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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Criança necessita de UTI Neonatal, mas vagas SUS não estão disponíveis

Apesar de declarações emocionadas durante inauguração, somente usuários de planos de saúde podem contar com serviço

Anderson Duarte

Infelizmente o problema que parecia ter sido resolvido no município volta a preocupar o teresopolitano mais uma vez. Há décadas esperando a oferta de uma UTI Neonatal para atender a população, o anúncio da chegada do novo setor de Maternidade do HCT parecia ser a tão sonhada luz no fim do túnel, mas não parece ser dessa vez. O desabafo de um familiar, intitulado “pedido de socorro e minha indignação com estes políticos safados”, rodou todos os grupos de WhatsApp da cidade e acabou sendo um dos assuntos mais discutidos ao longo do fim de semana, com repercussões das mais amplas e reascende a importância da ampliação deste tipo de leitos na cidade, mas com acesso a população que não faz parte da saúde suplementar. Em comunicados, FESO admite não ter vagas contratadas SUS e prefeitura diz ter duas, e no meio da história, pacientes encontram negativas de atendimento e transferências para outros municípios.
Diz a postagem: “Tenho nojo dessa cidade, desses prefeitos de merda, desses médicos gananciosos que fazem um juramento, mas em troca de dinheiro, estou com uma sobrinha internada no HTC, com uma gravidez de risco, vai ser preciso fazer uma cesárea de emergência, ela e a criança correm risco de vida, o Hospital com a parte da maternidade e UTI Neonatal pronta e se recusam a fazer o parto, estão procurando vagas em hospitais do Rio, sabe por quê? Porque o hospital foi feito para rico e, para quem pode pagar e para quem tem plano, porque a vida para eles e o que menos importa, primeiro vem o dinheiro. Cadê o prefeito desta cidade, que prometeu mundos e fundos? Me explica Senhor Vinicius Claussen, e cadê o vice? O hospital alega que as duas vagas da UTI Neonatal não foram pagas, me explica por quê, ir lá tirar foto, posar de bonitinho, mas fazer seu serviço é difícil né, não é parente sua que está sofrendo, não é seu filho que pode morrer! Porque se fosse seu tinha vaga, afinal você tem dinheiro né. E assim que você quer cuidar da cidade? que Deus faça a justiça, por que só Ele para cuidar de nós”, desabafa.
Como a repercussão foi grande e a revolta proporcional aos discursos emocionados da inauguração do novo espaço à época, o acompanhamento e anseio de muitas pessoas com relação ao dramático desfecho gerou muita apreensão, e por isso, os familiares postaram varias vezes dando notícias do caso para os interessados. “Pessoal o bebê nasceu, graças a Deus, está bem, apesar de prematuro, mas agora ele precisa de uma UTI Neonatal, que como já sabemos, temos em Teresópolis, mas só para quem pode pagar, por isso estão vendo uma vaga para ele em outro hospital do Rio. Um absurdo a criança ter que enfrentar uma viagem, correr mais um risco, com pouco tempo de vida, depois de poder ficar aqui na sua cidade. Revoltante”, lamenta. Em nota, tanto FESO, quanto prefeitura se pronunciaram, mas não deram conta dos questionamentos levantados, e deixaram ainda mais dúvidas, ou seja, temos ou não vagas no setor para os pacientes SUS da cidade?
“O Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano, a Perinatal e a Prefeitura Municipal de Teresópolis já manifestaram o interesse em credenciar leitos SUS da UTI Neonatal na nova Maternidade. Esse serviço, que é terceirizado, será oferecido pela Perinatal, que está tramitando na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro o credenciamento desses leitos. Tão logo haja o credenciamento, a regulação (autorização) do uso dos leitos será de responsabilidade do Estado”, diz a FESO em nota. Já a prefeitura diz que as vagas estão disponíveis. “A Prefeitura de Teresópolis informa que o Hospital das Clínicas Constantino Otaviano é uma entidade particular conveniada através do SUS. O que a Prefeitura fez foi garantir que dois leitos de UTI Neonatal da maternidade do Hospital  fossem disponibilizados através do SUS. Quem libera o uso da UTI neonatal é o Estado, que faz a regulação de leitos. O município não faz repasses para esses atendimentos e uso de leitos de UTI. Isso é atribuição do Ministério da saúde. A informação repassada pelo HCT é que o bebê já nasceu e que ele e a mãe estão recebendo todos os cuidados que o caso requer. A Prefeitura informa ainda que Teresópolis tem recebido um número maior de gestantes visto que outros municípios não dispõem de obstetra no final de semana. Vale ressaltar que o município fez, recentemente, a aquisição de uma Unidade Neonatal Móvel, que poderá transportar tanto a mãe quanto o recém-nascido, garantindo assim uma melhor qualidade no atendimento, caso haja necessidade. Está unidade chegará no início de junho”, diz a nota da prefeitura, publicada em suas redes sociais nesta segunda-feira, 29.

 

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Edição 24/04/2024
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