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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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IBGE: Número de habitantes passa de 180 mil em Teresópolis

Projeção para 2018 é muito maior do que o esperado para o município. Petrópolis e Friburgo registram situação parecida

Marcello Medeiros

Teresópolis passa dos 180 mil habitantes. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, a população teresopolitana chega a 180.886, portanto 4.826 moradores a mais do que o registrado no ano passado. A estimativa do IBGE é referente a 1º de julho e mostra o grande crescimento populacional em nosso município e também nos dois outros vizinhos de importância proporcional na Região Serrana. Em Petrópolis, o número de habitantes passou de 298.235 para 305.687 (7.452 a mais) e em Nova Friburgo o salto foi de 185.381 para 190.084 (crescimento de 4.703) entre 2017 e 2018. A grande procura pelas cidades serranas pode ser reflexo do aumento da violência no Rio de Janeiro, que mesmo diante de uma intervenção militar não consegue ver diminuir os números de casos de crimes de todo o tipo, principalmente assaltos e homicídios.
Das três, Teresópolis era a que estava sendo mais procurada até o ano passado, superada agora por Petrópolis. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE em 2017, enquanto que as outras grandes cidades da Região Serrana registraram aumento de apenas cerca de três mil habitantes entre 2010 e 2017, por aqui a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística era a de um crescimento populacional de 12.314 pessoas no mesmo período. 
O grande crescimento populacional, de forma desordenada, tem gerado cada vez mais problemas em Teresópolis. De acordo com o Detran, já quase 100 mil veículos emplacados aqui, sem contar que estão em circulação outros milhares registrados em municípios diferentes. Apesar disso, as ruas e avenidas são as mesmas de décadas atrás. Por isso, conseguir um lugar para estacionar ou mesmo trafegar em alguns horários já é uma difícil missão.
Além do trânsito, as unidades hospitalares também são as mesmas de quando a população era muito menor do que a estimativa atual do IBGE. E, no sentido contrário, a precariedade da saúde é cada vez maior. Por isso, quem precisa de atendimento na porta de entrada do SUS em Teresópolis, a UPA, pode se preparar para esperar várias horas até ser analisado por um médico.
Caso a pessoa não consiga esperar tanto tempo pelo atendimento no pronto socorro ou por uma vaga para internação e acabar falecendo, mais um problema. O principal cemitério do município, o Caingá, também conhecido como Carlinda Berlim, não tem mais sepulturas disponíveis e o número de gavetas tem sido insuficiente. A construção de novos sepulcros desse tipo não tem acompanhado o número de mortes e, por diversas vezes, foi necessário adiantar o processo de liberação de jazigos e encaminhamento dos restos mortais para gavetas menores e construídas acima das maiores em várias quadras. Já houve casos de adiamento do horário do sepultamento para que acontecesse a liberação de uma gaveta.
Outro grave problema é o habitacional. Como muitos desses novos moradores são oriundos de outros municípios, buscando fugir da violência das grandes metrópoles, por exemplo, bairros populares têm tomado cada vez maior proporção e consequentemente registrado mais construções irregulares – mais um reflexo da ausência do poder público.
Faltam vagas em creches e escolas e, logicamente, emprego. Sem colocação no mercado formal, muitos têm buscado renda na informalidade e, no pior dos casos, na criminalidade. Só para se ter uma ideia do tamanho desse problema, somente no primeiro semestre de 2018 foram registradas 429 prisões. Outros números do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) também chamam atenção. Somente entre janeiro e junho, foram 687 comunicações de furto e 371 apreensões de entorpecentes.

População brasileira passa de 208,4 milhões
Já a população brasileira é de 208.494.900 habitantes, espalhados pelos 5.570 municípios do país. No ano passado, o Brasil tinha 207.660.929 habitantes. Segundo as informações já publicadas no Diário Oficial da União (DOU), o município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,2 milhões de habitantes, seguido do Rio de Janeiro (6,7 milhões de habitantes), de Brasília e de Salvador, com cerca de 3 milhões de habitantes cada. De acordo a divulgação, 17 municípios brasileiros concentram população superior a 1 milhão de pessoas e juntos somam 45,7 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil. Serra da Saudade, em Minas Gerais, é o município brasileiro de menor população, 786 habitantes, seguido de Borá (SP), com 836 habitantes, e Araguainha (MT), com 956 habitantes.
Estados
Os três estados mais populosos estão na Região Sudeste, enquanto os cinco menos populosos, na Região Norte. O mais populoso é o de São Paulo, com 45,5 milhões de habitantes, concentrando 21,8% da população do país. Roraima é o menos populoso, com 576,6 mil habitantes, apenas 0,3% da população total. As estimativas da população residente para os municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2018, foram calculadas com base na Projeção de População (Revisão 2018) divulgada no último dia 27 de julho pelo IBGE.

 


Contrastes de Teresópolis. Em primeiro plano, a superpopulosa e carente comunidade do Rosário – que quase diariamente registra prisões por tráfico de drogas. Ao fundo, o bairro de Alto e seus prédios de luxo

 

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Edição 18/04/2024
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