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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Em alguns bairros faltam lâmpadas, em outros `sobra luz´

Sistema de iluminação funciona initerruptamente há quatro meses na Praça Nilo Peçanha

“Ontem faltou água / Anteontem faltou luz / Teve torcida gritando, quando a luz voltou / Não falo como você fala, mas vejo bem o que você me diz”. O trecho da canção “Eu era um Lobisomem Juvenil”, da Legião Urbana, bem que poderia se passar em Teresópolis: É difícil saber quando serviços essenciais serão regularizados, além de ficar cada vez mais complicado tentar compreender as promessas feitas pela classe política. No caso da luz, por exemplo, entra prefeito e sai prefeito e nada parece mudar. Recentemente, o governo Vinicius Claussen informou ter iniciado uma espécie de força tarefa para resolver o problema da escuridão nas comunidades, mas andar no mais completo “breu” continua sendo mais comum do que se imagina. Enquanto isso, em alguns bairros as lâmpadas ficam acesas durante o dia. No caso da Praça Nilo Peçanha, no Alto, o sistema funciona ininterruptamente desde setembro do ano passado, quando foi realizado um evento gastronômico no local. 
Moradores do entorno do espaço público, vizinho ao colégio Ginda Bloch e do campus sede do Centro Universitário Serra dos Órgãos, alertaram sobre o problema em dezembro do ano passado. No início daquele mês, a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV esteve no local e registrou dezenas de lâmpadas acesas. A Prefeitura prometeu resolver, mas, cinco semanas depois, a situação é exatamente a mesma. Estivemos na praça ontem, encontrando praticamente todo o sistema em funcionamento mesmo com o céu azul e um Sol de rachar. Além do desperdício de energia elétrica, importante destacar que, dessa forma, todo o equipamento e lâmpadas funcionando dessa maneira terão seu tempo de vida útil reduzidos drasticamente e, quando queimarem, quem vai pagar mais uma vez será o teresopolitano. "É um absurdo essas luzes estarem acesas direto. É um desperdício de energia para o meio ambiente e uma despesa para o nosso bolso, afinal de contas pagamos iluminação pública. Será que a Prefeitura não consegue apertar um botão para acender e apagar essas luzes?”, questiona Madalena Arruda, residente no Alto. E luz acesa durante o dia não é exclusividade da Nilo Peçanha. Nas Ruas Nestor Pinto e Pastor Belarmino Teixeira, Parque São Luiz, são mais de dez. Assim como acontece no bairro do alto, moradores relatam já terem reclamado ao governo municipal, sem sucesso. 

Uns com tanto…
E outros com tão pouco! Enquanto no Alto e Parque São Luiz as lâmpadas sequer são desligadas por conta da necessidade de se trocar um simples relê, em diversos outros bairros a população têm que andar no escuro. Apesar de informar em notas divulgadas pela Assessoria de Comunicação que a Vila Muqui foi uma das primeiras comunidades atendidas pela força tarefa, na Rua Tabelião Luís Bessa quatro das cinco lâmpadas dos postes estão queimadas há mais de três anos. Moradores já entraram em contato com a Ouvidoria Municipal, inclusive por um aplicativo que vem sendo divulgado pelo setor, mas não tiveram seus pedidos atendidos.
Outro local que merece atenção urgentemente é simplesmente o principal acesso do município. Quem chega à Teresópolis pela Avenida Rotariana passa por um trecho totalmente escuro entre o Soberbo e o Pórtico do Centenário onde está, ironicamente, a referência “Terra de Luz”. Para quem pratica atividades físicas no período noturno, sendo esse o local mais procurado para tal no município, são pelo menos dois riscos, o de atropelamento e o de ataque de algum tipo de criminoso.
Esta semana, moradores da Rua Paraná, na Beira-Linha, informaram terem feito diversas solicitações ao município em relação ao mesmo problema. Nesse bairro, eles ainda convivem com curtos na rede elétrica e também o medo do aumento da violência por conta da falta da prestação do serviço que é cobrado mensalmente pelo município.

E para onde vai o dinheiro?
Você já parou para pensar sobre a grande quantia embolsada mensalmente pelo município com a famigerada Taxa de Iluminação Pública, tarifa arrecadada através da Enel? Pois é… Nem é preciso analisar muitos números para saber que se trata de um valor altíssimo, com a TIP variando de acordo com a comunidade e cliente cobrado, mas, assim como longo trecho da Rotariana, esse valor está na mais completa escuridão. Desrespeitando a Lei da Transparência, Enel e Prefeitura escondem esses números. Questionada diversas vezes, a concessionária de energia elétrica sempre diz “não poder informar”. Já o município não sai da sombra promovida pelos valores pagos mensalmente pelos teresopolitanos e, tão pior do que isso, mostra que não está investindo corretamente o imposto do explorado contribuinte.

Posicionamento da PMT
Em nota divulgada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura nesta quinta-feira, a Secretaria de Serviços Públicos informou que, com relação à Praça Nilo Peçanha, há um sistema de iluminação separado, diferente dos relês convencionais. “Esse sistema, formado por uma chave que aciona as lâmpadas, está apresentando defeito e a Secretaria já está buscando formas de consertar esse mecanismo”. Ainda segundo o documento, em relação aos demais bairros que apresentam problemas de lâmpadas acesas durante o dia, a pasta informa que “está trabalhando bairro a bairro para recuperar 100% o parque de iluminação municipal” e que “na medida em que o cronograma dos bairros é atendido, são realizados serviços simultâneos de acender as lâmpadas que não estão funcionando e apagar as que ficam acesas durante o dia”.

 

 

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Edição 19/04/2024
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