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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura de Teresópolis diz que incêndio no lixão foi criminoso

Alegação é que antigo aterro foi invadido nas primeiras horas da manhã

Problema que se arrasta há anos, o lixão do Fischer, que diante da situação atual não pode mais ser chamado de aterro, como foi projetado em 2008, foi motivo de mais um grande motivo de reclamação para as comunidades do entorno. Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 03, um incêndio no segmento próximo da rodovia BR-116 espalhou fumaça densa por toda a estrada, colocando motoristas em risco por um longo trecho e incomodando e preocupando principalmente moradores vizinhos. O resultado da queimada pôde ser visto e sentido a quilômetros de distância, em bairros que sequer é possível enxergar o depósito de lixo. Em nota, a prefeitura alega ter sido vítima de “ataque criminoso”. No documento, encaminhado para a redação do jornal O Diário e Diário TV, foi informado que a Secretaria de Serviços Públicos, responsável pela operação do Aterro Sanitário, foi comunicada do incêndio na área onde são colocados materiais como podas de árvores, galhos, folhagens, entre outros, por volta das 5h30.

Fumaça densa tomou conta da rodovia BR-116, colocando motoristas em risco, e se espalhou por diversos bairros

“O secretário Davi Serafim foi ao aterro e verificou que o cadeado do portão de acesso ao local estava arrebentado e a cerca cortada. O secretário dirigiu-se à 110ª Delegacia de Polícia para fazer o registro de ocorrência. A Perícia Criminal vai investigar o ocorrido. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura estão no local combatendo o incêndio, com o apoio da CEDAE, que disponibilizou caminhão pipa para o a operação”, alegou a prefeitura, informando ainda que a fumaça não é tóxica, uma vez que o material que foi atingido é de origem natural e não química. Ninguém ficou ferido.

Problema antigo
A grave situação do lixão do Fischer, transformado em aterro sanitário em 2009 e abandonado pelos governos seguintes, voltando assim ao preocupante status anterior, parece não ter fim. O espaço chegou a ser interditado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e Promotoria de Justiça do Meio Ambiente no ano de 2018, no governo Mario Tricano. Atualmente, enquanto funciona por conta de liminar, ainda está sendo discutida uma solução. Porém, o volume de descarte diário de resíduos continua sendo grande e consequentemente não há mais espaço físico para tal função. Em agosto daquele ano, representantes de várias entidades, sociedade e governo sugeriram várias alternativas de ação para aumentar a vida útil do espaço. Na ocasião foi informado que as propostas discutidas deveriam ser apresentadas ao Ministério Público para efetivação de um plano definitivo. Entre as ações foram apontadas possibilidades de construção de duas células sobrepostas para deposição final dos resíduos. Além disso, assuntos como a queima e controle do biogás, controle do chorume, monitoramento geotécnico e drenagem das águas pluviais também foram debatidas. Sobre as alternativas para reduzir o volume de lixo depositado no local, foram sugeridos acordo com os grandes geradores de resíduos, com o setor da construção civil e com os produtores de hortaliças, além de aprimoramento do programa de coleta seletiva no município. “Para o custeio das operações de manutenção do aterro controlado, que requer equipamentos e veículos, entre outros maquinários e tecnologias, foram propostas a cobrança pela deposição dos detritos e a busca de outros recursos como, por exemplo, do ICMS Ecológico e de compensações ambientais”, informou a prefeitura na ocasião. Porém, nada mudou desde então.
No dia 6 de março de 2018, fiscais do Instituto Estadual do Ambiente, acompanhados de representantes do Ministério Público, passaram a manhã no quilômetro 75 da Estrada Rio-Bahia, no bairro do Fischer. O motivo da fiscalização foi analisar a situação do outrora aterro sanitário do município, inaugurado 11 anos atrás e um depósito de lixo a céu aberto. Após várias horas de trabalho de campo, e constatação que o local não poderia estar sendo mais utilizado, pois além da sobrecarga faltam todos os requisitos exigidos para o funcionamento de empreendimento do tipo, o local foi interditado. Uma semana depois, a prefeitura conseguiu uma liminar para liberar o funcionamento do local até conseguir viabilizar uma solução alternativa. 

 

 

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Edição 25/04/2024
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