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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Candidatos a prefeito já receberam quase 1 milhão de reais em doações

Empresários já doaram mais de R$ 300 mil para o candidato do PSC. Partidos DEM e PDT foram os que receberam mais verbas partidárias

Juntos, os sete candidatos a prefeito de Teresópolis já declararam à Justiça Eleitoral que receberam quase 1 milhão de reais em doações que vieram de pessoas físicas ou verba partidária. As prestações de contas parciais que os candidatos são obrigados a fazer revelam que somando o que foi declarado até a sexta-feira (30) por todas as candidaturas chega-se ao total de R$ 889 mil, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Este dinheiro está indo em grande parte para outros municípios, onde os candidatos estão contratando as empresas que produzem material para a campanha.
Verificando as informações passadas pelas candidaturas, nota-se a grande movimentação financeira desta eleição municipal que conta em grande parte com dinheiro público, através do fundo eleitoral e do fundo partidário. Para a maioria das candidaturas, a fonte dos recursos é de repasses dos partidos, mas não é o caso de Vinícius Claussen, candidato do PSC à reeleição, que obteve a maior parte das doações feitas por empresários locais. 
A disputa para definir quem vai comandar o município de Teresópolis a partir de janeiro de 2021 está movimentando uma grande quantia nos bastidores através destas doações que as campanhas recebem para aumentar o alcance de sua divulgação. 

Doações recebidas
Neste levantamento, a liderança do ranking de recursos recebidos fica com o candidato à reeleição Vinícius Claussen, do PSC, com a importância de R$ 355.999,90, valor que veio em sua maioria por doações de donos de empresas locais, porém também contou com R$ 50 mil de contribuição do seu próprio vice, o Dr. Ari. Um empresário que também doou a quantia de R$ 50 mil, outros fizeram grandes doações, algumas acima de R$ 30 mil (foram duas doações de R$ 33 mil e cinco de R$ 22 mil reais). Até o momento o próprio Vinícius não investiu na campanha.
O segundo maior volume de dinheiro recebido está o candidato Alex Castellar, do DEM, que declarou ter captado R$ 305 mil oriundos 100% do próprio partido.
O candidato Geraldo Menezes recebeu R$ 149.995,85 do seu partido, o PDT.  Já Leandro Neves, do Avante, informou que sua campanha recebeu R$ 4.500 de doação própria do candidato.
Luiz Ribeiro, do PSDB, informou R$ 50 mil, em doação do próprio candidato, mas já contratou R$ 90.671,00. O vereador Pedro Gil recebeu R$ 19.455,00, com doação própria de R$ 6 mil, mais R$ 4.455,00 do diretório e R$ 9.000,00 de um empresário.
Rodrigo Koblitz, do PSOL, recebeu R$ 5.741,81. O maior doador é o partido com R$ 4.741,81. 

Sistema do TSE divulga as informações sobre as contas dos candidatos

Dinheiro que vai embora do município
Os gastos apresentados pelos candidatos demonstram um comportamento no mínimo contraditório: fazendo campanha com o objetivo de assumir o governo local, prometendo fazer com que a cidade cresça e se desenvolva, a maior parte dessa grande soma em dinheiro nem sequer fica em Teresópolis para movimentar a economia local e vai para empresas de outros municípios.
Em um momento de crise econômica, o grande volume de dinheiro dessas campanhas poderia ajudar e muito para reaquecer parte da economia local, como a contratação de gráficas de Teresópolis, porém não é isso que acontece.
Vinícius gastou com uma gráfica em Ramos, no Rio de Janeiro, o valor de R$ 126.280,00 e com Facebook R$ 24 mil. Com outra gráfica em Bonsucesso, no Rio, também gastou  R$ 12.637,50.
Alex Castellar contratou serviços gráficos na cidade do Rio de Janeiro, em Piedade, gastando, por enquanto, a quantia de R$ 25.525,00. Além disso, mesmo com muitos escritórios de contabilidade em Teresópolis, contratou uma empresa de Nova Iguaçu por R$ 7.500,00. As outras empresas contratadas pelo candidato também não são de Teresópolis.
Geraldo Menezes, também contratou empresas de outras cidades, mas os serviços gráficos estão sendo feitos em Teresópolis por R$ 9.390,00. Luiz Ribeiro, contratou uma gráfica no Rio de Janeiro por R$ 83 mil e com Facebook foram gastos R$ 3.000,00.  Pedro Gil tem a única despesa apresentada em uma gráfica no Rio de Janeiro por R$ 495,00. Rodrigo Koblitz, candidato do PSOL, também contratou empresas de fora de Teresópolis, mas tem em sua divulgação um gasto de R$ 135,00 com uma gráfica local.  Já Leandro Neves não gastou aqui nem em outra cidade

Outros gastos de campanha
As campanhas desta eleição estão também investindo nas redes sociais, movimentando gastos com "influenciadores digitais" contratados como pessoal de apoio para distribuir panfletos e ficar com bandeiras nas ruas. Essa nova "função" fica em casa, compartilhando postagens, elogiando o seu candidato e até criticando adversários. Situação que já foi denunciada várias vezes.
Pagamentos indevidos
Colocar adesivos em carros é permitido, porém não se pode pagar pelo “favor”, oferecendo ou prometendo alguma vantagem ou pagamento em dinheiro. O candidato que insiste neste tipo de atitude já passa a certeza de que não é digno de receber o seu voto.
Se você tiver interesse em saber quem doou para o seu candidato ou em que o candidato está gastando é só entrar no site do TRE https://divulgacandcontas.tse.jus.br/

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Edição 24/04/2024
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