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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Identificado o bando que invadiu Casas Bahia e Ponto Frio

Criminosos vem atacando lojas das mesmas redes em vários municípios do estado

Marcello Medeiros

Em duas semanas, quatro ataques criminosos – sendo três em apenas 24 horas – assustaram os teresopolitanos. Na edição desta quinta-feira (24) noticiamos o arrombamento da porta principal da loja Ponto Frio, no início da Avenida Delfim Moreira, na Várzea, de onde ladrões furtaram 23 aparelhos de telefone celular na madrugada anterior. Porém, antes mesmo de o jornal ir para a banca, no final da madrugada de ontem, a cena se repetiu e de forma pior. Além de voltar ao Ponto Frio, novamente de olho em produtos eletrônicos, os criminosos arrombaram quase que no mesmo horário a loja das Casas Bahia, a poucos metros de distância – estabelecimento que havia sido atacado no último dia 10 de forma idêntica. Mais uma vez, os ladrões agiram rapidamente e levaram telefones celulares, tablets e notebooks dos mostruários. Só para se ter uma ideia, em uma das ocorrências o sistema de segurança mostra que toda a ação durou pouco mais de 40 segundos. Responsável pelo patrulhamento no município, o 30º BPM se posicionou sobre os frequentes ataques aos estabelecimentos comerciais na região central. De acordo com o Coronel Marco Aurélio Santos, Comandante do quartel local, os meliantes são oriundos do Rio de Janeiro e já foram identificados e estão sendo procurado, estando apontados como autores de ataques semelhantes em outros municípios do estado.

“São elementos do Rio de Janeiro, já identificados. Já apuramos com o Serviço de Inteligência da Região Serrana que atuaram também em Petrópolis, Três Rios, Seropédica e Belford Roxo”, relata o Coronel Marco Aurélio Santos, Comandante do 30º BPM

“Na verdade não é um fato de Teresópolis, não é comum aqui. Temos que ver de forma macro. São elementos do Rio de Janeiro, já identificados. Já apuramos com o Serviço de Inteligência da Região Serrana que atuaram também em Petrópolis, Três Rios, Seropédica, Belford Roxo, sempre as mesmas pessoas, oriundas da área de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Já foram mapeados e identificados. Estamos trocando informações com delegados, trocando imagens, para chegar até eles”, enfatiza Marco Aurélio, lembrando ainda da fragilidade do sistema de segurança das lojas das redes atacadas esta semana. “Conversei com funcionários do Ponto Frio e Casas Bahia, que admitiram a fragilidade do sistema, o que fez com que elementos se especializassem para realizar esses ataques. Só para se uma ter ideia, um dos  arrombamento levou 42 segundos, mais rápido que abrir com a chave. Estamos mudando a  nossa rotina de policiamento até as lojas possam reforçar segurança interna e que se possa voltar a normalidade de Teresópolis”, completou.

Ladrões arrombam as portas, entram e retiram o máximo possível de eletrônicos dos mostruários. Tempo “recorde” de atuação dificulta acionamento da Polícia Militar

Monitoramento ampliado
Além de modificar o horário e esquema de patrulhamento na região central do município, a utilização no sistema de monitoramento do quartel e as câmeras de estabelecimentos comerciais podem intimidar novos ataques em Teresópolis. “O sistema mostrou que logo depois saíram da cidade pelo Soberbo. Estamos também em contato com CRT e Polícia Rodoviária Federal para complementar essas imagens, ajudar a chegar aos meliantes e tentar abordar esses veículos se passarem em nosso raio de atuação. Quanto ao patrulhamento, será reforçado aproveitando que recebemos três novas viaturas esta semana”, destaca o Comandante.
A investigação dos ataques envolve as polícias Militar e Civil de vários municípios e aponta que tais produtos furtados nas lojas de grande rede são comercializados principalmente em feiras do Rio de Janeiro. Apesar da previsão de sanções para quem adquiri-los, estão sendo estudadas medidas para dificultar esse tipo de crime, como ativação de bloqueio imediato do sistema, por parte das empresas que produzem os equipamentos. A ideia é que o aparelho “queime” ao ser ligado. 

Cadeia para quem compra
No caso específico de ataques às lojas de grandes redes, os produtos de furto têm sido levados para comércio no Rio Janeiro. Porém, o número de casos de furto em Teresópolis é muito grande. Entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), foram 875 comunicações no setor de plantão da 110ª Delegacia de Polícia. O mês com maior número de ocorrências foi maio, com 130 registros. E onde vão parar celulares, televisores, notebooks, bicicletas e outros produtos tomados de seus proprietários? Eles são comercializados por preços bem mais em conta, ou seja, os próprios teresopolitanos movimentam a engrenagem da criminalidade. Afinal, se não houver quem compre, não haverá motivo para furto – ou pior, roubo.
Muitos desconhecem, ou fingem desconhecer, que essa prática prevê cadeia de até três anos, pelo crime de receptação. O detalhe é que se pessoa for flagrada com um telefone oriundo de ato ilícito é levada imediatamente para a cadeia, diferente de quem praticou o furto. Nesse caso, se não houver investigação contínua do caso, ou seja, o flagrante, o ladrão pode aguardar pelo julgamento em liberdade. Outra situação que deve ser pensada também é que o mesmo bandido que ontem invadiu as Casas Bahia para furtar tais aparelhos, amanhã pode atacar a residência de quem comprou esses produtos para conseguir outros objetos para continuar vivendo à custa do trabalho do próximo.

 

 

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Edição 01/05/2024
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