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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Novos Vereadores querem prioridade absoluta para a Saúde

Edis entendem que gestão Claussen vai precisar de ajuda, mas alertam para a necessidade de fiscalização da correta aplicação do dinheiro público

Anderson Duarte

A saúde é mesmo a principal demanda apresentada pela população aos vereadores de Teresópolis. A constatação foi novamente debatida em entrevista com quatro dos seis novos suplentes que assumiram seus cargos na vereança na semana passada. Alessandro Cahet, Hygor Faraco, João Miguel e Marco Aurélio Bucomaxilo estiveram nesta quarta-feira, 15, nos estúdios da Diário TV para falar dos muitos desafios que a Câmara também enfrenta nos próximos meses com a iminência do esgotamento de recursos na prefeitura e a instabilidade política vivida pela própria Casa Legislativa. Mesmo com o problema orçamentário no centro das discussões, para os edis, a prioridade de atuação da nova gestão precisa estar mesmo na área da Saúde. Para os representantes do povo, não há como pedir paciência a quem sente dor ou vê um ente querido nesta situação, e cada dia que passa, nosso município deixa de prestar um serviço como deveria constitucionalmente fazê-lo por essa dificuldade prioritária.
“A situação da saúde no país, de uma forma geral, é muito pior do que se imagina. Mas aqui em Teresópolis a crise é avassaladora, já que a cada ano que passa estamos perdendo a nossa capacidade de oferecer leitos hospitalares suficientes, o que desafoga o UPA e quebra todo o sistema público, projetado e pensado para trabalhar integralmente. Isso precisa ser mudado. Estamos aqui hoje nesta entrevista com três representantes da área e espero que nossas experiências possam ser aproveitadas pela gestão. Sabemos que nossa função básica é mesmo fiscalizar, mas entendo que o estrago foi tão grande que não podemos simplesmente deixar que seja feito apenas o que se é obrigado. Todos nós queremos contribuir para a melhoria do município”, explicou Alessandro Cahet.
“Temos que reabrir urgentemente o nosso pronto atendimento do HCT, essa é uma questão prática e operacional muito clara para nós. Mas para isso é preciso também rever a remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde aos hospitais privados e filantrópicos para atender pacientes da rede pública. Esse valor em média cobre apenas 60% dos custos médicos, o que leva a uma complexa defasagem dessa tabela SUS, assim mantida em sucessivos governos. Aí, na minha opinião está a principal responsável pela grave e prolongada crise por que passa a grande maioria dos hospitais que prestam serviço ao SUS. Em muitas cidades do interior como Teresópolis, que não possui rede própria, os hospitais referenciados são o único recurso que têm as populações carentes para seu atendimento médico e hospitalar, ou seja, são um elemento essencial da rede pública de saúde. O prefeito precisa estar atento a isso, mas nós estamos aqui para lembrar isso”, lembrou o fisioterapeuta Hygor Faraco.
Com relação ao atendimento precário na UPA, os edis preferem não correlacionar apenas a Unidade essa fragilidade, mas ao todo no atendimento médico nos bairros> Segundo o Ministério da Saúde, a Atenção Básica possibilita resolver até 80% dos problemas de saúde, reduzindo a busca pelas emergências dos hospitais e fornecendo um atendimento com maior qualidade. “Somente com essa priorização vamos conseguir desafogar a UPA. O atendimento nos bairro precisa ser a principal porta de entrada do usuário no SUS, não a UPA como acontece hoje. É o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por ações focadas no indivíduo e na necessidade do coletivo, que abrange desde a promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação até a manutenção da saúde, todos com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que melhore a saúde da população. O atendimento vai desde necessidades mais simples como curativos, consultas para ajudar com os sintomas da gripe, investigar uma dor de cabeça até o acompanhamento de gestantes, doentes crônicos e imunização. Além disso, ela ainda aos domicílios de pessoas acamadas com problemas de locomoção. Quando não é possível resolver a necessidade do paciente são acionados outros serviços de urgência. O Tiro Dor como é conhecido nosso posto do bairro de São Pedro, pode ser uma destas portas de entradas prioritárias”, explica Marco Aurélio Bucomaxilo.
O desafio é mesmo enorme, já que o Brasil é o único país do mundo com mais de cem milhões de habitantes com um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito e manter a infraestrutura deste atendimento é um grande desafio. “Nosso compromisso na Câmara, além de representar a população e legislar, também é de fortalecer o atendimento de saúde baseado na comunidade, o que significa assistir os cidadãos o mais próximo possível dos locais em que eles vivem. Eu ando muito pelo interior e reforçar o vínculo dos nossos profissionais com as pessoas, garantindo uma assistência de qualidade para a população é o que mais ouço”, enaltece João Miguel.

 

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Edição 16/04/2024
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