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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Começa a valer lei que proíbe distribuição de sacolas

Supermercados apresentam alternativas para clientes levarem compras para casa

A partir desta quarta-feira (26), os supermercados do estado do Rio de Janeiro estão proibidos de oferecer sacos ou sacolas plásticas descartáveis aos clientes. De acordo com a Lei Estadual nº 8.006/18, de autoria do Deputado Carlos Minc e publicada no dia 25 de junho do ano passado, os estabelecimentos devem oferecer sacolas confeccionadas com materiais recicláveis ou biodegradáveis, que devem ser comercializadas a preço de custo. A determinação começa a valer para grandes empresas e, no caso das pequenas e micro, ainda serão mais seis meses para adaptação. Nesta terça-feira, a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV esteve em dois estabelecimentos para registrar a transição na hora de embalar os produtos adquiridos em supermercados e hipermercados.
“Não teremos mais sacolas para doar, infelizmente. Temos que cumprir uma norma para não sermos mais multados, vendendo a preço de custo”, explica Paulo Malta, do Multi Market. “Os estabelecimentos tiveram um ano para se adaptar e a lei prevê reduzir até 70% das sacolas que vão parar no meio ambiente. O estado do Rio está muito atrasado nessa questão, pois em São Paulo já vale há algum tempo e esse número chega a 85%. Nessa primeira fase, educativa, até dezembro, a cada 10 sacolas o cliente vai ganhar duas feitas em material biodegradável. Elas devem sair a preço de custo, R$ 0,05”, completa Rodney Turl, do Rede Economia.

“Os estabelecimentos tiveram um ano para se adaptar e a lei prevê reduzir até 70% das sacolas que vão parar no meio ambiente”, lembra Rodney Turl, do Rede Economia

O estado do Rio de Janeiro consome quatro bilhões de sacolas plásticas por ano e uma pesquisa divulgada por ambientalistas mostra que, se nada for feito, em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. O projeto de lei de autoria do deputado Carlos Minc, prevê o recolhimento das sacolas descartáveis dos estabelecimentos comerciais, na proporção de 40% no prazo de um ano, e a substituição delas por outras que sejam compostas de pelo menos 51% de material de fonte renovável, como o bioplástico produzido de cana-de-açúcar ou milho. Além de oferecer os novos tipos de embalagem, os supermercados orientam a utilização de bolsas retornáveis – que custam em média R$ 4 – ou caixas. “A nossa intenção é pedir ao consumidor que traga de casa as bags, sacolas retornáveis, caixas de papelão ou plásticas para levar suas compras. Além de economizar, ele vai ajudar muito para que deixemos de mandar tanto plástico para o meio ambiente”, destaca Rodney.


“Não teremos mais sacolas para doar, infelizmente. Temos que cumprir uma norma para não sermos mais multados, vendendo a preço de custo”, explica Paulo Malta, do Multi Market

Campanha de “desplastificação”
Para ajudar na conscientização da sociedade sobre o malefício que as sacolas plásticas trazem para o meio ambiente e incentivar a mudança de hábito no consumidor, a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) lançou ontem a campanha “Desplastifique Já!”. O presidente da Asserj, Fábio Queiróz, afirma que a maioria dos supermercados vai cobrar pela sacola biodegradável “como forma de desincentivar o consumo”. Ainda segundo ele, a lei não determina a gratuidade. “As sacolas plásticas brancas, convencionais, não estarão mais nas nossas lojas e estão sendo substituídas por sacolas compostas por, no mínimo, 51% de recursos renováveis, como a cana-de-açúcar, com resistência de 4kg, 7kg ou 10kg, e que suportarão de 20 a 50 idas ao supermercado. Mas faço um apelo: Adote uma bolsa para ir ao supermercado, de lona, de ráfia, essa é a solução”.
Segundo Queiróz, como parte da campanha educativa e regra de transição, os associados fizeram um acordo e irão ceder aos consumidores, de forma gratuita, as primeiras duas sacolas feitas de material reciclável durante o período de seis meses. “As sacolas novas terão capacidade de ir e voltar aos supermercados de 20 a 50 vezes, não há mais motivos para colocar duas sacolas numa só compra, para toda compra consumir sacolas plásticas. O importante é a redução do consumo desse item”. Ele acredita que, com isso, seja possível oferecer mais promoções aos consumidores. “Somente quem usar a sacola plástica pagará por ela, e isso tira do nosso custo operacional, fazendo com que a gente tenha mais promoções nas nossas lojas. O consumidor pode esperar mais promoções porque o custo com as sacolas plásticas reduzirá”.

 

 

 

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Edição 28/03/2024
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