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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Previsão de 60 dias para a volta às aulas na rede municipal em Teresópolis

Secretária de Educação confirma vacinação de professores a partir da próxima quarta-feira, 28

Wanderley Peres

A secretária de Educação Satiele de Siqueira Santos foi sabatinada na sessão da câmara Municipal nesta quinta-feira, 22, esclarecendo aos vereadores sobre sua atuação três meses à frente da pasta e sobre, entre outros assuntos, a vacinação dos professores, a volta às aulas, o estado precário de escolas da rede, algumas em intermináveis obras, e a aquisição de um imóvel pela prefeitura, por quase R$ 1 milhão, no bairro de Araras, para onde será transferida em breve a creche da Beira Linha, que funcionava em prédio alugado.

A boa notícia que Satiele deu aos vereadores é que a vacinação dos profissionais da Educação começa no dia 28 de abril, próxima quarta-feira, inclusive os contratados do POT e demais servidores com idades entre 55 e 62 anos, o que deve permitir a volta às aulas presenciais em cerca de dois meses porque a vacina a ser recebida deve ser a de 28 dias entre as doses, prazo que pode ir para quatro meses se a vacina for a de Oxford, que exige prazo de 90 dias entre uma dose e outra. "Num primeiro momento, o plano de retorno às aulas presenciais é para 30% da capacidade das escolas", informou, lembrando que será uma adaptação e que a secretaria está adquirindo eletrônicos para auxiliar os alunos e os professores.

Em sua fala, o vereador Rangel lembrou à secretária que o prefeito pregou a volta as aulas nas redes pública e particular ao mesmo tempo, justificando a não liberação, em decreto, da volta às aulas na rede particular, para não haver tratamento desigual entre os mesmos profissionais da Educação, mas quando decide vacinar os professores, vacina somente os da rede municipal, provocando a disparidade que condenou no discurso, ouvindo da secretária, de forma elegante e sem pedante defesa do prefeito em agressão aos vereadores, como era costume do ex-secretário, que os demais profissionais da educação serão vacinados numa etapa seguinte e próxima, sem prejuízo, concordando com o vereador Paulinho Nogueira, mais à frente, na fala deste, que muitos professores de escolas particulares trabalham também na rede municipal e serão contemplados de imediato.

A compra de uma casa em Araras, para a instalação da creche "da Beira Linha" foi outro ponto de embate. A prefeitura pagou R$ 856 mil pelo imóvel, o que parece caro e suspeito, segundo o vereador Maurício Lopes, enquanto se pagava R$ 3.500 de aluguel pela antiga sede da creche, que teve o contrato renovado em fevereiro quando estava sendo adquirido o imóvel no outro bairro, o que seria um desperdício de dinheiro público pagar aluguel se já tem um imóvel próprio para a creche, segundo o vereador Dr. Amorim, e um equívoco, a partir da resposta dada pela secretária de que a renovação já teria sido cancelada, segundo o vereador Leonardo Vasconcelos, porque "não se fecha uma porta sem antes abrir a outra", observou, e a nova casa ainda vai entrar em reformas. A secretária disse que as aulas, no remoto, não ficam prejudicadas com o interregno da falta de sede e que até agosto devem estar prontas as obras, posicionamento que o vereador e ex-secretário de Educação não concordou, porque bem sabe da lentidão dessas obras, cobrando a criação de estrutura própria na Educação para essas reformas, que sairiam mais em conta e mais de forma mais rápida.

Com relação às filas na sede da secretaria, na rua Carmela Dutra, para o desbloqueio o cartão alimentação, outra queixa dos vereadores, a secretária informou que as filas se formam muito antes da distribuição das senhas e que não há como controlar porque atende a todos e que o bloqueio é forma de controle e uma necessidade, em alguns casos.

As intermináveis obras de reformas de escolas, já discutida antes, voltou ao debate, respondendo a secretária que as licitações são feitas pela secretaria de Administração e que obras em escolas são complexas porque não se faz obras com alunos dentro dos prédios, não observando os vereadores que nem alunos e professores estão indo às escolas, deterioradas justamente pela falta de uso há mais de um ano.

Essa queixa insistente dos vereadores foi por conta do estado precário a que chegou a escola Lino Oroña, por exemplo, imprestável para a Educação tamanho abandono, e que poderia ter sido recuperada ao longo dos últimos meses de escolas fechadas, o que vai obrigar a prefeitura a pagar aluguel por outro imóvel, mesmo com as aulas começando só daqui a alguns meses, porque as providências não foram tomadas a seu devido tempo. Aí, os vereadores não perguntaram bem e a secretária não respondeu o que não foi perguntado, objetivamente. Satiele Santos foi eficiente na entrevista, deixou claro que conhece a pasta e suas potencialidades e limitações, até porque já tocava, de fato, a secretaria quando o secretário de direito estava no cargo que hoje ocupa, ex-secretário que alguns vereadores, mesmo de corpo ausente o atacado, fizeram questão de apontar para a sua incompetência e desinteresse pelo trabalho.

Outros vereadores também se posicionaram, mais para elogiar o trabalho da Educação ou para expor suas opiniões sobre a falta de estrutura de creches, especialmente no interior.

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Edição 25/04/2024
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