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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Empreendedorismo para enfrentar a pandemia

Conheça exemplos de teresopolitanos que tiveram que se reinventar para driblar a crise econômica

Nina Benedito

O ano de 2020 não foi fácil para a grande maioria das pessoas. A pandemia do Coronavírus trouxe muitos desafios para vários setores produtivos. Impulsionados pela crise econômica, muita gente acabou buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda, muitas vezes não por vocação, mas pela necessidade de driblar a crise em meio ao desemprego e a escassez de trabalho.  Diante das dificuldades, muita gente descobriu a capacidade de inovar e se reinventar. Assim como em várias partes do mundo, muitos teresopolitanos se viram nessa edição. Nessa reportagem especial, conheça alguns exemplos de pessoas que estão atravessando esse momento difícil graças à criatividade.

Arte em forma de verde
A classe artística foi uma das mais atingidas, uma vez que todos os espetáculos foram cancelados logo no início da pandemia. Foi criado um projeto especial de auxílio para atender essa classe através da Lei Aldir Blanc, contudo, com a demora na chegada desse recurso, muitos tiveram que se reinventar. Aos 35 anos de carreira, o ator e diretor de teatro Adriano Ramires arregaçou as mangas e o que era um hobby virou trabalho. “Quando eu era pequeno, brincava no horto dos meus avós, cresci entre as plantas e os bichos. Eles faziam jardinagem e paisagismo, e eu brincava no meio daquilo tudo. Há 5 anos, como eu já cultivava suculentas, resolvi fazer um Instagram das minhas plantas. Aí que me chamaram para uma exposição de bromélias eu comecei com elas e na sequência me encantei pelas suculentas e os cactos”, conta. Com a chegada da pandemia, veio a oportunidade de transformar o que antes era apenas uma distração em um trabalho para driblar as dificuldades impostas pela crise. Hoje, Adriano mora em Guapimirim, dá aulas de jardinagem, faz projetos paisagísticos, vende as suculentas, cuida de jardins e até de pequenos espaços dos clientes que conquistou. “Como a gente está ficando mais em casa, acaba sentindo falta de um verde ou querendo dar uma renovada no que já existe, vale a pena investir nelas”, atenta. Instagram: @arteplantabrasil e telefone 99717-5578. 

O chocolate que chega de bicicleta
 “Eu trabalhava na Viação Dedo de Deus como jovem aprendiz, mas, por conta da pandemia tivemos que ficar em casa, e isso me incomodava bastante pois sempre fui bem ativo. Foi quando tive a ideia de vender Trufas. Eu já vendi muitos anos atrás, mas não era nada sério, apenas para conseguir uns trocados. Dessa vez eu estava disposto a tornar isso o meu trabalho e dei início ao meu próprio negócio. Comecei com dois sabores e aos poucos fui elaborando outros”, conta orgulhoso o jovem João Vitor. E assim nasceu a “Divinas Trufas”, com as gostosuras vendidas de bicicleta pelas ruas do Centro. Segundo João, a questão da elaboração das receitas não teve um início tão fácil assim. “Eu queria algo diferente, algo que marcasse quem experimentasse, e com a ajuda de uma colega minha, que já trabalha na área de confeitaria há cerca de 10 anos, fui aprimorando as receitas, até fixar os melhores sabores. Está dando tão certo, que não pretendo voltar ao mercado de trabalho não”, diz João. Instagram: @divinastrufas.dt e WhatsApp para delivery 99243-5545.

Opção de lanche diferenciado 
Marcelo Lima trabalhava em um grande hotel na zona rural de Teresópolis. Com a crise sanitária, o estabelecimento hotel fechou e paralisou suas atividades por quatro meses. Diante das dificuldades e incertezas, ele resolveu arregaçar as mangas e fazer alguma coisa que pudesse lhe render algum dinheiro. “Eu queria fazer um lanche diferenciado com custo benefício em meio à pandemia. Resolvi fazer as esfihas na casa da minha noiva, Diana Castro, e ela e a irmã, Verônica, me incentivaram a vender na cidade”, conta Marcelo. O hotel retornou as atividades e Marcelo foi promovido a Chef de cozinha, mas resolveu pedir o desligamento da empresa para viver o sonho de se reinventar em meio a uma pandemia mundial. “Ainda não consegui me manter totalmente das esfihas, mas foi a oportunidade que eu tive de criar minha própria renda”, enfatiza o empreendedor. “Hoje graças a Deus, sei que fiz clientes e amigos, consegui pagar minhas contas, ajudar pessoas em momentos difíceis e sei que faço parte da alegria de muitas famílias levando um lanche delicioso”, conclui o criador da Casa da Esfiha Terê.  Instagram: @casa.esfiha.tere  e delivery: 97175-7236.

As empadas do Instagram
Bruno Medeiros, Chef de cozinha, trabalhava em um hotel em 2020. Logo que a pandemia nos obrigou a entrar em quarentena, o profissional foi colocado de férias, assim como os outros funcionários. “Peguei o dinheiro das férias e paguei todas as minhas contas, tudo que eu podia adiantar, já que não sabíamos quando voltaríamos ao trabalho”, lembra. “Na terceira semana de quarentena, comecei a fazer umas receitas de comida e colocar no Instagram e uma dessas receitas foi de empada. Pensei em fazer as empadas porque minha receita da massa é diferente, e de repente a galera que está desempregada, faz as empadas e ganha um dinheiro. A minha ideia a princípio seria essa”. Mas a história não parou por aí. Bruno resolveu produzir as empadas e deu para algumas pessoas experimentarem e essas mesmas pessoas começaram a publicar no Instagram as iguarias e marcar o cozinheiro. “As pessoas começaram a me perguntar se eu vendia as empadas e quanto custava. Foi aí que resolvi fazer uma enquete de quem queria comprar as empadas ou não, até porque eu estava sem dinheiro, tinha apenas cinquenta reais para passar até o fim da pandemia e precisava ter certeza de que daria certo eu investir esse dinheiro para fazer as empadas e vender. Pra minha surpresa, o resultado da enquete foi positivo, comprei farinha, frango, azeitona e catupiry com aqueles cinquenta reais e vendi 150 empadas”. Instagram: @empadasdubruno  e pedidos pelo 96692-0313.

A dica do empreendedor
“Com uma ferramenta gratuita e poderosa que é o Instagram, eu tinha todos os elementos para dar certo. Eu tinha o produto que eu identifiquei um nicho de mercado que na internet era vazio, e muita vontade de trabalhar. Resolvi encarar e a grande sacada que eu tive de tudo isso, foi ter humildade de pedir ajuda as pessoas. Hoje eu ainda trabalho sozinho, eu mesmo faço, eu mesmo entrego e peço ajuda. As pessoas que querem trabalhar, fazer alguma coisa pra vender na internet, não tem que ter vergonha de pedir ajuda, foi o que impulsionou o meu negócio. Graças a Deus hoje eu tenho uma estrutura melhor, ganhei um freezer, ganhei um forno, pago as minhas contas de casa”, relata o idealizador das “Empadas do Bruno”. 

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Edição 26/04/2024
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