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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Grande acúmulo de chuva na Coréia, Vale da Revolta e Rosário

Início do período de tempestades aumenta o risco de deslizamentos e transbordamentos de rios

Marcello Medeiros

No final da noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira foram registradas fortes chuvas em boa parte de Teresópolis, com moradores de alguns bairros ficando com dificuldade de dormir preocupados com a possibilidade de ocorrerem deslizamentos de terra ou transbordamento de cursos d´água. Porém, apesar da grande precipitação, a Secretaria Municipal de Defesa Civil não registrou nenhum problema. O estado de “Atenção” é mantido, diante do início do período das tempestades e o acúmulo de chuva em algumas regiões. De acordo com os dados coletados pelos pluviômetros do CEMADEN-RJ, Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, e cedidos aos municípios, os bairros onde a preocupação é maior são Coréia, Vale da Revolta e Rosário. No período de um mês, o acumulado de chuva nessas localidades é de 465.4mm, 297mm e 217mm, respectivamente. Entre quarta e quinta, a Coréia foi a região com maior precipitação, chegando a 114.0mm.
Subsecretário Municipal de Defesa Civil, o Coronel Albert Andrade relatou ao jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV a preocupação com esse período. “Estamos em regime de atenção devido a intensidade das chuvas. Por sorte não fomos atingidos em cheio pelo volume maior da massa que se deslocou aqui para a região, mas temos algumas comunidades já em estágio de atenção e alertadas para a possibilidade do sistema de acionamento sirenes e possibilidade do prolongamento das chuvas, como no Vale da Revolta e Coreia. Também estamos com atenção especial para a Ilha do Caxangá, São Pedro e Jardim Meudon, regiões onde os moradores devem ficar atentos a possibilidade do acionamento das sirenes”, frisou.
Na semana passada o Teatro Municipal recebeu evento da pasta, onde foram abordados os sistemas nacional e municipal de Defesa Civil, o Plano Verão 2018-2019 e os critérios para sua ativação. Os protocolos de acionamento das 24 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme instaladas no município também foram explicados. Na ocasião e também na entrevista concedida à nossa reportagem, o Coronel destacou a importância da reativação dos 25 NUDECs (Núcleos Comunitários de Defesa Civil) existentes no município e que reúnem 474 agentes voluntários.
“Temos realizado o fortalecimento das NUDECs. Fizemos visitas no Vale da Revolta, São Pedro, Rosário e Caleme falando justamente da questão da conscientização e melhoria do treinamento desse pessoal para que continuem nos ajudando. Esses núcleos são o braço avançado dentro das comunidades. Sem esse apoio ficaria muito difícil realizar esse trabalho com eficiência. Eles fazem o primeiro atendimento dentro das comunidades, acionando a Defesa Civil e abrindo os pontos de apoio para receber as pessoas quando há risco de deslizamento ou transbordamento”, pontua Albert.
Além dos dados do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Secretaria Municipal de Defesa Civil mantém acompanhamento de outros sistemas dos governos estadual e federal, disponibilizando grande parte desse material na sua página (http://www.dcteresopolis.blog.br/ ). Também é possível baixar um aplicativo para utilizar tais informações de forma mais rápida e fácil: Digite "AlertasDCT" na busca do Play Store.

Atenção aos sinais de risco
Devido às características geográficas e o crescimento desordenado, promovido principalmente pelos prefeitos das décadas mais recentes, Teresópolis tem muitas áreas com grande risco de problemas. Construções em encostas ou praticamente dentro dos rios são potencialmente perigosas para seus moradores. De acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45 mil teresopolitanos vivem nessas condições.
O Secretário Municipal de Defesa Civil lembra que, havendo o acionamento da sirene do sistema de alerta e alarme – o que acontece se o acumulado de chuva chegar a um determinado número dentro de um curto período de tempo – os moradores daquela região devem deixar suas casas imediatamente. “Ao ouvir o sinal é para confiar nesse alerta e fazer efetivamente o abandono da residência, indo para o ponto de apoio, onde a pessoa será recebida pelos voluntários ou já diretamente pela Defesa Civil. Passada a chuva forte, os agentes irão orientar se poderão retornar ou não para os imóveis”, atenta o Coronel. Os telefones da secretaria são 199 e 2742-7025.

Desastres naturais
“Precisamos tomar consciência do lugar onde moramos. É muito bom residir numa região de serra, perto da Mata Atlântica e ter um clima maravilhoso. Porém, por sermos moradores de montanhas, isso implica vulnerabilidades e estarmos em ambientes propícios a desabamentos. A população deve tomar consciência disso e viver de forma a estar sempre atenta aos sinais. E o maior serviço da Defesa Civil é esse trabalho preventivo, de ter um sistema de monitoramento e a população ter disciplina para, ao ouvir o sinal da sirene, se prevenir”, lembra Raimundo Lopes, Secretário de Meio Ambiente.

POPULAÇÃO EM ÁREA DE RISCO
Petrópolis – 72 mil pessoas
Teresópolis – 45 mil pessoas
Nova Friburgo – 33 mil pessoas
Cachoeiras de Macacu – 6.262
Areal – 5.036 pessoas
São José do Vale do Rio Preto – 3.881

* Segundo levantamento do IBGE

 


Subsecretário Municipal de Defesa Civil, o Coronel Albert Andrade relatou ao jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV a preocupação com esse período

 

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Edição 25/04/2024
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