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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Crise econômica e pandemia aumentam vulnerabilidade de comunidade carente

Vale da Revolta pede ajuda: "Estamos priorizando donativos para quem está em maior risco e Isso é muito triste", diz presidente da Associação

Luiz Bandeira

Uma das maiores preocupações com a pandemia, além das questões de saúde ligadas à Covid-19 diretamente, é em relação aos problemas sociais provocados, sobretudo, pela falta de renda de um grande número de famílias dependentes da ação solidária de associações, empresários e igrejas. Aqui em Teresópolis, mais uma vez o Presidente da Associação de Moradores do Vale da Revolta, Judas Tadeu, emitiu novamente um alerta a população para a falta de alimentos e produtos de higiene para famílias dessa comunidade, uma das mais carentes do município e localizada às margens da rodovia BR-116. Em abril do ano passado, Tadeu se mobilizava para atender seus vizinhos e falou com o jornal O Diário e Diário TV sobre as dificuldades pelas quais passava sua comunidade. Agora, mais de um ano passado, o problema parece ter se agravado e as necessidades por donativos são cada vez mais urgentes. Nesta quinta-feira, 30, voltamos ao Vale da Revolta para saber como está a mobilização para assistir famílias em situação de vulnerabilidade social na comunidade e encontramos um novo pedido de ajuda. 
Judas Tadeu nos recebeu no contêiner montado como base de apoio da Defesa Civil, local utilizado para receber moradores em caso de alerta de risco de deslizamento, muito comum durante os temporais. O presidente da associação disse que a comunidade está passando por uma situação muito difícil agravada a partir de maio deste ano. Segundo ele, a principal causa para o problema é a falta de renda, pois as pessoas não estão conseguindo trabalhar e dependem de favor para comer. “A sociedade é muito solidária, ela ajuda, mas a crise econômica foi se acentuando e ela foi perdendo a capacidade de doar o que doava, a gente foi perdendo o volume de doação e hoje estamos escolhendo quem ajudar, você tem que escolher a família que está em risco maior de passar fome, é muito triste isso”, lamenta Judas Tadeu.
A associação continua fazendo a parte dela com muita garra. Tadeu disse que está distribuindo também “quentinhas”.  Na quarta-feira passada foram doadas 119 e, no domingo, foram 126 refeições servidas. Enquanto produzíamos a matéria, Ana Paula, moradora do bairro, chegou para oferecer empadas que foram produzidas a partir de ingredientes doados pala associação. Tadeu nos contou que ela recebeu o material para fazer as empadas, está vendendo e agora sobrevive com essa renda.

“Necessidade de sobrevivência”
O presidente da associação disse que hoje não briga mais por moradias, pela iluminação pública, mas briga agora por alimentos para seus vizinhos. Disse ainda que a igreja católica ajuda com o que pode, que empresários também ajudam, mas que é necessária uma maior mobilização para atender melhor os moradores do bairro. “Os donativos que ainda temos são fruto de uma pessoa que prefere manter o anonimato. Ele me doou 40 cestas básicas na semana passada e hoje só tenho mais cinco”, resume. 

 

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Edição 18/04/2024
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