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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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População: Teresópolis é a cidade que mais cresce na Região Serrana

Nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou novos dados sobre o número de habitantes do país, indicando que o Brasil registrou um crescimento populacional de 0,77% entre 2016 e 2017. Em Teresópolis, o número se manteve na média dentro desse período.

Marcello Medeiros

Nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou novos dados sobre o número de habitantes do país, indicando que o Brasil registrou um crescimento populacional de 0,77% entre 2016 e 2017. Em Teresópolis, o número se manteve na média dentro desse período. Porém, levando em conta o último censo demográfico realizado pelo IBGE, em 2010, a situação pode ser considerada preocupante, principalmente quando realizamos a mesma pesquisa nos municípios vizinhos Petrópolis e Nova Friburgo. Enquanto que as outras grandes cidades da Região Serrana registraram aumento de cerca de três mil habitantes nesses sete anos, em Teresópolis a estimativa do IBGE é que a população cresceu em 12.314 pessoas, uma média de 1.700 novos moradores por ano.
De acordo com os números obtidos no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010 a população local era de 163.746 pessoas. Para 2017, a estimativa é de 176.060 pessoas. No primeiro levantamento, a pesquisa mostrava que 17.539 residiam na zona rural de Teresópolis, não tendo sido feita estimativa da quantidade de residentes no Segundo e Terceiro Distritos este ano. Em relação ao salário mensal dos trabalhadores formais, a última pesquisa foi realizada em 2015, indicando média de 2,3 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 25%.

Saúde e religião
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.98 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 38 de 92 e 37 de 92, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2271 de 5570 e 3907 de 5570, respectivamente. O site do IBGE também informa a divisão da população em relação à religião. De acordo com o recenseamento realizado sete anos atrás, os católicos eram maioria com 68.732 adeptos, seguidos pelos evangélicos (55.675) e espíritas (4.662). As únicas três religiões indicadas somadas chegaram a 129.069 pessoas, restando então 34.627 teresopolitanos adeptos de outras crenças, sem nenhuma ou sem idade para opinar sobre o assunto.

Os problemas da superpopulação
O grande crescimento populacional, de forma desordenada, tem gerado cada vez mais problemas em Teresópolis. De acordo com o Detran, já são quase 100 mil veículos emplacados aqui, sem contar que estão em circulação outros milhares registrados em municípios diferentes. Apesar disso, as ruas e avenidas são as mesmas de décadas atrás. Por isso, conseguir um lugar para estacionar ou mesmo trafegar em alguns horários já é uma difícil missão.
Além do trânsito, as unidades hospitalares também são as mesmas de quando a população era muito menor do que a estimativa atual do IBGE. E, no sentido contrário, a precariedade da saúde é cada vez maior. Por isso, quem precisa de atendimento na porta de entrada do SUS em Teresópolis, a UPA, pode se preparar para esperar várias horas até ser analisado por um médico.
Caso a pessoa não consiga esperar tanto tempo pelo atendimento no pronto socorro ou por uma vaga para internação e acabar falecendo, mais um problema. O principal cemitério do município, o Caingá, também conhecido como Carlinda Berlim, não tem mais sepulturas disponíveis e o número de gavetas tem sido insuficiente. A construção de novos sepulcros desse tipo não tem acompanhado o número de mortes e, por diversas vezes, foi necessário adiantar o processo de liberação de jazigos e encaminhamento dos restos mortais para gavetas menores e construídas acima das maiores em várias quadras. Já houve casos de adiamento do horário do sepultamento para que acontecesse a liberação de uma gaveta.
Outro grave problema é o habitacional. Como muitos desses novos moradores são oriundos de outros municípios, buscando fugir da violência das grandes metrópoles, por exemplo, bairros populares têm tomado cada vez maior proporção e consequentemente registrado mais construções irregulares – mais um reflexo da ausência do poder público.
Faltam vagas em creches e escolas e, logicamente, emprego. Sem colocação no mercado formal, muitos têm buscado renda na informalidade e, no pior dos casos, na criminalidade. Só para se ter uma ideia do tamanho desse problema, em pouco mais de um ano a Polícia Militar registrou 262 prisões no bairro mais populoso do município, São Pedro,  isso contando apenas os casos relacionados ao tráfico de entorpecentes.

Brasil com mais de 207 milhões de habitantes
O Brasil já tem 207.660.929 habitantes, de acordo com o IBGE. No ano passado, o levantamento indicava uma população de 206,08 milhões de brasileiros. Uma taxa de crescimento populacional de 0,77% entre 2016 e 2017. Resultado um pouco menor do que o período 2015/2016, que registrou uma taxa de 0,80%. São Paulo permanece na liderança como o estado mais populoso com 45,94 milhões de habitantes. No ano passado, a população paulista era formada por 44,75 milhões de habitantes. Mais cinco estados têm população acima de 10 milhões de habitantes: Minas Gerais (21.119.536),  Rio de Janeiro (16.718.956), Bahia (15.344.447), Rio Grande do Sul (11.322.895) e Paraná (11.320.892). O Distrito Federal que, no ano passado, tinha 2,98 milhões de habitantes, agora tem mais de 3,039 milhões de pessoas. Acre (829,6 mil), Amapá (797,7mil) e Roraima (522,6 mil) são os estados que registram população inferior a 1 milhão de habitantes.

 

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Edição 28/03/2024
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