Com os temporais da última semana, abrindo mais um período de chuvas fortes, os alunos e professores da Escola Municipal Acliméia Oliveira Nascimento não puderam utilizar uma das salas: Devido a problemas no telhado, uma verdadeira enxurrada tomou conta do prédio público localizado junto ao quartel do Tiro de Guerra 01-011, em São Pedro. A situação chamou atenção da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, que já havia recebido algumas demandas de outros estabelecimentos de ensino e nesta terça-feira saiu a campo para apurar as reclamações de profissionais de educação, pais e responsáveis pelos estudantes que precisam de atendimento na rede municipal de educação. Além da Acliméia, os vereadores Edilberto Reis (Dedê), Jaime Medeiros e Pedro Gil estiveram na Manoel Fernandes, no Jardim Meudon, e Neide Angélica e Estella Moraes, em Vargem Grande, registrando problemas semelhantes nessas unidades de ensino em relação a falta de manutenção para propiciar um ambiente mais adequado para o ensino. A discussão seria ampliada na sessão ordinária desta terça-feira.
Telhados e forros danificados, pisos com buracos que podem gerar acidentes, paredes com reboco caindo e o acúmulo de mesas e cadeiras velhas foram alguns problemas registrados pelos edis. Em nota encaminhada para a redação do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV na tarde de ontem, a Secretaria Municipal de Educação informou que todas as escolas visitadas pelos vereadores estão com previsão de obras, através de licitação. Ainda segundo o documento, “Informa ainda que a Gestão Municipal liberou cerca de R$ 1,5 milhão relativos ao programa municipal GFED (Gestão Financeira Escolar Descentralizada), para que as direções das escolas municipais invistam em melhorias da infraestrutura, como manutenção e compra de materiais e de equipamentos. Os recursos foram depositados diretamente nas contas bancárias das unidades escolares municipais”.
A pequena escola Manoel Fernandes, que atende a comunidade do Jardim Meudon, foi visitada pela Comissão de Educação da Câmara nesta terça-feira
Caso da Acliméia
Com a divulgação de vídeo mostrando a enxurrada tomando conta da pequena escola municipal localizada em São Pedro, dezenas de pessoas comentaram o tema, com algumas apontando como atos de vandalismo os danos no telhado da Acliméia. “Sabemos que infelizmente a culpa disso são essas crianças e adolescentes que vão para o Tiro de Guerra soltar pipa e jogar na quadra da escola andam em todo telhado. Essa escola merece mais carinho porque atende em horário integral. A prefeitura deveria pagar um vigia ou uma obra pra colocar laje aí resolveria o problema”, comentou a internauta Graciane Gomes. “Trabalhei dois anos na escola, ano de 2017 todo telhado foi trocado, porém no mês seguinte já tinha novos vazamentos. Isso porquê no final de semana adolescentes e crianças invadem a quadra da escola pelo muro e sobem no telhado, é pipa, é bola…”, completou Rosana Pinheiro. “Ano que vem tem eleição para Prefeito. Não podemos esquecer que este não fez nada para melhorar nossas escolas”, frisou Eduardo Oliveira.
Obra abandonada no interior
Repercutindo denúncia do DIÁRIO, representantes das comissões de Educação e Cultura, e de Obras e Serviços Públicos, da câmara municipal, vistoriaram unidade escolar em Venda Nova e confirmaram em relatório apresentado em 22 de outubro passado, o abandono da obra de reforma e ampliação da escola municipal Tiago de Medeiros. A visita dos vereadores Tenente Jaime (PTB), Dedê da Barra (MDB) e Leleco (Podemos) ocorreu na sexta-feira passada, 18, dia seguinte a matéria publicada no jornal O DIÁRIO, constatando os parlamentares a improvisação no prédio por conta da obra. “Espaços como biblioteca e refeitório estão sendo adaptados para funcionar como sala de aula”, informa o relatório, situação que levou o plenário da Casa a votar encaminhamento de pedido de informações ao chefe do Executivo Municipal sobre o motivo da paralisação, querendo ainda saber os vereadores os valores da obra e o quanto já foi pago. Na mesma incursão, os integrantes da Comissão de Educação da Câmara apuraram ainda denúncias sobre a Creche Municipal Menino Jesus de Praga, em Fonte Santa, unidade que ficou vários dias sem aulas por causa de problemas na caixa d’água.
Revelando o descontrole na secretaria de Educação, o presidente da Mesa Diretora da Câmara, Leonardo Vasconcellos (MDB) informou ainda queixa que recebeu de que três escolas estariam sem canetas tipo ‘pilot’ para os professores utilizarem nas salas de aula. Outras obras em escolas também estão paralisadas, e algumas nem foram iniciadas, apesar de contratadas, caso da escola Ginda Bloch, onde a empreiteira chegou a colocar a placa em fevereiro deste ano, para empreitada de quase R$ 300 mil, e que abandonou.
