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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estudantes da UERJ se mobilizam contra transferência do curso de Turismo

Grupo contesta votações que deram o aval para a mudança para o Rio de Janeiro

Marcus Wagner

Após a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) anunciar a saída do curso de Turismo de Teresópolis, alunos tentam ainda uma forma de reverter a situação ou pelo menos que a instituição volte a discutir este assunto. De acordo com a direção da universidade, a decisão foi deliberada em duas reuniões em que as votações foram favoráveis à transferência, porém os alunos reclamam da maneira como foram conduzidos esses encontros.
De acordo com o estudante, Rodrigo Braz o objetivo agora é contestar os procedimentos que foram tomados na terceira reunião prevista para debater o assunto: "A transferência do curso de Turismo para o Rio de Janeiro foi avaliada em reunião na sede da Universidade no Conselho do Departamento de Turismo em 27 de junho. Quatro dos sete votos favoráveis à transferência foram por e-mail, o que não está previsto por regulamento interno, mas foi aceito. Um desses que votou por e-mail já estava afastado. O resultado foi 7 a 5, mas consideramos que quatro estavam irregulares. Mesmo assim, foi para o segundo departamento, que une Instituto de Geografia, técnicos e alunos e, apesar de termos direito a três votos, só consideraram dois e houve empate. Deveria passar para o conselho superior, mas o diretor disse que tinha voto de minerva e desempatou".
Por conta deste entendimento que teriam ocorrido irregularidades nas duas primeiras reuniões, os estudantes devem apresentar um recurso com pedido de anulação desses eventos e correm contra o tempo, já que a próxima reunião está prevista para 1º de agosto e a instituição já informou que a transferência do curso já estará valendo a partir do dia 5.
No campus de Teresópolis, também já estava funcionando um curso de pós-graduação, mas este vai continuar funcionando na cidade, pelo menos até o final do ano, de acordo com o que foi informado pela própria UERJ, o que faz com que estes outros alunos fiquem angustiados com esta situação: "A gente lamenta muito essa saída, mas ela é resultado de uma série de problemas no relacionamento do próprio poder público com a universidade para que a sua ação no município pudesse ser mais efetiva, mas gostaria muito de poder apresentar projetos alternativos para a permanência da UERJ na nossa cidade", declarou Rodrigo Cosenza.
A desativação do campus em Teresópolis é vista como uma perda muito maior do que apenas deixar de contar com o curso de bacharelado em Turismo: "A gente perde uma graduação de universidade pública que faz um trabalho de pesquisa, de extensão voltada para a área rural da cidade, repensando a lógica do Turismo da cidade, tentando dar maior vivacidade e  capilaridade às nossas perspectivas turísticas. Nós vamos perder muito deste potencial que uma universidade pública com pesquisa de qualidade pode oferecer", enfatizou Cosenza.
O estudante da pós-graduação avaliou que é importante a movimentação dos seus colegas, mas acredita que é uma questão muito difícil: "Eles vão tentar fazer uma contestação para tentar reverter o resultado porque não aconteceu da melhor maneira possível já que alguns momentos das reuniões foram discutíveis. É muito difícil reverter esse processo, provavelmente o caminho é esse mesmo. É um resultado de políticas mal sucedidas em âmbito municipal e uma crise terrível que a UERJ viveu nos últimos anos, mas o município vai pagar por isso".

 

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Edição 23/04/2024
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