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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Menos flores, mas muita beleza em tons de amarelo

Ipês têm floração com menor intensidade do que anos anteriores, mas continuam fazendo sucesso

Marcello Medeiros

Parece notícia repetida, mas não é. Afinal, destacar as belezas naturais da nossa Teresópolis é um assunto que nunca sai de moda. Um desses muitos exemplos é a floração das árvores, diferentes a cada estação e também mudando de acordo com as condições climáticas de cada ano. Assim, uma espécie que em um ano ficou carregada de flores no outro pode ter meia dúzia delas. Mas, em alguns casos, mesmo nas temporadas de menor intensidade não é difícil ter o olhar atraído para elas. Um desses exemplos é o Ipê-Amarelo, que, na floração em curso, não está com grande volume na maioria dos espécimes plantados em ruas e avenidas do município. Os da Lúcio Meira, que em 2019 ilustram centenas de publicações em redes sociais, este ano passaram quase que despercebidos. Os do início da Rua Nilza Chiapetta Fadigas, antiga Cotinguiba, também não chegaram nem perto da floração do ano anterior. Porém, compor uma fotografia com as grandes flores amarelas e o Dedo de Deus ao fundo é um convite para se admirar e valorizar as riquezas naturais. 


Encontrado em todas as regiões do Brasil, o ipê sempre chamou a atenção de poetas, escritores e até de políticos. Tanto que, em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o pau-brasil a Árvore Nacional e o ipê-amarelo a Flor Nacional. A espécie Tabebuia alba, nativa do Brasil, é uma das espécies do gênero Tabebuia que possui “Ipê Amarelo” como nome popular. O nome alba provém de albus (branco em latim) e é devido ao tomento branco dos ramos e folhas novas. Também tem como sinonímia botânica Handroanthus albus. Os nomes populares são ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo e taipoca. Existem nas cores amarela, rosa, roxa e lilás.
As floradas costumam durar uma semana, em média, e variam conforme a pouca concentração de água na atmosfera. No caso do amarelo, ele pode se estender por até 10 dias e tem duas edições: uma após a do roxo, aproximadamente em julho, e outra em setembro, quando se anuncia a chegada da temporada de chuva. Ao fim desse período as árvores produzem frutos secos, do tipo cápsula, que quando maduras liberam sementes com alas a longas distâncias. A água também ajuda a estimular ou atrasar a floração, isso varia de acordo com a espécie. No caso dos ipês, florescem em época de seca, assim para ajudar a imitar uma situação de seca, quem tem esse tipo de árvore no quintal de casa não deve regar nos meses anteriores à floração.

Cuide das nossas belezas
Importante destacar ainda que, mesmo cercada por três unidades de conservação ambiental – Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Estadual dos Três Picos e Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, a cidade precisa desses pequenos espaços naturais para favorecer o desenvolvimento da fauna e da própria flora. Aves, por exemplo, vão de galho em galho, literalmente, buscando alimento e abrigo. Esse é um dos grandes motivos que indicam que é preciso ter um olhar mais apurado para tamanha beleza e importância ecológica. Colocar pregos, encaixotar raízes ou concretar o entorno das árvores, por exemplo, podem reduzir consideravelmente seu tempo de vida.

 

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Edição 25/04/2024
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