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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Ocupação dos leitos de UTI chega a 93% em Teresópolis

Município tem 32 pacientes internados, sendo 15 em tratamento intensivo

Uma das maiores preocupações com a propagação em ritmo acelerado da Covid-19 é o sistema de saúde não suportar o número de atendimentos necessários, principalmente no caso dos pacientes em estado grave. Em Teresópolis, de acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Gabinete de Crise da prefeitura, a ocupação dos leitos de UTI disponíveis até o momento já chega a 93,75%, estando ocupados 15 dos 16 previstos para esse setor. Na clínica médica, são 17 pacientes nos 26 disponibilizados atualmente, chegando a 65% de ocupação. São 29 pacientes internados, sendo oito em estado grave.
No total, o município possui atualmente 42 leitos para tratamento do novo coronavírus, com expectativa que esse número suba para 65 assim que for inaugurada nova ala de atendimento no Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano (HCTCO) com mais 23 leitos. “A instalação já está pronta para ser disponibilizada para internações clínicas, assim que for finalizada a contratação de equipe médica. O prédio ainda tem outros leitos em fase de finalização, que poderão ser contratados também para o enfrentamento à pandemia”, divulgou a Prefeitura no final da tarde desta segunda-feira (04).
Ainda segundo informado pelo governo municipal, a direção da unidade hospitalar também está providenciando a contratação de mais pessoal para trabalhar o combate a Covid-19. Na semana passada, em “live” realizada no gabinete, o prefeito Vinicius Claussen falou da dificuldade para alocar profissionais da área de saúde nessa linha de frente, com o vice, Dr. Ari, chegando a convidar quem tiver formação para que se apresente para auxiliar nessa missão em Teresópolis. Nesta segunda-feira, tentamos um posicionamento da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO), responsável pela administração do HCTCO, sobre a inauguração do novo setor e a contratação de pessoal. Porém, não obtivemos resposta até o fechamento desta edição. 
No levantamento divulgado anteriormente, eram 37 pacientes internados em Teresópolis. Um dos que recebeu alta foi o professor de jiu-jitsu Rafael Macário de Lima, que ficou internado no Hospital São José do dia 18 de abril até o último domingo, chegando a passar um período em intubação. De acordo com o boletim divulgado pelo Gabinete de Crise da PMT, apenas 10 pacientes estão na lista de “recuperados”, pois mesmo após liberação médica é preciso aguardar a realização de novos exames.

Sobe para 264 o número de casos confirmados
Nesta segunda-feira (04) foi registrado o maior salto do número de casos confirmados em Teresópolis, passando de 199 para 264 pessoas infectadas com a Covid-19 no município. Exatamente um mês antes, eram apenas seis casos confirmados. O número de exames encaminhados para análise no Lacen, laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, também aumentou, passando para 246. Mais uma morte foi confirmada, passando para cinco óbitos pelo novo coronavírus em Teresópolis. O último divulgado pela PMT é de uma mulher de 45 anos, residente em Santa Rosa, no Segundo Distrito. Outras quatro estão sendo investigadas. Em Petrópolis, são 154 casos positivos, 60 internados e 11 mortes. Em Nova Friburgo, 65 positivos e 50 suspeitos, com cinco óbitos.

Vacina alternativa
Pesquisadores do Instituto Butantan, na capital paulista, estão utilizando técnicas inovadoras de biotecnologia para desenvolver uma vacina alternativa contra a covid-19. O instituto espera que a nova abordagem sirva como uma espécie de plano B, caso as vacinas feitas pelo modelo tradicional, já em teste em alguns países, não tenham resultado satisfatório. Segundo o Butantan, a vacina que o instituto está desenvolvendo utiliza um mecanismo usado por algumas bactérias para enganar o sistema imunológico humano: elas produzem pequenas bolhas, ou vesículas, feitas com material de suas membranas para atrapalhar as células de defesa. Dessa forma, o sistema imunológico passa a atacar também as bolhas, diminuindo a agressão contra as bactérias.  Os pesquisadores do instituto pensam em fazer o mesmo, fabricando essas bolhas em laboratório, mas, em vez de usar a membrana das bactérias, vão acoplar nas vesículas proteínas de superfície do novo coronavírus. Assim, em contato com o sistema de defesa, as bolhas criariam uma memória imunológica no organismo, estimulando a produção de anticorpos específicos contra o coronavírus.
De acordo com o Butantan, as vesículas são muito imunogênicas, ou seja, têm alta capacidade de estimular a resposta imune ao entrar em contato com o organismo. Segundo o instituto, estudos recentes mostram que elas têm grande capacidade de ativar células de defesa do organismo.
“No mundo todo, e aqui no Brasil também, estão sendo testadas diferentes técnicas. Muitas delas têm como base o que já estava sendo desenvolvido para outros vírus, como o que causou o surto de Sars [síndrome respiratória aguda grave] em 2001. Esperamos que funcionem, mas o fato é que ninguém sabe se vão realmente proteger. Neste momento de pandemia, não é demais tentar estratégias diferentes. A nossa abordagem vai demorar mais para sair, mas, se aquelas que estão sendo testadas não funcionarem, já temos os planos B, C ou D”, destacou a pesquisadora Luciana Cezar Cerqueira Leite, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan.  A pesquisa está sendo apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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Edição 24/04/2024
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