Wanderley Peres
Instalada em 6 de abril, começa nesta quarta-feira, 12, a série de cinco audiências previstas na CPI da Pandemia, ouvindo inicialmente dois secretários municipais, Antônio Henrique Vasconcelos, da Saúde e Waldeck Amaral, do Desenvolvimento Social, e um ex-secretário, Marcos Jaron. Ocorre a partir das 14h e será transmitida, ao vivo, pela tevê Diário, quando falarão ainda, à Comissão Parlamentar de inquérito, a chefe da Controladoria Municipal, Yara Medeiros Rocha, e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdir Paulino. Para a segunda sessão, no dia 19, já estão marcados os depoimentos dos diretores dos três hospitais da cidade: Paulo Ribeiro – Diretor do Hospital Beneficência Portuguesa; Rosane Rodrigues da Costa – Diretora do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) e Laércio Régis Ferrari, Diretor Administrativo do Hospital São José.
Embora perguntas difíceis de serem respondidas a verdade possam ser feitas nesta quarta-feira a qualquer um dos investigados, a verdade porque a CPI tem poder de polícia e é perjúrio mentir aos vereadores nela, as perguntas mais esclarecedoras deverão ser as feitas ao principal investigado do dia, o ex-secretário de Desenvolvimento Social, Marcos Jaron, que fez a compra de celulares e computadores para a então sua secretaria com recursos carimbados da Covid, uma aparente ilegalidade. Aos secretários de Fazenda e de Administração, em data ainda a ser definida, caberão as respostas sobre essas compras também e, ainda, antecipando o que será perguntado ao ex-secretário Edmar, sobre as preferências do governo municipal quanto aos “restos a pagar” feitos com os R$ 51 milhões e o porquê de ter sido furada a fila dos credores da prefeitura, onde dívidas, líquidas e certas, com atraso maior e em valores muito inferiores não foram quitadas, o que também, fora a questão moral e legal, contraria a boa prática administrativa. Lembrando que efetuar pagamentos de fornecedores fora da ordem cronológica de pagamentos fere o princípio constitucional da impessoalidade, deste princípio não podendo alegar ignorância a administração municipal porque já foi alertada quanto à sua existência quando pagou indenizações aos “seus” secretários exonerados, em detrimento de pagar processos semelhantes de gestões anteriores.
Outros que darão seus depoimentos à CPI serão Edneia Tayt Sohn Martuchelli Moço, Subsecretaria de Municipal de Saúde, que falou aos vereadores nesta terça-feira sobre os protocolos da Saúde para a volta às aulas presenciais na rede municipal; Eduarda Brandão Coutinho e Douglas Magno Amâncio, do Departamento de Licitação da Prefeitura Municipal de Teresópolis; Demétrio Simão Arbex Filho, Diretor Médico da UPA e Rodrigo Rebello Pereira, Subsecretário municipal de Saúde; Jeniffer de Medeiros Ferreira, Coordenadora Executiva do Fundo Municipal de Saúde, Ricardo André S. Costa – Coordenador do Fundo Municipal de Saúde.