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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Integração de linhas de ônibus gera confusão

Reclamações recaem sobre a falta de informação e tarifa multiplicada para quem não tiver cartão

Marcus Wagner

A implantação do sistema de integração das linhas de ônibus de Teresópolis está causando grande confusão na cabeça da população. As reclamações são muitas: mudanças nas linhas impostas sem ouvir os usuários que serão afetados, prejuízo para quem não tiver cartão de integração para se deslocar, confusão nas alterações de sentidos de ruas, quando vai começar efetivamente, entre outras. Há até a sugestão de interferência do Ministério Público no caso. 
A prefeitura chegou a colocar em algumas ruas faixas improvisadas que nada explicam, faltando texto, com remendos e mal instaladas e divulgou alterações nas linhas de forma confusa. Aparentemente a falta de utilidade das peças foi percebida e algumas delas foram retiradas.

População questiona
Na página do Jornal O Diário de Teresópolis no Facebook, dezenas de reclamações foram feitas contra a desinformação, falta de diálogo ao impor mudanças tão profundas nas linhas e despreparo para implantar as alterações de forma tão abrupta. 
A leitora Clarissa Peixoto citou as falhas do governo municipal “Falta: 1- Ampla divulgação das mudanças, com aulas públicas e cartazes em cada ponto; 2 – Reformas e ampliação em cada ponto de integração para comportar tal demanda; 3 – A condição de portabilidade do RioCard é excludente. Deveriam viabilizar pelo menos ampla campanha de adesão com mais terminais para inscrição. Inclusive, cogitar cartões pré pagos a venda em bancas de jornal, por exemplo. Enfim, mudanças desse tamanho devem preceder de uma campanha informativa 6 meses antes”.

Sem prazo de adequação
A pressa para a realização das mudanças não condiz com o impacto que elas irão causar na cidade, tanto da ótica do bom senso quanto do que se espera de uma gestão pública minimamente eficiente, mostrando falta de capacidade de se comunicar com a população para esclarecer as dúvidas e elaborar as políticas públicas.  O que se pode notar é que a indignação não é contra existir a integração, mas sim a forma como está sendo feita. 
“Acho louvável a integração e obviamente toda mudança requer adaptação. Mas do jeito que está não está legal. De pimenteiras até o início da Reta teremos que pegar três ônibus e hoje pegamos apenas… Está longe do ideal”, disse Regia Fechó.
“Isso não é integração, o MP tem que fazer seu papel pelo povo cancelando isso…”, afirmou Felipe Barros.
Já a leitora Celia Pinheiro definiu que “o problema não é a integração e sim a forma absurda que está sendo proposta”.
Janete Lanes destacou que há urgências no município que não estão sendo tratadas com a mesma pressa: “tinha outras coisas para se preocupar, tipo saúde, melhorias nos postos de saúde, UPA, escolas, praças…”. 
Para Ana Burger, “é surreal que retirem linhas indispensáveis para implementar a integração. Na Granja Guarani moram vários idosos e até deficientes físicos, acabar com as três linhas do bairro e forçar a baldeação é um contrassenso. Essa demanda que hoje tem ônibus direto para a Secretaria de Saúde na Tijuca vai ter que pegar três ônibus, isso é absurdo”. 
Ivone Esteves questionou no mesmo sentido: “Eu acho um absurdo, pois tenho ônibus direto para o Alto, onde trabalho, vou ter que pegar dois e sair muito mais cedo de casa, e os idosos como ficam? Gestantes, mães com crianças no colo, vão ficar até que horas esperando? Acho que podiam deixar os que estão indo direto para o Alto e só fazer a integração com os que não vão. E o dia que a cidade estiver com as ruas alagadas, como vai ser?”

Falta de informação
Sobre as alterações das linhas de ônibus, nem mesmo as práticas básicas da boa comunicação foram respeitadas, pois a prefeitura se contentou com a divulgação de um amontado de artes com textos miúdos sobre antigas e novas linhas em redes sociais, sem explicar os principais procedimentos envolvidos e nem se preocupando em atender à maioria da população que tem dificuldade para acessar o confuso material no ambiente virtual. 
“Tem gente perdida, sem saber os horários, complicado pra quem tem compromissos. Vão perder passageiros para apps de transporte”, afirmou Eliézer Abreu. “Não entendi nada até agora”, enfatizou Carolina Falak
“Está muito complicado, poucas explicações, estou perdida, trabalho no Alto e moro em Vargem Grande, não sei ainda até onde o ônibus vai e onde vou passar a pegar o Alto, não sei horários, pode até ser melhor, mas tá muito confuso ainda”, reclamou Cristiane Cerqueira.
“A minha opinião é que não vai funcionar, nem horários eles põem para sabermos, um caos total. Se fosse até a rodoviária e de lá fosse a troca, acho que funcionava”, disse Ester Silva.

Faixas "sem sentido"
Quanto à colocação de faixas em algumas ruas do centro e bairros do entorno, pode-se citar que houve uma verdadeira trapalhada, já que foram afixados materiais que sequer tinham as informações preenchidas, faltando data e com fitas encobrindo palavras, além de posicionadas de forma muito improvisada. Uma delas foi presa à fiação na Rua Nilza Chiapeta Fadigas e ficou toda torcida, causando até preocupação pelo risco no local. 
“Deveriam fazer todas as mudanças no trânsito primeiro, até a população acostumar, mas pelo visto vão fazer isso tudo junto, uma integração que está confusa. As linhas antigas vão manter os horários e quem não tem o tal Rio Card vai pagar R$ 8,80 em duas passagens? Do jeito q tá não rola”.

Prefeitura não esclarece
Com o intuito de ajudar a esclarecer as dúvidas da população, nossa reportagem solicitou uma entrevista à assessoria de comunicação da prefeitura com um representante da Secretaria de Segurança Pública, porém, como tem ocorrido com frequência também em relação a diversos outros temas, não fomos atendidos. Estamos há semanas solicitando entrevistas com representantes da Defesa Civil, Vigilância Sanitária e outros, porém quando há resposta, sempre é negativa. Nem mesmo a promessa de divulgar todas as mudanças que irão ocorrer foi cumprida.
Lamentamos o comportamento pouco profissional e desrespeitoso do órgão com o público, porém continuaremos empenhados em oferecer as informações mais completas e relevantes a todos os nossos leitores, telespectadores da Diário TV, abrangendo ainda 55 mil seguidores do Facebook, 21 mil seguidores do Instagram e 28 mil inscritos em nosso canal do Youtube.

 

 

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Edição 29/03/2024
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