Marcus Wagner
As apresentações ao vivo nas redes sociais (ou lives) se tornaram uma forma de entretenimento que vem agradando aos fãs de diversos estilos durante o período de quarentena da população para evitar a propagação do coronavírus. Diante do cancelamento de eventos e da indecisão de quando vai terminar o período de distanciamento social obrigatório, essa foi a saída para que alguns profissionais pudessem se manter na ativa e em contato com o público. Além de projetos coletivos como o F. Marques Live, há também os DJ's que de casa transmitem as suas montagens características e conseguem alcançar uma grande audiência.
As apresentações aproveitam a grande quantidade de pessoas em casa e ganham forte repercussão através de compartilhamentos, comentários e curtidas. Esse resultado obviamente agrada aos próprios DJs que separam espaço e horário em casa para continuar levando alegria e descontração para o público nas redes sociais.
Um bom exemplo destes profissionais é o DJ Ricabreu, que entra em contato com seu público todos aos finais de semana. “As lives hoje em dia deixaram de ser apenas uma fonte de divulgar o trabalho. Hoje, além de um modo do DJ ter o contato com seu público, ele leva um pouco da sua alegria, da sua arte, em um momento tão complicado como nessa quarentena. Aproveitando o boom das redes sociais como Insta, Face e YouTube para não deixar o profissional cair no esquecimento, já que o segmento da noitada foi praticamente o primeiro a parar e provavelmente seja o último a voltar”, explica.
O DJ Ricabreu entra em contato com seu público todos aos finais de semana para levar alegria e entretenimento pelas lives
O DJ também está divulgando uma iniciativa solidária para que o público possa contribuir com os profissionais que foram gravemente afetados pela proibição de aglomerações que fez eventos serem cancelados ou adiados. O projeto "Fone Solidário" é uma forma do público poder retribuir e ajudar neste momento sem eventos. Quem se interessar em apoiar, poderá contribuir com qualquer valor para incentivar com que eles possam levar música de qualidade, alegria e energia positiva nestes dias difíceis. “O intuito é de tentar arrecadar algum patrocínio para a classe que no momento não tem nenhuma fonte de renda. Quem quiser contribuir ou participar das lives, é só procurar nas mídias sociais o projeto Fone Solidário ou nos meus perfis Dj Ricabreu no Facebook ou Instagram”, convidou.
O DJ Gilberto Oliveira também faz as transmissões da própria casa como forma de interação e entretenimento: “A ideia começou devido à quarentena, muita gente em casa, muitas notícias ruins na televisão, então a minha ideia foi buscar distrair. O que eu gosto de fazer é tocar, ouvir músicas e comecei a fazer as lives, o pessoal começou a aderir, outros DJs também começaram a fazer, como o Ricardinho, o Zé Ricardo, Leonardo Muniz, enfim vários outros aqui da cidade e também começaram os artistas a fazer esse tipo de entretenimento e foi expandindo”.
Gilberto enfatiza que essas interações via redes sociais neste momento de isolamento social são muito importantes tanto para ele quanto para o público: “O pessoal vai pedindo músicas, eu gosto de tocar as mais antigas, dos anos 80 e 90, assim como o Zé Ricardo. Eu faço então as lives entre 2 e 3 vezes por semana. Todo final de semana eu tenho que fazer porque o pessoal pede muito. Acho muito importante porque a música traz um pouco de paz. Vou tocando as músicas mais antigas e as pessoas relembram o passado. Foram vários pedidos e eu pretendo continuar fazendo porque é um modo de distrair e levar alegria para as pessoas”.
Quem Também já realizou lives nas redes sociais recentemente foi o DJ é Zé Ricardo, que alcançou mais de três mil visualizações no projeto F. Marque Live. A participação agradou tanto que ele começou a fazer transmissões ao vivo em sua própria página.