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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Calor faz aumentar aparição de animais peçonhentos

Corpo de Bombeiros alerta sobre os riscos de acidentes e como prevenir

Marcus Wagner

O período do Verão é quando ocorrem mais registros de acidentes envolvendo animais peçonhentos e o 16º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM) alerta para a necessidade de alguns cuidados para evitar acidentes. De acordo com o Capitão Fábio Pimentel, nesta época é comum ocorrerem acidentes deste tipo em diversos bairros de Teresópolis, com frequência bem maior em locais com maior vegetação no entorno. Isso acontece devido ao calor, umidade e período de reprodução destes animais. 
“É uma época quente, com umidade, chuvas, então eles aparecem mais. Quando a gente é acionado para picadas de cobra, geralmente é alguém do campo, alguém que lida com roça, porém a gente tem visto, devido às mudanças climáticas, devastação de matas, uma migração. Já vimos casos de captura de cobras dentro de residências em zona urbana das cidades, porém os casos são em maior número em propriedades próximas as matas”, explicou o capitão.

Perigo das cobras
O capitão Pimentel destaca que as picadas de cobras ocorrem quando esses animais se sentem ameaçados: “O animal pode ser apenas venenoso ou também peçonhento, quando possui uma forma de inocular esse veneno em outro ser vivo como é o caso das serpentes venenosas que possuem aquelas presas. Elas percebem o ambiente de três formas: pela vibração do solo, através do sensor térmico e pela língua que serve de olfato. Com certeza, nenhuma delas quer atacar um ser humano, mas se você invadir certo raio que a ameace, ela vai armar o bote. A maioria dos acidentes com serpentes ocorre pelas jararacas ou jararacuçus e essas espécies não conseguem dar um bote maior que um terço do tamanho delas, ou seja, se tiver um metro de comprimento, o bote será de 33 centímetros”. 

Complicações da picada
Grupo que causa maioria dos acidentes com cobras no Brasil, com 29 espécies em todo o território nacional, as jararacas são encontradas em ambientes diversos, desde beiras de rios, áreas úmidas, agrícolas e periurbanas e áreas abertas. A região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas (edemas e equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações, como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal.
“A picada dessa cobra sangra, dói e vai necrosando do ferimento ao membro. A pessoa tem que ser carregada por alguém e não correr, nem se agitar, porque senão vai acelerar a absorção desse veneno. Em Teresópolis, a referência para o atendimento destes casos é o Hospital das Clínicas, que tem os soros do Instituto Vital Brazil. Nada de usar qualquer tipo de crendices, fumo de rolo, açúcar, sal, nada de furar ou sugar o veneno. Apenas transportar para o hospital o mais rápido possível”.

Socorro à vítima
O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, mas nem toda picada leva ao envenenamento. Isso porque há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na parte de trás da boca, o que dificulta a injeção de veneno ou toxina. Em caso de picada é importante não usar torniquete, não fazer corte no local e procurar atendimento médico. 
O tratamento é feito com o soro específico para cada tipo de envenenamento. Os soros antiofídicos específicos são o único tratamento eficaz e, quando indicados, devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob supervisão médica. Em Teresópolis, a única unidade hospitalar referência para esse tipo de atendimento é o Hospital das Clínicas Costantino Ottaviano (HCTCO).

Escorpiões
O capitão Pimentel destacou que também são comuns casos de envenenamento por escorpiões: “Na nossa região, o escorpião marrom tem o veneno mais potente, porém uma criança ou adulto que tem suscetibilidade a choque anafilático pode ter complicação em caso de acidente. Conduza para o hospital para a avalição”, alerta.

 

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Edição 20/04/2024
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