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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Mães reclamam de humilhação ao tentaram vaga em curso da Casa de Cultura

Crianças não conseguiram vagas em turma de balé infantil após teste de aptidão

Marcus Wagner

Com intuito de realizar o sonho das filhas, mães foram até a Casa de Cultura na última segunda-feira, 2, levando as meninas de 11 anos que acabaram se frustrando ao não conseguirem vaga no curso gratuito oferecido pela Secretaria de Cultura. As crianças não foram escolhidas pela professora que irá ministrar as aulas e as mães relatam que as crianças saíram chorando da sala, abaladas com a forma que receberam a informação. A situação chegou às redes sociais e outras mães também questionaram o tratamento que as meninas receberam. 
As mães reclamam que as crianças foram colocadas isoladas das outras e receberam a informação que não iam ter vaga: “Ela participou de uma seleção durante 20 minutos. Depois desse tempo, eu vi minha filha no canto separada com outras crianças, com ar de choro. Eu não entendi. Quando ela saiu, veio me falar que não conseguiu. Eu questionei a professora porque achava que toda criança tinha o direito à vaga para participar e aprender um esporte, ter um lazer e ela disse que minha filha não estava apta. Então como mãe eu perguntei se é assim que se trata um sonho de uma criança. Eu achei um absurdo o jeito que ela foi tratada. Não tenho nada contra professor nenhum, só queria pedir que não façam dessa forma com as crianças, que informem primeiro aos pais, porque minha filha se sentiu humilhada enquanto outras crianças estavam pulando felizes”, disse Cláudia Mello.
Ela contou que as crianças saíram chorando da sala e a professora e a professora apenas disse que elas deveriam voltar no ano seguinte para tentar novamente. 
“Foram poucas crianças que não passaram e achei muito errado o jeito que trataram as crianças e como falam com a gente, sempre com muita ignorância, brutalidade. Fui avisar que minha filha usa óculos, mas colocaram ela la atrás, mas a professora falou que não tinha letra pequena que precisasse de óculos para ver. A minha filha é apta sim para fazer balé, ela só não sabe fazer os movimentos porque nunca fez, mas esse curso é justamente para aprender”, enfatizou Cláudia Fabiana.
Outra mãe nos relatou que sua filha já havia feito balé por dois anos e mesmo assim não foi aceita por estar acima do peso, o que a teria deixado abalada.
“Eu estava esperando minha filha e ela voltou chorando e falando que não passou. Fiquei indignada porque o teste era de abrir a perna ao máximo e encostar a barriga no chão, depois esticar as pernas para botar as mãos no pé. Para uma criança que não está acostumada, não tem como fazer isso. A professora me falou que contava muito o porte físico, mas minha filha é meio gordinha. Saímos de lá com minha filha chorando. É muito humilhante porque a sala está cheia de crianças e a professora fala que ela pode sair porque não passou. Minha filha já passa por problemas que a deixam abalada e isso só piora a situação. Nem que surja vaga, não quero que minha filha volte lá. Deixo só minha indignação como mãe”, contou Tamires.

Nota da Secretaria de Cultura
Entramos em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura que enviou a seguinte nota da Secretaria de Cultura informando que: “o processo de seleção para os cursos gratuitos da Casa de Cultura não leva em conta renda familiar, endereço próximo ou escola de origem. As vagas são oferecidas a todos, sem distinção, até mesmo alunos com necessidades especiais. O critério de seleção leva em conta a aptidão dos alunos para o curso pretendido, seja ballet ou jazz. No caso da zumba, o critério de seleção é a resistência física”.
“Não são levados em conta peso, altura ou experiência (com exceção da turma avançada de ballet clássico). O critério é simplesmente a aptidão ou a resistência. Este ano, entre ballet, jazz e zumba, estão sendo oferecidas 130 vagas. O total de inscritos para estes cursos foi de 265 pessoas. Vale lembrar que os cursos gratuitos da Casa de Cultura Adolpho Bloch integram um projeto essencialmente cultural, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura com muita dedicação, profissionalismo e qualidade”, afirma o texto.
“Este ano, em particular, o processo seletivo da Casa de Cultura contou com a colaboração voluntária da professora e bailarina profissional, Julia Astori, formada em Licenciatura em Dança pela Universidade da Cidade, com especialização Nível Advanced pela Royal Academy of School e aprovação nos níveis Básico, Médio e Avançado do Curso de Qualificação de Professores de Dança do Sindicato de Dança do Rio de Janeiro. Com ampla experiência, Julia Astori foi professora em diversos estúdios de dança do Rio de Janeiro e de Teresópolis, incluindo a Casa de Cultura Adolpho Bloch”, conclui o nota.

 

 

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Edição 23/04/2024
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