Da Redação
Tradicional comércio da Várzea, a Padaria Império está com outra cara. O prédio construído em 1928, pelo comerciante e político José Francisco Lippi, passou por preciosa restauração, ressurgindo seus tijolos maciços e ornamentos que tão bem combinaram com a moderna instalação.
Para ilustrar a imponente construção que remete aos tempos de glamour da Teresópolis de antigamente, imagens da Várzea estarão expostas nas paredes. Na lanchonete, onde o corpo se alimenta com os tradicionais quitutes da boa cozinha imperial, poesias expostas nas mesas vão saciar as almas carentes da beleza do ajuntamento poético das palavras. Guardados nas páginas de jornais e revistas de época, os versos vão assim mais uma vez publicados para agradar aos olhos famintos de beleza e emoção.
São quatorze mesas para pessoas de frente uma das outras. Curiosamente, o número de versos de um soneto, construção poética de grande sucesso no tempo em que o Cinema Império surgiu. Daí, foi juntada uma quantidade de sonetos escritos por grandes poetas teresopolitanos de diversas épocas, mais os versos inéditos do jornalista e escritor Wanderley Peres, somando 28 poesias que compõem a inusitada exposição “Quatorze Versos”, também publicada em singelo livro que será lançado às 18 horas desta quinta-feira, na Império.
O evento, que inaugura o espaço nobre do tradicional comércio da Várzea, vem bem a calhar. Ocorre no dia Nacional da Poesia, desde 2015 comemorado oficialmente em 31 de outubro. A data foi criada em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade, um dos principais nomes da literatura brasileira, por sugestão do senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná.
