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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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GCM e PM flagram grande número de motoqueiros sem CNH

Crescimento das infrações de trânsito cometidas com esses veículos também é motivo de alerta

Atendendo ao grande número de reclamações sobre motocicletas sendo utilizadas de maneira irresponsável em Teresópolis, Guarda Civil Municipal e Polícia Militar realizaram, na última quinta-feira, 29, à noite, mais uma ação com o objetivo de tirar de circulação veículos em situação irregular e verificar a situação documental de seus condutores. Em trabalhos realizados nas Avenidas Alberto Torres, no Alto, e Delfim Moreira, na Várzea, os agentes da força de segurança abordaram 41 motoqueiros, sendo que, desses, 10 não possuem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Apesar de não ser nenhuma novidade a falta do documento exigido para a condução de veículos automotores, houve um aumento em comparação aos trabalhos de fiscalização realizados anteriormente. O que pode estar causando tal situação é a crise econômica do país diante da pandemia de Covid-19. Com a redução do número de vagas de emprego formal, muitas pessoas passaram a trabalhar com as motocicletas, atendendo também a crescente demanda pelo delivery. Além da redução do volume de dinheiro em circulação, outro ponto a ser observado é o alto valor necessário para a emissão de tal documento, na casa dos R$ 2 mil.
Nesta sexta-feira, publicamos em nossa página na rede social Facebook as fotografias e informações divulgadas pela GCM e Polícia Militar, com o assunto gerando grande envolvimento e discussão. Até o fechamento desta edição, já havia alcançado 30 mil pessoas. Entre as centenas de comentários, muitos atentando a exigência de possuir a CNH para a condução de automotores, “independente da necessidade de trabalhar”. “Com certeza uma moto não sai de graça. Quando a gente abre uma empresa, tem que arcar com todos os custos dela, mesmo que a empresa seja só você. Ninguém sai pra vender doce na rua fazendo rolo com os ingredientes do doce. Dirigir sem habilitação é errado e ainda coloca outras pessoas em risco. Se a CNH custa caro, pergunta quanto um custa um carro novo, um funcionário, aluguel de loja e todos os encargos pra se ter uma auto escola.Tinha moto ali sem placa. Tinha moto com escapamento ilegal, que é bem mais caro que uma CNH. Não dá pra romantizar quem anda no erro”, enfatizou o internauta Bruno Gargiulo. “Quem defende a livre circulação de veículos irregulares, não tem o direito de reclamar caso seja atropelado e ou tenha seu bem danificado por essas pessoas. Parem de romantizar o erro. Quem conduz sem habilitação ou com veículo irregular, sabe dos riscos. Sempre foi caro, mas o brasileiro não sabe brigar por seus direitos nas urnas”, completou Luciana Fernando.
Outro leitor, Willyam Rocha, alertou que algumas empresas estariam contratando pessoas sem verificar a documentação e que isso tem prejudicado quem se esforça para seguir dentro da lei. “Parabéns pela fiscalização. Esses irresponsáveis acabam prejudicando quem trabalha direto e precisa do trabalho. Não podem ser considerados motoboys. Quem anda nas regras sofre muito, manter a moto revisada e a documentação em dia. Pena que na maioria das vezes as empresas dão prioridade a esses mais baratos”.

Na operação também foram encontradas motos sem placa e com o escapamento aberto, sendo três encaminhadas para o Depósito Público Municipal

Mais bandalhas e acidentes
Na operação também foram encontradas motos sem placa e com o escapamento aberto, sendo três encaminhadas para o Depósito Público Municipal, em Três Córregos. O aumento do número desse tipo de veículo em circulação, em consequência da escalada do serviço de delivery, também tem gerado grande aumento nos flagrantes de bandalhas cometidos por motoqueiros com o objetivo de ganhar alguns minutos em cada entrega. Contramão, calçada e travessia em locais proibidos são as infrações mais comuns. Basta parar 10 minutos em frente ao cruzamento da Rua José Correia da Silva Júnior com a Avenida Feliciano Sodré, em trecho conhecido como “Esquina do Pecado”, para registrar dezenas de condutores de moto saindo da via menor e subindo no canteiro central para seguir para o bairro do Alto – para evitar uma volta apenas um quarteirão à frente, na Rua Jornalista Délcio Monteiro. Outro exemplo é a Rua Carmela Dutra, em Agriões. O trecho entre a Rui Barbosa e Tenente Luiz Meirelles, que há mais de um ano só tem um sentido, o do Alto, frequentemente é utilizado em mão dupla, ou pior, pela calçada para a realização de entregas.
Na postagem sobre a ação da CGM e PM, muitos leitores do jornal O Diário atentaram para situações parecidas. “Tinham que ter pego um sem noção que terça-feira avançou o sinal quase atropelou um casal que tava atravessando na faixa, saiu podando os carros”, destacou Tatiana Lourenço. “Aí acontece acidente, como aconteceu com meus familiares, por conta disso! Exatamente no perfil: sem habilitação. E o pior que depois não tem nem grana para arcar com o prejuízo!”, disse a internauta Fernanda Pimentel. “E tem moto roubada circulando. Semana passada um infeliz deste cruzou a Rua Manoel Dias para pegar a Presidente Roosevelt (está bloqueada) fugindo de uma batida na Dr.Oliveira, bateu no caro do meu filho com minha neta de um ano na cadeirinha dela no banco de trás. O bandido estava com moto roubada, motor raspado e sem placas, estas bestas não são motociclistas”, relatou Américo Nobre.

 

 

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Edição 25/04/2024
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