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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura explica poda em árvores no Canteiro Central

"Excesso de erva de passarinho e descaso de governos anteriores", informa PMT em nota

Depois da polêmica envolvendo a retirada de duas grandes árvores na Praça Nilo Peçanha, ao lado do Colégio Ginda Bloch, no bairro do Alto, em julho passado, novo serviço realizado pela secretaria municipal de Serviços Públicos, no último fim de semana, gerou polêmica em Teresópolis. As copas de duas árvores na Avenida Lúcio Meira, próximo ao cruzamento com o Parque Regadas, na Várzea, foram arrancadas. A ação, segundo nota encaminhada pela Assessoria de Comunicação para a redação do jornal O Diário de Teresópolis e Diário TV nesta segunda-feira, era necessária por conta do excesso de erva de passarinho, o que seria reflexo de descaso de outras gestões com o tema. “A poda de limpeza que está sendo executada nas árvores da Avenida Lúcio Meira é para retirada de erva de passarinho, uma hemiparasita que insere suas raízes no sistema vascular da planta hospedeira. A força daninha é tão grande que ela pode comprometer a vida da planta, semelhante ao câncer em nosso organismo. A planta afetada vai gradativamente definhando, sufocada pelo sombreamento e pelo roubo de água e nutrientes. A eliminação completa da praga só é feita por meio da supressão do caule afetado. Houve uma negligência do passado para deixar chegar a esse ponto, por isso a poda drástica se faz necessária em alguns casos, ou a árvore morrerá totalmente”, se defendeu o governo Claussen.

Moradores de prédios vizinhos registraram o trabalho de "poda" das duas árvores na Avenida Lúcio Meira

Ainda segundo o documento “Todo trabalho é licenciado pela Secretaria de Meio Ambiente e executado pela Secretaria de Serviços Públicos, com acompanhamento de engenheiro agrônomo. Caso a população tenha dúvidas, as secretarias responsáveis estão à disposição”. Apesar de tais informações sobre olhares técnicos para o serviço, a decisão de cortar totalmente a copa das duas árvores, e não cortar e raspar as ervas daninhas, gerou bastante repercussão nas redes sociais. “Fizeram na época errada e exageraram. Tem que ser no período de seca, quando fica mais fácil identificar a planta hospedeira e a planta invasora. Dá mais trabalho arrancar somente a que está atrapalhando, mas é assim que deveria ser feito. Se forem fazer isso em todas, teremos um canteiro central somente com troncos vazios daqui a pouco”, pontuou a internauta Ingrid Arruda, moradora das proximidades do serviço realizado no fim de semana.

O problema e soluções
Desconhecida por alguns e odiada por muitos, a erva-de-passarinho é uma parasita capaz de complicar a vida e a energia de árvores saudáveis. A planta do gênero Phoradendron é transmitida por meio das fezes dos passarinhos, que consomem as sementes dos seus galhos e, por meio de sua digestão, acabam incentivando a germinação. De difícil eliminação, a erva-de-passarinho é fonte de raízes chamadas de haustórios, capazes de penetrar no interior do caule e sugar a seiva da árvore. A melhor saída para combater os efeitos negativos desta espécie é a poda, porém esta ação deve ser feita durante o inverno, anteriormente ao desenvolvimento das sementes do parasita, e quando a distinção de cada planta envolvida é mais fácil. 
Não é possível informar exatamente quanto tempo uma árvore contaminada pela erva demora a morrer. O tempo de vida da árvore, após a contaminação, depende de sua espécie, da qualidade do solo e de seu nível de estresse, que esta ligada ao local onde esteja fixada e ao nível de poluição do ar no lugar onde viver – que no caso das existentes no Canteiro Central é alto e piora a cada dia com a crescente frota municipal. Quanto à época de produção de sementes da erva-de-passarinho, ela varia conforme a espécie da parasita. 

 

 

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Edição 29/03/2024
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