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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Chuvas: 2018 raios atingiram Teresópolis na madrugada de quinta-feira

Tempestade elétrica deve se repetir com frequência nas próximas semanas. Veja dicas para evitar prejuízos

Marcello Medeiros

Na madrugada seguinte a data que marcou a história de Teresópolis, 12 de Janeiro, os teresopolitanos voltaram a ficar extremamente preocupados em consequência de uma tempestade. A chuva forte, que veio junto com uma tempestade elétrica, durou mais de uma hora de forma intensa e tirou o sono de moradores de diversos bairros, preocupados com a repetição do que se viu 11 anos atrás. Felizmente, não houve maiores consequências. Além da forte precipitação, o que chamou bastante atenção e também gerou apreensão foi a grande quantidade de raios. Nesta sexta-feira, entramos em contato com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e recebemos o número de descargas elétricas que atingiram Teresópolis na madrugada de quinta-feira: Foram 2018. Importante destacar também que, devido às condições da estação, e baseando-se em números estatísticos do ELAT, a situação deve se repetir com frequência nas próximas semanas. Em todo o ano passado, foram 13.372 raios atingiram o solo no município. 


O número de descargas que atinge Teresópolis no período de Verão geralmente é muito grande. Na Região Serrana, o município tem a mesma média de Nova Friburgo, mas fica atrás de Petrópolis, onde a incidência é maior. Por isso, principalmente em imóveis localizados em pontos mais altos, é recomendada a instalação de para-raios e outros equipamentos visando minimizar os danos causados pelas descargas elétricas. Os raios podem provocar curto-circuito, queima de equipamentos e acidentes fatais. Para evitar danos materiais e físicos, existem algumas dicas importantes de segurança que alertam sobre os cuidados dentro e fora de casa durante as tempestades. 
Cuidados dentro de casa: Evitar o uso do celular, secador de cabelo e ferro elétrico conectados à tomada; Evitar uso de chuveiro ou torneira elétrica; Evitar consertos de instalações elétricas; Se possível, permanecer dentro de casa enquanto a tempestade durar. Cuidados fora de casa: Evitar contato com objetos metálicos, como cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas; Evitar estar em locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados. 

Casa destruída na Tijuca
Em dezembro de 2018, uma residência localizada no condomínio Alto do Boa Vista, na parte mais alta do bairro da Tijuca, foi destruída parcialmente por um incêndio. Na hora que as chamas tiveram início chovia forte em vários bairros, estando em curso também uma tempestade elétrica. A suspeita é que um dos raios tenha iniciado o fogo. Não havia ninguém no imóvel e houve apenas perda material. As fortes labaredas foram vistas de várias partes da cidade, com as imagens compartilhadas milhares de vezes nas redes sociais. O Corpo de Bombeiros foi acionado, controlou o fogo e realizou o rescaldo e verificação de possíveis riscos.

Pedra do Sino
Em janeiro de 2017 o marco zero da Pedra do Sino, uma estrutura de concreto construída no ponto mais alto da montanha, e consequentemente da Serra dos Órgãos, foi destruída por uma descarga elétrica. Nunca foi confirmado, mas na época foi citado que um parafuso instalado no local meses antes, para instalação de um equipamento de monitoramento de clima, teria atraído a descarga.

Cartilha de Proteção contra Raios
Um levantamento inédito elaborado pelo ELAT reuniu informações coletadas pelo Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, veículos da imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2000 a 2019. Os resultados revelam um total de 2.194 fatalidades registradas; uma média de 110 casos por ano no período. Dentre as principais circunstâncias de fatalidades, os maiores percentuais são aqueles associados à atividades de agronegócio (26%). “Para se prevenir dessas ameaças do céu, siga as recomendações da nova cartilha de proteção contra os raios; o material apresenta de forma inédita orientações baseadas nos mais de 2.000 casos registrados no país”, divulgou o ELAT.  Se você faz parte de alguma instituição (escolas, defesa civil) e tem interesse em receber a cartilha em alta resolução, em formato para impressão, por favor, envie um e-mail para elat@inpe.br solicitando o arquivo.
A primeira estimativa da distribuição de raios no Brasil no final deste século, a partir de modelos climáticos globais e um cenário de contínuo crescimento das emissões de gases de efeito estufa nos níveis atuais, sugere um aumento na incidência de raios em quase todo o país, em particular na região Amazônica, onde se espera um aumento de 50%. Já a região nordeste deve sofrer um pequeno aumento (10%) e as demais regiões devem ter aumento entre 20% a 40% na ocorrência de raios. Atualmente o Brasil registra em média cerca de 70 milhões de raios por ano, com grandes variações como em 2020, ano sobre a influência do fenômeno climático La Niña, quando foram registrados 110 milhões de raios. O aumento significativo na incidência de raios no Brasil sugere que se medidas de prevenção não forem tomadas as mortes causadas pelo fenômeno tendem a aumentar. Atualmente, centenas de pessoas e de animais são atingidas todos os anos no país, sendo que 30% das pessoas e mais de 90% dos animais morrem.

 

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Edição 29/03/2024
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