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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Principal área de lazer da cidade sofre com abandono e depredação

Totalmente reformada há menos de quatro anos, Praça Olímpica é mais um exemplo de descaso com o Centro

Um dos temas muito debatidos nas redes sociais nos últimos dias foi a possível criação de um “novo bairro” na valorizada área da antiga fábrica Sudamtex, na Várzea, parcialmente doada ao município após acordo na Justiça para pagamento de milionárias multas ambientais. Em sua grande maioria, o teresopolitano não aprova a ideia apresentada pelo governo Claussen e resgata o projeto apresentado quase 10 anos atrás, por Jorge Mario, transformando o espaço em um parque urbano. Nos muitos comentários sobre o tema, foi levantada a necessidade de ambientes do tipo para a prática de esportes e melhoria da qualidade de vida do teresopolitano. Entre centenas de depoimentos, um deles chamou a atenção sobre a necessidade de “olhar para o que temos e não só pensar no que podemos ter”, atentando que, enquanto se discute a possibilidade de construir um “Central Park de Teresópolis”, a principal área de lazer da região central do município vai de mal a pior. Estamos falando da Praça Olímpica Luís de Camões, na Várzea, espaço que fica lotado nos finais de semana e feriados, com muitas crianças e adolescentes buscando um ambiente para se divertir ou praticar esportes como vôlei, futsal, patins e bicicleta, entre outros, e que, mesmo assim, não recebe a devida atenção do poder público há quase quatro anos.


Os tijolinhos utilizados no entorno da área cimentada começaram a soltar e “desaparecer”, assim como a grade da caneleta para coletar a água da chuva. Hoje, existe um enorme desnível que coloca crianças em risco. Em um dos pontos tantos tijolinhos foram retirados que areia foi espalhada

Após um longo período fechada, passando por uma milionária e questionável reforma no governo Arlei Rosa, a Praça Olímpica foi reinaugurada em 23 de dezembro de 2015. O projeto final ficou bem diferente das maquetes e artes apresentadas nos meses anteriores e, pouco tempo depois, os problemas começaram a aparecer. Mesmo desembolsando mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos, a prefeitura não cobrou que a empresa retornasse para recuperar os problemas brevemente apresentados e, hoje, a situação é bastante precária em vários aspectos. A degradação do piso em vários pontos é uma das situações que deveria ter sido reclamada aqueles que receberam, e bem, para modificar o espaço público. No trecho próximo ao acesso da Calçada da Fama, por exemplo, os tijolinhos utilizados no entorno da área cimentada começaram a soltar e “desaparecer”, assim como a grade da caneleta para coletar a água da chuva. Hoje, existe um enorme desnível, que coloca crianças em risco, principalmente. Em um dos pontos tantos tijolinhos foram retirados que areia foi espalhada.

Sem grama, sem bancos
O gramado, onde chegou a nascer um ramo de abobora no longo período de abandono da obra, hoje é quase inexistente. Onde ainda “sobrevive”, há mais mato do que grama. Em vários pontos, a passagem de pedestres por locais onde não deveria haver trânsito fez sobrar somente a terra, como nas laterais do que parece ser um palco para a realização do evento. Outra reclamação em relação às mudanças realizadas entre 2014 e 2015 é reduzido número de bancos: São apenas dois!


O futsal tem que ser quase no “estilo raiz” e, no caso do basquete, só se o atleta levar um tablado de casa…

Cadê os brinquedos?
Quando houve a mudança na configuração da praça, o antigo parquinho de diversões deu lugar a uma área cercada bem menor, assim como foi reduzido o número de brinquedos. A qualidade também sempre foi questionada e, hoje, resta pouco do que foi instalado inicialmente. Os balanços geralmente estão quebrados e das gangorras sobrou apenas a base. Sem muitas opções, os pequenos costumam utilizar uma árvore como opção de lazer.
 
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“Atalho” criado por pedestres para acessar Calçada da Fama com mais facilidade destruiu todo o gramado

Quadras ruins
Na quadra de vôlei, a situação só não é “muito ruim” por conta de intervenções realizadas pelos próprios frequentadores do espaço. Na outra, para futsal e basquete, trave e tablado estão totalmente deteriorados e há vários cortes na tela de proteção. À noite, único horário que muitos têm para buscar alguma opção de lazer, a iluminação precária é outro problema. Falando em “luz”, quatro fios estão à mostra em um dos cantos da praça, podendo representar risco. 

Lixo e vandalismo
Falta carinho em relação à limpeza frequentemente, além de vândalos contribuírem para que o espaço tenha aspecto ainda mais decepcionante – tanto para o visitante quanto para o turista. O número de pichações diminuiu após a instalação de posto da Polícia Militar e Guarda Municipal, mas as antigas ainda incomodam e, junto a elas, marcas feitas com canetas ou corretores escolares dão ao ambiente um aspecto de sujo. “O que custa o prefeito mandar pintar? Será que a tinta é tão cara assim? Se fosse algo envolvendo plantação de lúpulo, ele estaria bastante atento”, enfatizou a internauta Monique Andrade. 

Falta vontade de fazer
A Praça Olímpica Luís de Camões foi inaugurada no dia 06 de julho de 1957, portando um presente pelo aniversário de Teresópolis 62 anos atrás. Nessas seis décadas, foi palco de dezenas de eventos importantes, cenário de brincadeiras e romances inesquecíveis, mas hoje parece ser apenas mais um mobiliário urbano que não faz parte dos planos daqueles que deveriam zelar pela qualidade de vida do teresopolitano. Os problemas, apesar de somados parecerem muitos, nem são tão difíceis de resolver. Basta querer fazer e, de repente, ter vontade de buscar até parcerias com empresários e frequentadores para deixar a principal área de lazer da região central do município pelo menos apresentável. Não adianta pensar em um criar um bairro novo, “moderno”, se nem o básico está sendo feito.
Buscamos um posicionamento do governo Vinicius Claussen sobre as questões apresentadas, tentando saber se há pelo menos previsão de algum tipo de intervenção no local. Porém, não obtivemos nenhum tipo de resposta da Assessoria de Comunicação da Prefeitura até o fechamento desta edição.

 

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Edição 23/04/2024
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