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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Confirmação de coronavírus no Ceasa faz prefeitura criar barreira sanitária para caminhoneiros

Município teve pelo menos dois casos registros de trabalhadores que tiveram acesso ao centro de abastecimento no Rio de Janeiro

Na tarde desta segunda-feira (13) teve início um trabalho de barreira sanitária e desinfecção de caminhões de Teresópolis que fazem entregas no Ceasa, Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. O trabalho está sendo realizado pelas secretarias municipais de Saúde e Agricultura com apoio da Polícia Rodoviária Federal e Concessionária Rio-Teresópolis (CRT) e Cedae no mirante do Soberbo e, segundo divulgado pela prefeitura, será realizado todos os dias, durante 24 horas, até que continuem as restrições de quarentena e isolamento social por conta do novo coronavírus. “Os caminhoneiros receberão também um guia com dicas de prevenção durante a viagem e no contato com as mercadorias”, divulgou ainda a PMT. Em entrevista ao repórter José Carlos “Cacau”, o secretário municipal de Agricultura, Fernando Mendes, disse que “assim a gente reduz risco de contaminação dos agricultores e suas famílias”. Ele também lembrou que só serão parados caminhões que fazem esse tipo de transporte e que podem acontecer engarrafamentos no local. Está sendo utilizada para a higienização uma solução de hipoclorito de sódio.
Extraoficialmente, O Diário apurou que tal medida teve início após a confirmação de dois casos de coronavírus em teresopolitanos que tiveram que se dirigir ao Ceasa a trabalho. Um deles, um morador de localidade no Segundo Distrito. O outro, um morador do Meudon. Através da rede social Facebook, a esposa do segundo envolvido relatou o drama da família nos últimos dias, desde a confirmação para a doença ao desdobramento da triste situação. “Meu marido trabalhador do Ceasa, muito honesto, contraiu a Covid-19. Desde o momento que ele não passou bem nos isolamos, mesmo sem saber o que estava acontecendo. Fomos ao hospital, nos mandaram para casa para isolamento e medicamento para dor. Dois dias depois ele voltou ao hospital e ficou internado no CTI por sete dias. Como chorei, porém nunca duvidei que Deus estava comigo e minha família. Depois dele ter alta na terça, minha filha também foi ao hospital e ficou dois dias no CTI. Quem me conhece sabe que sou muito agarrada com minha família e gosto de ajudar a todos. Agradeço muito a parte do Ministério da Saúde que me deu e está me dando todo apoio”, enfatizou.
A moradora do Meudon também falou que todos seus familiares seguiram à risca os procedimentos indicados, negando informações divulgadas em redes sociais que não estariam respeitando a quarentena exigida. “Recebi essa mensagem que estão postando e fiquei muito triste, pois meus vizinhos e os clientes do hortifruit sabem que estamos isolados. Estou dependendo das pessoas até para comprarem remédios, mercado etc… Meus amigos mais chegados e familiares não podem me ajudar na casa, aí ligaram para o Ministério da Saúde para perguntar podia fazer p me ajudar… Aí trazem comida pronta, bolo, para eu não precisar fazer e dar tempo de lavar as roupas de cama todos os dias, e higienizar seus talheres, pratos, estamos isolados uns dois outros e do mundo”, pontuou.

Barreira sanitária para outros veículos
Desde meados de março o município está “isolado”, com restrição de acesso para moradores de outras localidades. Também desde o anúncio de medidas mais graves não estão circulando os ônibus da Viação Teresópolis. Primeiro, foram proibidos os carros que fazem as linhas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Depois, ficaram na garagem os que atendiam municípios como Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto e Rio das Ostras. O decreto municipal com tais medidas, além de proibição de utilização de áreas de lazer como as praças e o funcionamento da maior parte dos estabelecimentos comerciais, tem validade até esta terça-feira, dia 14. Até o fechamento desta edição, não havia informação sobre a publicação de nova determinação do prefeito Vinicius Claussen, que tem seguido o padrão de trabalho do governo estadual.

Witzel prorroga restrições até o dia 30 de abril
O governador Wilson Witzel prorrogou nesta segunda-feira (13), até o dia 30/04, as medidas de prevenção e enfrentamento à propagação do novo coronavírus.  De acordo com o decreto 47.027, ainda há a necessidade de manter a situação de emergência no estado do Rio de Janeiro por conta do número crescente de casos da Covid-19. Ficam mantidas, portanto, medidas como o fechamento de escolas públicas e privadas, creches e instituições de ensino superior e a suspensão da realização de eventos esportivos, shows, feiras científicas, entre outros, em local aberto ou fechado. Também seguem suspensos o funcionamento de cinemas, teatros e afins. Academias, centros de lazer e esportivos e shoppings também devem permanecer fechados e a população também não deverá frequentar praias, lagoas, rios e piscinas públicas e clubes.
Somente serviços essenciais (supermercados, açougues, padarias, lanchonetes, hortifrutis, farmácias, lojas de conveniência) devem permanecer funcionando, mas sem deixar de lado as medidas de segurança para evitar aglomerações. “Em caso de descumprimento das medidas previstas, as autoridades competentes deverão apurar as eventuais práticas de infrações administrativas e crimes previstos. Os demais tipos de comércio terão que realizar atendimento em domicílio”, divulgou o governo estadual.

 

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Edição 25/04/2024
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