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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Comércio completa dois meses de portas fechadas

Presidente da CDL desmente números de campanha sobre "luto" e reforça trabalho para reabertura gradual

Paola Oliveira 

Na última quinta-feira, 21, Teresópolis completou dois meses com o comércio de portas fechadas. Essa foi uma das primeiras medidas tomada pelo governo municipal como forma de conter a circulação de pessoas nas ruas evitando que o número de infectados na cidade crescesse. Porém, nesse mesmo período a Covid-19 ganhou força e a escalada do vírus continuou a crescer, levando não só a uma crise na área da saúde como também a uma instabilidade econômica no comércio local. Nunca na história aconteceu sequer algo parecido. “Essa é uma data triste. A gente nunca esperava completar dois meses fechados, mas eu posso dizer que as instituições do comércio estão trabalhando para que nós possamos voltar o mais breve possível”, relata Igor Edelstein, Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresópolis. 
Mesmo sem informações determinando um número exato de quantas empresas já encerram as atividades no município, é possível perceber a fragilidade presente no mercado. “Esse é um dado que me preocupa muito. Se nós olharmos Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, o comércio também se encontra fechado. É uma corrida contra o tempo para retornar as atividades de uma maneira segura e gradual. É hora de darmos as mãos e um apoiar uns aos outros”, enfatiza o presidente da CDL. 

Delivery
O momento está sendo de inovação e a forma que os empresários encontraram para manter o mínimo de atividade foram as vendas pelo delivery. Porém, o sistema que havia sido permitido pela PMT para atividades que não estão classificadas como essenciais foi vetado pelo Ministério Público, impedindo assim a única forma que muitos mantinham para tentar sobreviver. “O delivery é como se fosse um respirador, um ventilador que mantém o comércio vivo”, atenta Igor. Exatamente no dia em que o comércio completou dois meses fechado, houve uma reunião com o prefeito Vinicius Claussen onde os integrantes das associações do comércio buscaram alternativas melhores para o setor. “Nós levamos ao prefeito para que ele substancie em sua petição de defesa da volta do delivery e não só a volta, mas também um cronograma de retomada do comércio”, conta. “Mostramos que o delivery não é tão perigoso assim uma vez que ele é praticado com todos os protocolos de segurança, utilizando máscara, álcool em gel e distanciamento que acontecem exatamente como o das atividades essenciais”. 

Campanha fake
Diante das circunstancias inadequadas para o ofício surgem rumores na internet que afligem ainda mais os trabalhadores. Na última semana, por exemplo, circulou pelas redes sociais uma campanha intitulada “Luto do Comércio” e indicando 30 mil demissões no setor em Teresópolis. Porém, segundo dados apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, o município tem 17 mil vagas formais nesse setor, levando em contradição as informações apresentadas no movimento virtual. “Essa campanha não é verdadeira. Parece que replicaram uma campanha de Cabo Frio, que é uma cidade com muito mais habitantes que Teresópolis e muito mais pessoas empregadas. Essa campanha eu diria que é uma fake news. É lamentável isso acontecer porque acaba levando um pânico em um momento em que as pessoas normalmente estão preocupadas e mais vulneráveis. Com certeza essa informação é inverídica e não partiu das associações comerciais”, explica. 

União
Igor defende o conceito que todos devemos abraçar a causa, pois a abertura do comércio será uma consequência das medidas tomadas agora. “Quanto mais nós vestirmos as máscaras, evitarmos de sair de casa ou só sairmos nas datas referentes ao CPF, essas medidas possibilitarão um retorno mais rápido do comércio”, alerta. “Isso obviamente dependerá das condições da saúde e número de leitos, inclusive o prefeito nos informou que está chegar mais 10 novos respiradores que possibilitarão o aumento de leitos de UTI para que alcancemos os 50% de leitos disponíveis para a população” e defende as medidas de restrição que estão sendo seguidas. “Nós estamos muito acostumados a não ter limites, restrições que são necessárias. Hoje eu entendo que foram importantes sim. Reduziu muito a quantidade de pessoas circulando em nossa cidade e a restrição dessa circulação é uma condição importante para que o contágio da doença seja contido, e uma vez contido nós achatamos a curva epidemiológica e conseguimos trabalhar para a retomada comercial”. 
Mesmo sem uma data para o retorno o presidente da CDL afirma que “o comércio só voltará a funcionar se for 100% seguro. Nós vamos ter que aprender a conviver com essa pandemia por muito tempo até termos uma vacina e não podemos colocar o comércio em risco” e que “a vida deve ser sempre colocada em primeiro lugar. Com a vida sendo respeitada, com certeza o comércio retornará”, afirmou. 

 

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Edição 29/03/2024
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