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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Política e falta de informação na vacinação contra a Covid

Prefeitura não divulga a campanha e muda datas da segunda dose, confundindo a população

Como em todo o país, a vacina contra a Covid em Teresópolis está sendo feita a conta-gotas. Mas, além de pingar dia sim dia não, a falta de informação está incomodando mais que a própria falta do precioso líquido que significa a chance de sobrevivência para muita gente, especialmente as sofridas, que sabem da grande dificuldade que enfrentarão se forem contaminadas. Será uma agonia as idas ao Pedrão e à Upa, passarão por humilhações ao se verem a mercê do transbordo para outras cidades, situação que tem, segundo médicos, aumentado o número de mortes pela doença em nosso município.

Nesta segunda-feira, 26, foi dia de vacinação no posto da Tijuca, e nos postos do interior, recebendo a segunda dose quem foi vacinado nos dias 30 e 31 de março. Foi dia de pouca fila, não pela eficiência, provavelmente, mas porque as pessoas não sabiam que seria aquele o dia da vacina. Segundo a prefeitura, quem se vacinou nos dias 27 e 29 devia ter tomado a vacina na sexta-feira, 23, e aqueles que foram imunizados nos dias 25 e 26 a data era o dia 22, quinta-feira. Mas, essas datas são conflitantes com as informadas nos cartões de vacinações e, naturalmente, ignorando que o paciente procura o posto no seu dia já marcado, a prefeitura alterou as datas sem informar ao público.

Numa cidade que se informa através de sua imprensa diária, e pelas páginas de internet de maior visibilidade na cidade, Repórter Cacau e Paulo Vicente, por exemplo, as informações sobre a vacinação o prefeito publica primeiro na sua página de internet, onde seus amigos são seguidores, ignorando até mesmo o portal natural da Covid-19, que deveria ser o site da prefeitura, relegado a segundo plano.

Mesmo O DIÁRIO, que é veículo procurado pela população para se informar, e líder de audiência e visualização nas redes sociais, um anúncio no jornal somente não teria como chegar a todas as pessoas, sendo necessário um plano de mídia para essas divulgações que não chegando às pessoas causam grandes transtornos.

Sem a quem recorrer, as pessoas procuram justamente o jornal para se informar e desabafar dos seus problemas.

“Tomei a corona vac em 31 de março e marcaram para dia 27 de abril, mas as pessoas que foram comigo já tomaram hoje a segunda dose e acho que mudaram a data e não fiquei sabendo”, diz um. Outros, foram vacinados no dia 29 e marcaram para o dia 20 a segunda dose, remarcando para o dia 23 sem avisar a ninguém.  É o caso de dona Conceição, que tomou a primeira dose dia 29 e deveria tomar a vacina dia 20, mas quando apresentou o cartão mandaram que ela voltasse três dias depois. “Não é não. Está aí dia 20 e quero a vacina hoje”. E foi vacinada.

Além da necessidade de divulgação das ações da Covid-19 na imprensa regular, nos blogs muito assistidos, e num site oficial, a prefeitura deveria buscar mecanismos para ampliar a campanha de divulgação institucional do combate à pandemia. Carros de som, por exemplo, funcionam. Imaginem o “carro do ovo” divulgando esses comunicados? Entre uma propaganda e outra, a informação precisa, e eficiente. Uma linha de telefone Covid, na prefeitura, passando essas informações também seria muito eficiente. Evitaria, por exemplo, as ligações constantes para os órgãos de imprensa. Hoje, mais gente liga para a redação para saber sobre a vacinação do que para colocar anúncios classificados. O jornal atende, e informa, procura esclarecer as pessoas. Mas não ganha para isso, nem é sua obrigação.

Para a criação de um call center exclusivo da campanha Covid, até telefones celulares e computadores a prefeitura já tem, e adquiridos com recursos da  Covid, eletrônicos que poderiam enfim ter uma utilidade para o combate à pandemia.

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Edição 28/03/2024
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