particular e sem nenhum pagamento extra para compensar essa despesa extra, com o uso da internet.  Em alguns casos sendo necessário ficarem online para tirar dúvidas dos responsáveis e alunos em relação às atividades. Já vi professores também telefonando para os alunos para saberem das atividades enviadas ou mandando mensagens para os pais perguntando das atividades”, relata uma professora.
“No meu caso eu coloco as atividades no grupo do Facebook mas preciso ficar controlando os acessos do grupo. Não tenho contato com todos os meus alunos e são poucos alunos que colocam o retorno das atividades. A orientação passada para mim através da equipe diretiva é que os pais devem dar o retorno dessas atividades e nós professores montamos um controle de quantas participações estamos tendo”, critica a profissional.
Outro alerta feito pelos professores é que deveria ser dada maior atenção a esse formato de aula online, pois a rede municipal não tem estrutura para realizar o retorno às atividades presenciais: “Na minha opinião as escolas não possuem preparo para retornar as atividades escolares, pois não possuem espaço adequado para manter o distanciamento mínimo entre os alunos, material para higienização incluindo álcool em gel e sem contar possíveis efeitos psicológicos decorrentes do distanciamento social que em alguns alunos irá afetar sua aprendizagem”, enfatizou a professora.

Resposta da Secretaria de Educação 
Nossa reportagem questionou a prefeitura sobre estas reclamações e a assessoria de comunicação enviou a seguinte nota: “A Secretaria Municipal de Educação informa que fez consultas aos professores para identificar quais as melhores opções neste momento de excepcionalidade. O meio escolhido não foi a plataforma, mas sim as redes sociais. Para facilitar os procedimentos, a escola ofereceu chip para quem quisesse ou tivesse alguma dificuldade. Em relação à impressão de material, a secretaria disponibiliza o serviço para quem não tem acesso e para os alunos do ciclo de alfabetização. A Secretaria Municipal de Educação reitera: houve consulta para orientar as decisões e houve oferta de melhores condições para execução das tarefas. O professor deve buscar as informações adequadas junto a sua unidade escolar”.

 

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Edição 24/04/2024
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