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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeito diz que vai construir nova UPA em Teresópolis

Vinicius Claussen fala em prédio de dois andares, em alvenaria, para ampliar atendimento

Durante a sessão ordinária da Câmara desta quinta-feira (01), o prefeito Vinicius Claussen abriu um parágrafo na discussão sobre a audiência pública para a concessão do serviço de água e esgoto no município para anunciar outra grande mudança no município: a construção de um novo prédio para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em local ainda a ser definido e com estrutura bem diferente da atual, com alvenaria substituindo os containers atuais e um segundo andar para a prestação de mais serviços. “Consegui com o governador Wilson Witzel na semana passada e vamos ganhar uma nova UPA. Já estou providenciando um terreno para fazer em alvenaria, de dois andares. No primeiro será a unidade de pronto atendimento e no segundo diagnóstico precoce de câncer com mamografia, endoscopia, todos os exames de imagem… Hoje nossas filas para fazer exame de colonoscopia passam de um ano e meio porque não temos estrutura e pessoas para fazer. Essa nova UPA com certeza vai trazer melhor atendimento para a população junto com um centro de referência de imagem para que possa tratar as pessoas precocemente”, relatou Vinicius.

O prefeito informou ainda sobre o prazo para tal empreendimento e o que vai ser feito no prédio antigo. “Essa obra deve começar já nesse semestre. Quando essa nova estiver pronta vamos transformar a atual em clínica da família para poder fechar o Ettel Abdala para reformar, pois essa é uma unidade que precisa parar, se repensar, planejar e começar vida nova”, completou. Após a declaração, o vereador Hygor Faraco atentou para a necessidade de maior investimento do governo estadual na UPA. “Esse recurso de pagamento de folha deveria vir a nível estadual, deveria passar a administração para o governo estadual, tirar esse peso da nossa folha”, disse. “É uma grande batalha que precisa travada. Nesse primeiro momento não dá, mas pode ser construído”, respondeu Vinicius.

População se posiciona
A divulgação da construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento teve grande repercussão nas redes sociais de Teresópolis. Somente na página do jornal O Diário e Diário TV centenas de pessoas comentaram a situação. “Não era melhor fazer a que tem funcionar primeiro?”, frisou Joanna Silveira.“Ia falar justamente isso”, completou Alice Rosa. “Vamos lá prefeito, pega o dinheiro que você quer construir outra UPA e coloca nessa. Mais médicos, mais remédios, atendimento rápido. Aí sim você ganharia o respeito e os parabéns do povo de Teresópolis que sofre com a saúde pública”, comentou Leia Goncalves. “Seria sensacional. Uma UPA que funcione, com boa estrutura, equipe de excelência. Um sonho para todos nós”, destacou Sinha Maia.

Um caos chamado UPA
Uma das promessas do então candidato Vinicius Claussen foi “resolver os problemas da Upa”, inclusive com um mutirão de serviços que teria a participação do seu vice, o médico Ari Boulanger. Porém, um ano após a eleição da dupla a realidade é praticamente a mesma, tal mutirão nunca aconteceu e a Unidade de Pronto Atendimento Nathan Garcia Leitão continua uma verdadeira bomba relógio. São reclamações diárias em diversas frentes – situações que vão além da competência dos dedicados funcionários da porta de entrada do SUS em Teresópolis, mas que dependem de ações enérgicas e interessadas dos gestores municipais. No início de julho, por exemploa, estivemos na UPA para registrar a história de mais um teresopolitano que viu sua condição de saúde piorar por conta da incompetência daqueles que prometeram um futuro melhor para quem depende desse serviço público no município. O aposentado João Batista da Silva, de 74 anos, ficou um longo período internado desde o dia 21 de junho, sem ter perspectiva sobre solução para o problema constatado na UPA. “Meu pai desmaiou, teve convulsão, vômito, todo um processo de AVC, até onde eu achava. Trouxe para a UPA no dia 21, foi bem recebido no primeiro atendimento, sendo indicado para transferência para cirurgia. Até aí tudo tranquilo, mas passou o segundo, terceiro, quarto, quinto dia e nada… E todos os laudos com médico indicando para transferência para cirurgia. Ele chegou a ser levado para o HCT, fez cateterismo e voltou, informando que estava com a próstata elevada, obstruindo canal urina e outras veias, além de pedra na bexiga. Essa é uma cirurgia que acredito que seja simples, mas ele voltou para a UPA. Nisso que estava no quinto dia entrei com liminar para poder operar, conseguir transferir. Aí no mesmo dia 29, quando chega liminar, meu pai recebe alta, como se estivesse tudo bem. E não é isso. Meu pai está de sonda, de fralda, usando remédio na veia. Estabilizou, mas não resolveu problema. Meu pai não tem que ir para casa, tem fazer cirurgia. Ele não deixou de ficar doente. A saúde sofre com esse problema de conseguir transferência, estão dando alta para paciente doente, para quem precisa cirurgia, para um exame mais complexo, manda para casa, fica dois dias, morre e enterra. Esse é o canibalismo, é a violência que está acontecendo aqui dentro”, relatou na ocasião o empresário Luciano Cardinot, filho de João Batista.

 

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Edição 16/04/2024
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