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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Baixa procura por exames e tratamentos preocupa médicos

População deixa de tratar outras doenças por medo de contaminação pelo coronavírus

Paola Oliveira 

Além da instabilidade econômica que o novo coronavírus trouxe, o colapso na saúde já é visível em quase todas as cidades. Em Teresópolis, quase 100% dos leitos estão ocupados e o crescimento no número de infectados pela Covid-19 assusta. Mas não são apenas esses problemas que vem aumentando: O número de pessoas morrendo por outras doenças não tratadas vem crescendo e também representa uma preocupação. Mesmo com as atividades das clínicas medicas, exames e consultórios mantidos na cidade, a porcentagem de pessoas que estão procurando se cuidar ou manter os tratamentos é 80% menor nesse período de pandemia. “Nós estamos trabalhando com 20% do que trabalhávamos antigamente. As pessoas estão com medo de sair de casa para fazer exame porque acham que a clínica, o hospital é um local onde vai encontrar mais pacientes com mais riscos”, relata o médico Maurilio Schiavo. “Nós já lemos até alguns estudos que dizem que já aumentou muito o número de pacientes que estão falecendo em casa, porque com medo de ir ao pronto socorro por conta do vírus estão achando que a dorzinha no peito não é nada sério e vai passar e quando ver é um problema mais sério e caba falecendo na sua própria casa”, conta. “O conselho que eu dou é quem tem o seu problema crônico, seja diabetes, hipertensão ou tratamento de câncer tem que continuar fazendo seu tratamento, não pode abandonar não”, alerta. 
Para manter os atendimentos, as clínicas tiveram que se adequar as novas medidas. “Todos os cuidados recomendados pela Anvisa estão sendo tomados como, o uso do álcool em gel na recepção, limpeza com álcool 70% e o uso de máscaras e luvas. Tudo isso está sendo usado o tempo todo. Os pacientes só entram usando máscaras. Então todos os cuidados estão sendo feitos”, conta o médico sobre os cuidados apresentados em uma das clínicas onde é sócio. “Só que o momento é um momento crítico da saúde e parte sanitária, mas também econômica das estruturas de funcionamento”, afirma. 
Além dos cuidados, as clínicas estão trabalhando para atender todas as dúvidas dos pacientes e fazer remarcações após a divulgação das novas medidas restritivas apresentada pelo governo municipal. “Está sendo meio confuso. Alguns pacientes estão em dúvida de como será feito esse transporte da sua casa até a clínica. A informação que temos é que as pessoas vão receber um comunicado. “Marque o exame para o dia de acordo com seu CPF impar ou par” A clínica vai emitir uma declaração dizendo que a pessoa está com o exame marcado e ela terá a condição de transitar. Será mais ou menos assim, mas ainda está muito confuso”, confessa o médico. “A impressão que dá é que existem algumas brechas ainda nesse decreto que ainda serão finalizadas em algum momento. As pessoas têm dificuldade de entender, para nós já tem sido difícil imagina para a população em geral entender esse decreto”.
Para ele “o isolamento foi iniciado muito cedo na nossa cidade. Estamos com quase 60 dias de isolamento então a população não aguenta mais ficar parada dentro de casa e também agora a população está sem recursos financeiros e acaba tendo que sair. Aquelas pessoas que não tem o seu emprego de carteira assinada, que são autônomos precisam ganhar algum dinheiro, elas vão sair de casa e isso é um problema muito grande. Começamos o isolamento muito precoce e agora que precisamos ficar em casa as pessoas vão começar a sair pelas dificuldades inerentes do problema”, e que “é um momento muito complicado, porque ninguém nunca passou por uma situação como essa. Existem algumas linhas de cuidados que estão sendo feitos. A maioria das cidades, a maioria dos estados está adotando o isolamento como forma de prevenção e o uso de máscaras, é o que estamos fazendo aqui também”.
Ele diz ainda que espera que toda a população tome os seus cuidados e só saia de casa quando realmente for necessário. “Se tiver que sair tome os cuidados, use máscaras, luvas, álcool em gel e que leva as mãos sempre com água e sabão para que evite esse problema do coronavírus que é muito sério, que parece que vai perdurar por mais algum tempo. Nós achamos que só terá uma resposta efetiva quando vier a vacina, então isso vai demorar um pouco ainda”.  

 

 

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Edição 29/03/2024
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